Skagul Ulv

562 23 11
                                    

Skagul acordou com o som de uma voz que vinha do lado de fora de sua casa, esticou a mão para o outro lado da cama mas sua mulher, Brynhild, não estava lá, então levantou e foi a sua procura. Ela não estava em lugar nenhum da casa.

— Brynhild! Cadê você?

Foi para o lado de fora procurar por ela, encontrou uma espada coberta de sangue na porta de sua casa, pegou-a  e percebeu que era sua espada favorita, ele temeu que a vida de sua mulher estivesse em perigo, então correu seguindo a trilha de sangue deixada na neve.

—BRYNHILD!! CADÊ VOCÊ? BRYNHILD!!!

Percebeu que a trilha estava chegando ao fim, e seu coração estava apertada com medo de sua mulher estar morta. Ele chegou no fim da trilha e a viu, no chão morta com um corte fatal na barriga. Chegou mais perto se ajoelhou ao seu lado e viu que tinha chegado tarde de mais, ela já tinha partido.

— Que Odin abra os portões de valhalla para que você festeje com os deuses.— Falou fechando os olhos de sua amada— Eu a vingarei.

Ele então ouviu um barulho vindo de trás e saiu correndo, esperando encontrar o culpado pela morte de sua amada. Um vulto saiu da floresta, e o seguiu com a espada em mãos. O vulto se escondeu atras da casa, mas quando foi atras não havia ninguém lá, então sentiu uma dor na parte de trás da cabeça, e se virou.

— Não pode ser, por que você fez isso? Ela nunca fez nada para você.

—Ela não, mas você fez irmão.— Falou o homem parado agora em sua frente.

Skagul estava meio tonto depois do golpe na cabeça mas isso não o impediu de atacar seu irmão. Mas foi mais rápido, desviou do primeiro golpe e do segundo, e no terceiro aparou a lâmina de Skagul com o seu machado e a tirou de sua mãos.

—Você será julgado pelos deuses por um crime que eu cometi. Que dia feliz.— Falando isso ele atacou Skagul com a parte plana do machado fazendo com que ele desmaiasse.

Skagul foi acordado com um chute na barriga, abriu os olhos e viu seu melhor amigo, o seu segundo no comando e o seu irmão.

— TRAIDOR!!—Gritou ele, correndo para cima dele, mas ele sentiu um tranco e caiu de costas, suas mãos estavam presas por uma corrente.— O que você está fazendo, solte essas correntes.

— Não.

—Eu sou seu Earl, eu ordeno que me solte agora.

— Você não é mais Earl, você é só mais um traidor e assassino, que traiu seu próprio povo e matou a sua mulher que estava gravida.

—Eu não a matei, você que a matou.

—Eu?— Falou o homem com sarcasmo— Você foi encontrado em cima dela coberto de sangue e com a espada que a matou. Mas vamos deixar isso para lá, eu não estou aqui para discutir isso com você. Eu estou aqui para leva-lo para as pedras sagradas, para ser julgado pelos deuses.

Skagul, foi levantado por dois guardas que o escoltaram para fora da prisão.

—Ah, irmão que pena para você.

—Não importa, os deuses sabem a verdade, eu serei considerado inocente e você sera executado.

— Que ingenuidade, você acha mesmo que deixarão você ir?

— Sim, EU SOU INOCENTE.

— Mas os deuses não acreditarão em você.

—É claro que... O que você fez?

— Pode ser ou não que eu tenha subornado o nosso "homem mais proximo dos deuses".

— Filho da puta, você ousa mudar o veredito dos deuses?

— Olha como você fala da nossa mãe.— Falou Ragnar dando um soco no queixo de Skagul.— Ela era uma santa. E respondendo: sim eu ouso.
Skagul segurou uma resposta. Pois não queria mais ouvir seu irmão. Ele foi largado enfrente as pedras sagradas estava rodeado de pessoas, pessoas que o olhavam, alguns com raiva, outros com pesar, mas ninguem o iria ajudar.

—Skagul Ulv, você está sendo julgado pela morte de sua esposa e pela traição de seu povo. Os deuses não perdoaram e você será execultado hoje em praça publica. Meu earl, como você quer que seja a execução?
— Em casos como esse de alta traição, a execução será a águia de sangue.— Falou Ragnar irmão de Skagul, e Earl.
O homem que representava as vontades dos deuses começou a explicar o procedimento.
— Poucos de vocês sabem o que é uma águia de sangue, mas eis uma explicação. O Réu sera posicionado em um altar onde o earl irá abrir suas costas com uma lâmina, desconectar as costelas da espinha, tirar os pulmões do corpo e os pendurar nas costelas expostas. Meu earl, você tem certeza que essa é a execução escolhida?
— Eu tenho.
— Então Skagul, se você passar por tudo isso sem soltar um grito, os portões de Valhalla serão abertos para você.
Skagul foi levado de volta para sua cela, onde conversou com os deuses e pediu ajuda, mas não houve resposta. Ele dormiu e sonhou com sua mulher e seu filho, que fora tirado de seus braços ainda pequeno.
— Acorda. A sua hora chegou.
Skagul abriu os olhos e viu o seu irmão, em pé na sua frente vestindo uma tunica branca.
— Ragnar!! Seu traidor era isso que queria o rempo todo.
— O que? Me tornar earl, não era o que queria, foi um bônus, o que eu realmente queria era a sua morte.
Skagul levantou para brigar, mas pensou melhor e decidiu que era melhor poupar suas energias.
— O que foi? O gato comeu sua lingua?— Falou pegando Skagul pelo braço e o arrastando para fora.
Skagul viu o local de sua execução, as armas que seriam usadas para execulta-lo.
— Irmão esse caminho ainda tem volta, solte-me e admita o que fez.
Seu irmão simplesmente sorriu, e continuou a levá-lo para o altar.
— Agora fique quetinho ai irmão.— Falou pegando a faca de cima da pequena mesa.
Ragnar não hesitou ele cortou a pele e a carne, fazendo tudo lentamente, deixou as costelas expostas, então colocou a faca de volta na mesa e pegou o machado pequeno, pegou impulso e cortou uma das costelas, Skagul quase não conseguiu reprimir um grito e ficou preocupado pensando se aguentaria a dor, "Thor daime forças" pensou Skagul, por coincidência ou por Thor, um raio caio no momento em que Skagul fez aquele pedido silencioso. Ele sentiu outra costela se separando da sua espinha, e sentiu mais uma, e mais outra, até que todas estavam para fora, se preparou para ter seus pulmões arrancados, ele resistiu até o final.
Ele imaginava como era a dua aparência, e em sua cabeça era uma imagem grotesca, então parou de sentir dor, e olhou para cima sentiu uma alegria no coração, os portões de Valhalla. Ele os atravessou, e viu um lugar indescritivel, de uma beleza nunca vista, guerreiros o escoltaram o levadondo para centro do salão, onde todos os seus amigos o aguardavam.

Os VikingsOnde histórias criam vida. Descubra agora