♣Prólogo♣

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Devon, XIV

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Devon, XIV


Richelle DeWitt Blackwood tinha uma perfeita ideia sobre seu queixo caído.

E sobre o maxilar bonito e quadrangular do irmão de repente lhe lembrar muito a um alvo, onde seu punho fechado se afundaria com graça feminina e de forma tentadora.

Fora isso, naquele determinado momento, a única coisa sobre a qual ela tinha consciência, era de que lorde Emett Grayson McLand era o mal encarnado sobre pernas usando lenço de seda, uma espécie de demônio maior com tendência às trevas que deveria ser engarrafada e mandada novamente ao Hades às pressas, antes que a sociedade pudesse explodir em fiapos distorcidos perante sua presença satânica.

Por isso, quando seu irmão de maxilar bonito, Dominic, irrompeu sala adentro trazendo a notícia efusivamente desvanescente de que seu melhor amigo, lorde Grayson, estava de volta a Devon, ela achou que fosse ter alguma síncope, quase enfiando a agulha de bordado em baixo da unha, reconhecendo a necessidade da presença imediata de um exorcista.

O solar McLand ficava perigosamente próximo da propriedade Blackwood, costeando Plymouth, a despertando para o fator culminantemente assustador mais apavorante com o qual ela já se deparara ao longo de seus dezoito anos: ela precisava neutralizar a ameaça. Rapidamente. Imediatamente. Enlouquecedoramente rápido. Exorcizar o demônio com uma cruz, dentes de alho, vinagre, sal grosso, rosários, jujubas ou o que fosse, e afastá-lo de sua vida razoávelmente pacífica antes que ela se tornasse implacável e potencialmente arruinada. O caminho mais viável de sua ruína fazia divisa com a súbita presença do demônio McLand, e as encruzilhadas eram perigosas, retóricas, inadmissíveis.

Ela sabia o suficiente para não repetir o erro de subestimar seu declarado inimigo de infância.

Outra vez.

Richelle possuía grande estima pelo controle, e sua vida estava sob controle. Um fato inédito premeditado pelo sumiço muito bem vindo de Grayson. E ela preferia que ela permanecesse exatamente desta forma.

― Você realmente acabou de dizer o que eu acho que disse? ― ela expeliu, se concentrando em sibilar cada palavra com clareza sucinta.

Dominic lhe enviou um olhar engraçado, seus grossos cabelos escuros deslizando em ondas pelo lado direito da testa larga e lisa, de um jeito que geralmente fazia garotas suspirarem, arquejarem, ou simplesmente babarem. Richelle constantemente se passava pelo correio móvel de seus tumultuados grupos de fãs. Naquele exato momento, no entanto, ela considerava queimar os bilhetes anônimos e pisotear os que ainda tinha que lhe entregar. Quem sabe os enfiar em suas orelhas.

― Ahn, eu fortemente imagino que sim.

Richelle era uma dama de boa memória. E por trás de todas as suas mais vívidas lembranças de infância, estava a faceta sombria do inveterado e endemoniado Grayson. Fosse trucidando suas bonecas, guardando sapos em suas bolsas, lancheiras e sapatos, ou simplesmente adicionando o rabo de seu gato em problemas que sempre envolviam objetos cortantes ou de natureza afiada e destrutiva. O maldito era uma espécie de granada. Onde Grayson caía, as coisas costumavam explodir. E geralmente de um modo ruim. Ela fora atormentada como o diabo na infância, e estava prestes a resgatar sua cruz caída no chão ― ou mais precisamente, nad Índias Ocidentais ―, e continuar seu percurso tortuoso do momento em diante em que Dominic despejara a notícia.

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⏰ Última atualização: Oct 18, 2017 ⏰

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