Um Amor Inesperado

Sentimentos Inesperados

Algumas horas antes...

Gaara entrou no quarto do hotel onde estava hospedado e sentou-se no sofá que havia na saleta. Interrogara o motorista durante o trajeto entre a Uchiha Enterprise e o hotel. Questionara cada detalhe, mas nada do que ele dissera lhe dava uma luz.

Por que Matsuri havia sido sequestrada?

Gaara escorou os cotovelos nos joelhos e colocou as mãos na cabeça. Sua tia estava certa. O único motivo que conseguia ver era por ele. Seu pai era Rasa no Sabaku, o homem mais influente de Suna e, considerado por muitos, como o dono da cidade. Alguns inclusive chamavam-no de Kazekage, pois controlava Suna não apenas por meios lícitos, mas pelas sombras também. E isso significava ter muitos inimigos.

Gaara estava se sentindo tolo por ter imaginado que em Konoha ninguém lhes fariam mal, por ter acreditado que Matsuri estaria segura com tão poucos seguranças, por ter aceitado o pedido dela para acompanhá-lo nessa viagem.

Gaara lembrou-se mais uma vez da declaração dela:

"Eu sei que nosso casamento foi apenas por conveniência... algo decidido por nossos pais. Mesmo assim, eu me apaixonei por você e farei de tudo para que um dia você me ame tanto quanto eu o amo!"

"Você sabe que eu não acredito no amor, Matusuri", dissera sem olhá-la nos olhos.

Tinha pensado que havia estragado o clima entre eles, mas ela erguera o rosto dele com as mãos sorrindo.

"Não precisamos acreditar no amor para ele existir, Gaara-kun. Ele simplesmente existe. Temos apenas que sentir. Mas não se preocupe. Eu esperarei o tempo que for preciso. Eu só quero que saiba que eu amo você"

Gaara suspirou quando ouviu batidas na porta. Desanimado foi abrir a porta.

– Oi, Temari.

Temari o abraçou. Em outro momento, ele teria afastado-a sem nenhuma delicadeza e sido bem grosseiro pela audácia dela. Amava a irmã, mas depois de várias vezes terem tentado assassiná-lo, ele não aceitava ser tocado por ninguém além de Matsuri. Porém hoje o abraço de Temari o confortou.

Ela o soltou e puxou o homem que estava parado na porta atrás dela para dentro do quarto.

– Esse é Shikamaru Nara. Meu namorado.

– Namorado, hum?

– Hai – disse corando levemente, mas desviou o assunto: – Como eu disse, Shikamaru é especialista em encontrar pessoas e coisas. Eu contei o que aconteceu e ele se dispôs a nos ajudar. Primeiro precisamos saber tudo o que aconteceu. Depois Shikamaru vai conseguir as filmagens do local onde ela foi sequestrada. Não se preocupe, Gaara. Vamos encontrar Matsuri.

Gaara assentiu. Isso era tudo o que desejava.

Algumas horas depois

Itachi caminhava com um grande sorriso no rosto. Sabia que Sakura e Ino iriam gritar – principalmente Ino – e reclamar por ter mantido tudo isso em segredo, mas tudo aconteceu tão rápido.

Olhou para a mão direita e sorriu de novo. No próximo mês completaria trinta anos. Sabia quando algo era passageiro e quando algo era para valer. E não tinha dúvidas que Izumi Uchiha era para a vida toda. Por isso tinha comprado o par de alianças que tinha visto no shopping há três dias.

O sorriso dele aumentou quando lembrou-se da expressão chocada dela quando ele a pedira em casamento durante o almoço. Preferia que tivesse sido um jantar, mas Izumi dissera que tinha um compromisso com os irmãos quando ele a convidara. E de qualquer forma o importante foi ela ter dito sim.