More Than This

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Louis

Faz quase 1 ano que estou aqui. Minha vida se resumiu em trabalhar na padaria e viver os máximos momentos em família. Saí com uma garota, chamada Anette que no final virou minha melhor amiga.

Eu não perdi totalmente o contato com o pessoal de Carolina. Sempre ligava para meus amigos para colocar o papo em dia. Quanto a Angel, eu tentava não perguntar nada sobre ela. Não queria saber se ela estava mais bonita, se tinha um emprego novo, ou se já estava namorando de novo. A única vez que me permiti saber foi quando me contaram que sua vó tinha morrido. Mandei uma mensagem para ela, pois sabia o quão importante ela era para Angel. Estava com esperança de que ela me ligaria. Mas, ela não o fez.

Deixei de lado toda minha esperança e ela também.

- Então, o que vai fazer hoje? – Disse Anette girando na cadeira do balcão.

- Não sei, não estou muito a fim de sair.

- Ah, Lou. Vamos sair, você paquera algumas gatinhas e eu paquero alguns gatinhos e no final vamos quem paquerou mais.

- Você sabe que vou ganhar – Disse apertando sua barriga – Sou tão lindo que até conquisto os gatinhos que você pensa que vai paquerar.

- Não sabia que você curtia esse lado da moeda, Louis ou Louisa?

- Engraçadinha- Disse indo para cima dela

- Louis, telefone para você – Minha mãe grita.

- Alô?

- Louis?

- Quem fala?

- Alexia Berkeley - Esse nome era familiar – Nos conhecemos na festa daquele dia e passamos a noite juntos-

- Ahh, como poderia esquecer-se de você? – Sorri malicioso.

- Pois é.

- Em que posso ajudar?

- Tenho que te contar algo, Louis e se eu fosse você, se sentava porque a notícia é meio impactante.

- Diga – disse já nervoso

- Nós tivemos um filho.

Meu estômago foi atingido por uma metralhadora.

- Co...mo? – Disse gaguejando – Não é possível.

- Não vou te dizer como, nós sabemos como.

- Como você sabe que sou eu, o pai?

- Você foi o primeiro cara que me envolvi sexualmente.

- mas...

- E o único.

- Como posso confiar em você? Como sei que não está mentindo?

- Venha fazer o teste de DNA se acha que estou mentindo. Na verdade, você terá que vim de qualquer jeito. Eu não quero a criança.

- Como? Você é maluca?

- Ou você vem ou eu abandono ela. Qual é, eu sou muito nova para ter um filho agora.

- Meu Deus

- Pelo menos não abortei. Ele já tem 2 meses e meio, está lindo e saudável.

- Como você espera que eu cuide dessa criança? – Disse perplexo

- Não sei. Te espero aqui amanhã. Ou ele vai para porta de alguém.

- Não tem como eu ir amanhã, eu estou na Alemanha – Gritei

- Calma gatinho... Pois te espero até o dia 28 de dezembro, é bom que dá tempo dele completar os 3 meses dele amamentando.

- O que você tem na cabeça?

- Pelo jeito, merda. Como eu fui engravidar?

- Não mude de número e nem abandone a criança, Pelo amor. Eu estarei aí logo.

-Tchau.

O que minha vida está tentando fazer comigo?

***

- Eu aceito, Ryan – Ela disse sorridente.

Isso me doeu.

Depois de 5 dias aqui com Anette, estava já com meu filho que aquela louca abandonou e nem se deu o trabalho de colocar o nome. Mas agradeço que não. Coloquei o nome dele de Peter Hans Cameron. Com certeza tudo isso está sendo estranho, mas toda vez, mesmo que seja em pouco tempo, que olho meu filho, percebo uma esperança na minha vida.

Estava passando pelo restaurante e a vi, sorrindo e pronunciando aquelas palavras. Eu queria ter ficado feliz por ela. Ou entrar lá e desejar felicidades para o novo casal de noivos. Queria parabenizá-la por seguir em frente e queria agradecê-lo por fazer minha menina sorrir novamente. Tudo que eu consegui foi virar as costas e ir para qualquer lugar que pudesse me manter longe daquele restaurante.

Eu não segui em frente.

" Eu estou quebrado, você está me ouvindo?

Eu estou cego, porque você é tudo o que eu vejo

Estou dançando, sozinho

Estou rezando para que seu coração volte atrás"




Depois de muito tempo, estou aqui hahaha. Isso se chama Vestibular.

Espero que gostem!!

Beijos


Nothing like usOnde histórias criam vida. Descubra agora