Deixe-se Levar

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Me pergunto porque minha vida e esse inferno, todos a minha volta vê o mundo de uma forma simples, que ate o mínimo presente faz qualquer um sorrir, olhei para os lados esperando o trem chegar, não havia ninguém na estação, nem muito menos em minha vida, suspirei exaustos, não pelo trabalho na empresa mas em ter a pior vida, não digo isso por mal, sei que a pessoas piores, mais elas tem algo que acho que nunca terei, felicidade, amor, paz, dês dos meus 16 anos essas pequenas coisas faziam sentido para mim, mas agora, nada disso tem um significado, me pergunto oque fiz de errado, onde havia errado para agora não conseguir sorrir, sentir amor, ou ate mesmo agradecer por ainda estar vivo, o som estridente dos trilhos se fez presente, ergui a cabeça vendo as pequenas luzes mal iluminadas do trem se aproximarem, os vagões pichados e o mal odor do ferro só pioravam o resto da minha sanidade, as portas de metal se abriram com dificuldade, entrei no quinto vagão, me sentei de imediato, eu era o único como sempre, ficar nos eventos da empresa ate tarde só dava nisso, voltar a ficar sozinho, coloquei a maleta de lado suspirando fundo, ouvi as portão rangerem, e um tranco forte ser dado, logo o baralho de metal serrado podia ser ouvido, olhei meu reflexo do outro lado do vidro, o aspecto cansado, as olheiras.

Itachi: É você envelheceu... -Sorri descrente.

As luzes do vagão começaram a oscilar, não ligava, morar em Bangcoc, onde existe uma super população, pode ocorrer apagão a qualquer momento, então ficar sem energia era normal por aqui, o trem parou em uma das estações, ainda faltavam 8 ate chegar em casa, e encontrar mika a única coisinha que ainda olha pra mim com alguma esperança, sorri para mim mesmo me lembrando que Sasuke havia me dado ela aos 8 anos, antes dele começar a me odiar, desfiz meu sorriso bobo, e besteira pensar que em algo momento ele voltaria a falar comigo, voltaria a ser meu otouto, ouvi risadas, juntos com vozes altas entrarem no vagão me limitei a olhar de relance para onde vinha as vozes, vi um grupo de adolescentes entrarem, eram 4 na verdade, um moreno com varias tatuagens pelo corpo, um ruivo meio alaranjado que havia vários pinsigs em seu rosto, o outro tinha o cabelo longo loiro, e um sorriso exagerado em seu rosto, já o outro era o que mais sorria, e ria, seu sorriso era diferente, parecia forçado, ele é alto, seu tom de pele diferente, em um de seus braços havia longas tatuagens, desviei o olhar fitando o chão, geralmente esse grupos gostam de caçar brigar, passei a mão em minha gravata a afrouxando, se acontece-se alguma coisa, não seria a primeira vez mesmo, mas por minha sorte eles foram para o fundo do vagão.

???: Velho na boa hoje a noite foi um porre só!

???: Há Yahiko, e quando você fica satisfeito?

Yahiko: As vezes kkk, a Konan fica me enchendo o saco na boa, aquela mina ta paranoica.

???: Culpa sua kkk fica iludindo a garota.

Yahiko: Na boa Deidara, quando foi que dei a liberdade para ela vir me exigir alguma coisa?

???: No momento em que você, deixo bem claro que ela só transaria com você imbecil!

Deidara: Kisame esta certo, foi você quem começou.

???: Calem a boca, minha cabeça ta explodindo.

Kisame: E nisso que da, mexer com a mulher dos outros.

Yahiko: Kakuzu na boa cara vou virar gay, e mais fácil!

O Ruivo começou a se aproximar do moreno que o afastou o fazendo se sentar.

Kakuzu: Sai dessa viado, além do mais foi a vaca quem me deu moral.

Deidara: kkkkkkkkk sei são sempre elas...

Kisame: Convencido nem um pouco kkk

Yahiko: Vem ka meu macho.

Os dois começaram a rir do tal Yahiko que começou a se esfregar no moreno, sorri mentalmente com aquela cena, pelo visto julguei mal, são apenas crianças, ainda, senti novamente um arranco indicando que havia parado em outro estação, três dos garotos desceram deixando apenas um o mesmo que parecia sorrir forçado, o olhei de soslaio o vendo me encarar, olhei para o chão de imediato, -Porque fiz isso, nunca desviei o olhar de ninguém, outro tranco foi dado e o trem voltando a andar, as luzes começaram a oscilar novamente, olhei para frente vendo o túnel negro pela janela, vi uma sinueta passar em minha frente se sentando ao meu lado, enrije-se meu corpo, me escorei para mostrar que aquilo não havia me afetado, mas oque ele veio fazer aqui.

O VagãoOnde histórias criam vida. Descubra agora