Capítulo 5 - Um subconsciente perdido

1 0 0
                                    

Ao sentir cheiro de fumaça, olhos verdes claros como esmeralda, se não mais claros se abrem lentamente, cabelos em cachinhos loiros se erguem da cama de hospital.

Confusa, a garota, olha ao redor, e em sua sala, e nada e ninguém é visto, a garota está sozinha.
Ao sair da cama tudo parece diferente, fazia tempo que Shelly não sentia o chão.
A mão pálida da garota abre a maçaneta de uma porta em procura da porta para sair, mas acha o banheiro.
Ao se olhar no espelho, Shelly percorre o olhar em seu rosto sem animo.
Pele olhos caídos, boca seca, por mais inacreditável que possa ser, ela está muito mais velha do que se lembra.
Mesmo com o sol batendo, sua pele necessita de vitaminas, ela está horrível.

Após achar a porta correta, Shelly olha para os lados com esperançar de ver alguém, mas logo nota que foi tudo em vão.

A maquina de refrigerantes e salgadinhos está quebrada, sem nenhuma coisa para a garota comer, e quanto mais ela tenta comer, mais fome ela tem.

Minutos rodam no relógio, e somente agora Shelly acha o refeitório, e o bom é que a porta esta aberta.
O frio do local deixa e menina pior do que já se sentia.
Shelly apressa o seu passo fino para chegar até a cozinha, para sua sorte, tem carne nas panelas, mas, será que seria correto comer essa comida que possivelmente passou da validade?

Shelly da as costas para a cozinha, e deixa sua mente trabalhar sozinha, se lembrar do por que estar ali.

Uma garoto.
Um gato.
Escadas.
Sangue.

- Mamãe! – Pensa Shelly em voz alta, e sua voz está mais madura.

Quanto tempo será que a garota ficou ali?

Shelly corre para achar a saída o mais rápido possível.
Ao achar a porta vai com todas as forças fracas para ela, e a abre.

A rua está totalmente vazia, nenhum som de movimentação.

Alguns prédios pegam fogo, outros nem isso podem, já que foram virados em pó quase.
E em sua cabeça as lembranças, a imagem de tudo como era antes.


Mas agora são todas apenas memórias de uma penseira quebrada.

Sua sede acaba com a água que cai de seu rosto, e não é a chuva.

Sua família.
Amigos.
Paisagem.

Tudo se foi?
Será possível ela estar sozinha nesse mundo... Se é que isso pode ser chamado de mundo.

Shelly busca em suas memórias o caminho de casa, e caminha em direção para seu lar.
Seu caminhar é lento, com o vento batendo em seus cabelos e levando-os para trás.
Suas roupas vão para trás igualmente.
Seu medo leva seus olhos para todas as direções.
Mas seu medo não tem fundamento, sua cidade está mais vazia do que o esperado.
Mas algo em seu coração diz que ela não está sozinha.
Mas nada é encontrado quando Shelly olha para trás.
Nem para frente, ou para os lados.

Carros quebrados, destruídos são vistos por essa lente verde natural.
Os olhos de Shelly batem em um carro, e no vidro quase totalmente quebrado, ela vê uma pessoa, possivelmente uma garoto, mas esta com capuz, e isso dificulta muito.
Esse ser humano corre quando os olhos de Shelly apontam para ele.

Shelly tenta alcançar o garoto, mas, ele não apenas como corre, com pula, é algo fora do normal.
Shelly, desviada do caminho inicial continua nesse caminho, seguindo o garoto, que está bem mais longe por sua velocidade e agilidade.

A solidão de Shelly deixa a garota com uma angustia em seu peito, a necessidade por pessoas é alta agora.

A doce garota ouve barulhos de movimento, mas não liga para isso, pois já estava ouvindo antes, e talvez seja o garoto novamente.
Mas Shelly se sente ameaçada então decide encarar a direção do som, foi a pior coisa que deveria ter feito.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 30, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Família MalditaOnde histórias criam vida. Descubra agora