Ah! O Halloween.
Culturas de origens inglesas conservando seus costumes através da customização de seus lares.
Trazendo-nos, de forma ingênua, imagens que retratam toda a trevas. Os tão temidos umbrais presentes em cada divertida decoração.
Abóboras com rostos muitas vezes assustados, representando aqueles que já se foram. Das formas mais macabras e horrendas já imagináveis. Talvez o Halloween seja uma maneira de trazer de volta a trevas, que há tanto tempo reina abaixo de nossos pés. Tão hipoteticamente abaixo, neste dia surgem.
Vagam pelas ruas, junto às criancinhas fantasiadas; Ao lado dos jovens bêbados retornando de suas festas; Com as mãos nos ombros daqueles que apenas querem se divertir nesta data que carrega tantas histórias.
Das boas às más.
Diante de muitas histórias e lendas, se tem há de palhaços macabros caçadores de medo. Almas perdidas em busca do retorno à carne, apenas para curtir uma última vez, antes de libertar a alma junto a ti.
A mais comum, que durante anos vem assombrando o pequeno vilarejo de Holmes Champel, jovens adolescentes retornam para suas casas mais cedo que os de outros municípios, afinal a assombrosa história do Filho das Trevas, reinava em cada pequeno beco. Misturando-se ao sangue nas veias dos pobres e indefesos mortais que, ali terem, não apenas seus mais sujos pecados descobertos, mas também o castigo que receberiam.
Doce e adorável, assim representava a imagem encarnada do Filho das Trevas. Paradoxal não? Afinal, era uma armadilha aos outros. Quem duvidaria de um jovem de olhos azuis como o mais pecaminoso mar?
Exato. Ninguém.
Pecados. Pecados rondando pelas células de cada ser humano, fazendo parte do que o constitua. De qualquer forma, não somos Jesus para sermos livres de todos os males mundanos, porém há sempre as peculiaridades. Aqueles que têm os pecados mais inacreditáveis. Que caso, algum ser maligno religiosamente criado, os ouvisse, aplaudiria de pé e beijaria a testa chamando-os de sucessores.
Era quase este, o trabalho do Filho das Trevas, composto de tudo que opõe o que lhes julga o bem, procura aqueles que pecam na mais cruel atrocidade. E destrói, de longe o significado a empatia, quando o faz "provar de seu próprio veneno". Seu próprio asqueroso e execrável veneno. Com cada mínima molécula de seu corpo. Seja isto material, ou apenas idealizado.
-Você gosta de carne? –Sorria mostrando pequenas presas, assustando ainda mais o homem à sua frente– Seus olhos saciam por carne.
O homem, de por volta uns trinta anos, sentia ao máximo vontade de gritar. Não compreendia como uma figura juvenil exalava tanta maldade em apenas algumas palavras.
No mais profundo dos esgotos, onde fedia a desordem e lágrimas, lá estava. Implorando por sua vida, amarrado aos mãos e pés, com uma fome insaciável por carne. Ouvindo risadas agonizantes. Tentando manter-se ao máximo com os olhos abertos, temendo adormecer.
A jovem criatura não se era visível ao escuro daquele subsolo, porém os sons decrépitos prosseguiam como uma sinfonia macabra.
O barulho de ossos quebrando era eminente, junto ao que eram risadas tornando-se gritos de socorro.
-Carnes exóticas é de seu agrado? –A voz rouca do jovem retorna às cavernas auditivas quase falhas do homem– Tenho algo para o senhor.
Temeu piscar, mas em relance enxergou a criatura, a boca preenchida de uma vermelhidão líquida. Sangue. Pensava num desesperador insisto.
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Nightmare ➳ L.S
Short StoryLouis, simbolização das trevas e de todo mal, renasce nas noites de Halloween em busca de condenar os mortais por todos os seus pecados. Mal sabia que o jovem Harry era a própria concepção de pecado. - esta au fora tirada de uma das postagens do @au...