Meu Eterno Amor

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Venho aqui, para contar uma história, mas não uma história qualquer, e, sim um romance, um romance que quebrou barreiras, que ao desenrolar dessa história você irá descobrir. Não espero, em momento algum, que você acredite no que irei te dizer, porque quebra todos os seus princípios, mas mesmo assim falarei, e afimarei, é verdade.

Viana do Castelo, ó doce Viana, cidade glamourosa, cidade encantadora, hoje, começa a minha história, hoje sim, sinto me realmente vivo, livre e vivente, eu sou Austin, hoje são 1 de Maio de 1871 e eu tenho lá os meus 15 anos. Viana do Castelo é uma cidade portuária que se sustenta  basicamente no comércio de exportação de vinho frutas e sal, com um belíssimo mar a banhando. Hoje, estava eu conversando a porta da minha casa, com amigos, sobre a festa da Romaria de Nossa Senhora da Agonia.

_Então, eu soube que as garotas da nossa idade estão loucas para dar uma namorada, e, com a comemoração e a procissão, os pais estarão ocupados demais pra prestarem atenção em suas filhas - Carlos, um dos meus amigos, disse rindo. Carlos era baixo, com cabelos loiros, olhos verdes e, um sorriso matreiro, ele era muito de aprontar. 

_Eu já não aguentava mais ficar inventando desculpas pra minha mãe, pra eu sair de casa, pra ir ver a Elizabeth - disse Luís. Luís era meu melhor amigo, ele era alto, com os cabelos e olhos negros,  ele era muito sério, dedicado aos estudos, mas também sabia se divertir apesar dos pais deles serem bem rígidos. 

E bem, foi naquele momento que minha história começa a ser emocionante, não por causa do que Luís disse, mas sim, porque naquele exato momento, a janela do terceiro andar dos vizinhos se abriu, eles tinham acabado de chegar a cidade, vindos de Guimarães, uma cidade interiorana. Como eu sei? Fofoca, só o que minha mãe sabe fazer e, eu claro, escutar.

Quando a janela se abriu, não pense que eu vi um anjo, que uma luz surgiu de lá. Não, nada tão banal quanto são as versões descritas da atualidade. Quando a janela do terceiro andar se abriu, uma garota de pele banca, com algumas espinhas salpicando sua bochecha, grandes olhos negros e profundos e um cabelo negro escorrendo até a cintura, surgiu. A garota gaguejou algo, corou sorriu tímida e acenou. Eu ri de algo que Carlos disse e, que não entendi, sorri e acenei enquanto algo quente, aparentemente vindo do estomago, tomava conta de mim, não sabia explicar exatamente o que era, mas era bom. Ficamos, eu e a garota desconhecida, nos olhando por longos 5 segundos até que Luís se pronunciou.

_Austin! Terra chamando Austin! Estávamos aqui falando sobre com quem vamos na festa sábado. Então, quem você vai levar? 

_Eu não sei, não tenho par, e nem sei se vou. Além do mais, hoje é segunda, ainda temos muito tempo, não é coisa de se preocupar tanto por agora - respondi, desviando o olhar da janela pra responder o Luís, mas quando voltei a olhar, a garota já não estava mais lá. " Merda " pensei.

_Não é de se preocupar? Quase todas as garotas bonitas já tem par, e se quisermos ter uma vida social boa, temos que ir nessa festa. Ao menos foi o que meu irmão disse, e, ele tem 21.

Ficamos discutindo mais alguns minutos, até que decidiram que iriam arrumar um par pra mim, se eu não conseguisse um até quinta-feira , Luís iria com Elizabeth, obvio, e Carlos iria com sua vizinha, uma garota ruiva, de olhos azuis gélidos que a maioria das garotas tinham medo,  algo sobre ela ser amaldiçoada. Carlos e Luís foram embora, e, eu entrei pra estudar, enquanto só pensava que tinha que descobrir quem era aquela garota.

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