Capitulo 5

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Julia

Tive uma longa conversa com a mãe de Giovanni e me encantei por ela, sua preocupação e a delicadeza ao falar do filho me fez chorar pois percebi o quanto ela estava sofrendo.
Alguns medicos afirmaram que se ele fizesse a fisioterapia poderia voltar andar mas ele negou, pediu a mãe que não tocasse mais no assunto, tentou o suicidio alguns dias depois de receber alta hospitalar. Pediu a mãe que lhe comprasse uma casa isolada longe de tudo e de todos, para que pudesse viver sozinho sem ter pessoas o olhando com reprovação.
Depois de ir para casa parei no meu lugar secreto, ha alguns quilometros da cidade me refugiava em uma casa abandonada que desde pequena se tornou meu lugar preferido. Depois de conseguir um emprego reformei a casa e nunca contei a ninguém sobre meu cantinho, nem mesmo Lara sabia.
Deitei no gramado e olhei o céu por longos minutos, Giovanni de alguma forma não saia da minha cabeça e ja não sabia mais o que fazer então orei.

Julia: Papai, eu ja não sei o que fazer meu coração esta angustiado. Ajuda-me a ajuda-lo, Deus eu não quero fazer nada de acordo com minha carne, quero viver sua vontade e seguir seus planos para minha vida.
Pai ajuda-me para que eu possa mostrar a Giovanni uma nova forma de ver a vida, eu creio na cura Senhor e eu declaro que em seu nome e para honra e glória de Ti ele ja foi curado.
Sei que o senhor nos ama e o que me alegra é saber que tudo o que o Senhor faz  é perfeito, obrigado Pai por tanto amor. Te amo.

Acabei passando a manhã toda ali, por volta das duas da tarde segui para meu proximo destino haviam pessoas a minha espera.
Clara, Maria e Ana são trigemeas, com apenas cinco anos são motivo dos meus sorrisos todos os dias, por elas eu sou capaz de tudo para fazê-las felizes e para ama-las todos os dias.
Assim que chego elas sorriem para mim e imediatamente param de brincar, Flávia a fisioterapeuta delas me olha sorri ela é uma jovem muito doce e paciente. Nos tornamos amigas assim que conheci as meninas, elas são nosso amor em comum.

Clara: Tia que xaudade.

Ana:Tia quero bala.

Maria:Tia!

Corro para abraçar minhas pequenas, as enxo de beijos e depois entrego uma barrinha de chocolate para cada uma.

Julia:A tia Flavia merece uma barrinha também?!

Ana, Clara, Maria: Siiiim.

Respondem as meninas em coro, enquanto estão entretidas com os doces sigo Flavia para um canto conversamos animadamente quando seu olhar se entristece.

Julia: O que houve?

Flavia: As nossas meninas Ju.

Continuo olhando para seus tristes olhos esperando uma resposta, depois de um longo suspiro vejo lagrimas formar em seus olhos.

Julia: O que houve com elas?

Flavia: O diretor do Hospital vai manda-las para adoção, e elas serão separadas pois ja existem pessoas comprometidas a adotar Clara.

Senti meu chão se abrir, como assim o diretor queria tirar as meninas de nós? Sempre cuidamos delas desde que os pais a rejeitaram ao descobrirem a paralisia nas pernas. Sem pensar duas vezes corri ate a sala do diretor que pelo visto ja sabia de minha visita, me olhava com malicia nos olhos e embora sei que fosse errado tudo o que sentia por ele era Nojo.

Continua...

Um novo recomeço  (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora