Capítulo 01 - Sophia

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   Sempre fui uma garota que muitas pessoas poderiam dizer "filhinha de papai". Tenho uma boa educação e a vantagem de ser de classe média alta.

Meu pai é um grande empresário bem renomado. Trabalha em seu escritório em casa, desde que minha mãe faleceu de câncer, para não me deixar sozinha em casa, quando eu tinha 8 anos, com uma babá.

Hoje, tenho 17. Sou mediana com 1,66 de altura, branca de cabelos negros e olhos castanhos. Também, como deve ter percebido anteriormente, filha única.

Tinha acabado de chegar do colégio e fui direto almoçar. Não havia visto meu pai ainda hoje.

Sophia - Mary, você sabe aonde está meu pai?

A Mary cuida da nossa casa desde quando minha mãe faleceu, considero como se fosse da família.

Mary - Ele deve está no escritório, Sophi.

De repente, ouvi uma gritaria vinda de lá.

Adam - EU NÃO TENHO ESSE DINHEIRO TODO!

Sophia - Com quem será que ele está falando?

Mary - Não sei.

Eu sabia que a empresa do meu pai estava em crise, por conta de algum motivo que meu pai ainda não sabia, ou escondia.

Adam - NÃO, EU NÃO POSSO FAZER ISSO!

Ouvi meu pai com uma voz super alterada. De repente, tudo "se acalmou" e vi meu pai sair do escritório cabisbaixo.

"Afinal, o que ele não poderia fazer?" - Decidi guardar esse pensamento apenas para mim.

Esses dias têm sido muito conturbados e estranhos, meu pai esfriou muito.

Sophia – Pai, o senhor está bem?

Perguntei, mesmo sabendo a resposta. O que eu queria mesmo é que ele abrisse o jogo.

Adam – Não, não estou bem minha filha. Faz dois anos que a empresa se afundou em dívidas. Tudo indica que alguém mexeu no cofre do escritório, onde tinha o dinheiro para pagar as contas.

Eu tinha quase certeza que não era apenas aquilo ou que meu pai estava mentindo... Meu tio paterno, cuidava da empresa e meu pai administrava em casa. Mas meu tio não seria capaz de fazer uma besteira como roubar uma empresa da família.

Sophia – E quando o senhor disse que não poderia fazer algo, ao que se referia?

Ele olhou para mim com os olhos marejados, respirou fundo e falou...

Adam – Era um anônimo dizendo que se eu quisesse que a empresa saísse do vermelho, precisava de uma garantia...

Sophia – Pai, por que o senhor não me disse antes? Quanto ele quer? Podemos dar o dinheiro que ele quer, para quitarmos as dívidas da empresa.

Falei toda animada e esperançosa. Queria muito que meu pai e meu tio saíssem desse aperto.

Adam – Mas não é uma garantia em dinheiro que ele quer filha, ele pediu o meu bem mais precioso, você!

De repente, a minha expressão facial mudou. Eu cai no choro e sai correndo para o meu quarto. Fechei a porta, sentei-me atrás dela por um momento chorando e logo levantei. Deitei-me na cama e comecei a socar o travesseiro. Existia naquele momento, uma mistura de raiva com tristeza. Para mim, meu pai ainda me escondia algo, e se fosse o que eu estou pensando, eu nunca perdoaria meu pai.

Ele tinha me prometido que nunca mais iria beber e se envolver com "jogos" que precisam de dinheiro para frequentar aqueles ambientes.

Meu pai traia minha mãe toda semana, principalmente nos três últimos anos antes dela morrer... Desde então, ele se envolvia com bebidas e mulheres, mentia que ia ao escritório dormir lá quando brigavam, enquanto ela se acabava no cigarro, quando descobriu suas mentiras, o que ocasionou o câncer. Tudo isso eu soube pela minha mãe antes de falecer, quando estava em um hospital e eu não esqueço.

Arrumei uma mochila com roupas leves e duas cobertas. Sim, iria fugir! Não deixaria ninguém me tirar daqui. Sairia por conta própria.

Adam – Filha abre a porta. Preciso contar algo que você ainda não sabe. – Gritou.

Sophia – Eu já sei o que o senhor quer me falar. Eu sei que não teve a empresa roubada! O senhor gastou todo o seu dinheiro e o que não era seu em bebidas e jogos! Agora me meteu nessa confusão, e eu não irei pagar por isso. Pai, o senhor me prometeu que iria parar!

O silêncio tomou de conta do ambiente, que ficou pesado por causa daquela discussão. Como diz o ditado: "Quem cala, consente!". Eu tenho quase certeza que estava certa de minha afirmação.

Não queria magoar o homem que cuidou de mim desde pequena, me deu seu sobrenome e algumas de suas características. Mas, seria melhor eu fugir, que o ver sofrendo por uma consequência de uma atitude dele.

Eu fugirei essa noite, disso eu tenho certeza!

- " -

Mal começou, e já está esse clima tenso entre os personagens!! Hehe

Espero que estejam gostando!

Fiz esse capítulo com muito carinho <3

<3 <3 <3

O próximo será narrado pelo galã: Johnny!!


Minha Vida de Cabeça para Baixo Onde histórias criam vida. Descubra agora