Capitulo 1-"Por quê não?"

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P.O.V Gabriela

Tudo que qualquer pessoa precisa saber sobre mim: Sou portuguesa, minha mãe morreu a quatro anos, basicamente a minha família é o meu pai, minha madrasta (que já agora é muito fixe) e o filho da minha madrasta que eu considero meu irmão. Eu gosto muito festas e principalmente de "encher a cara" por isso a meu pai alegando estar "preocupado com o meu estilo de vida" achou que seria uma boa ideia mudar-se para um lugar mais calmo, e foi logo escolher Gosfield.

Já faz uma semana desde que eu cheguei até esse fim do mundo repleto de pessoas chatas, com rotinas chatas... Resumindo as suas vidas são chatas em si. Desde que cheguei ainda não fui a nenhuma festa nem me senti completamente chapada e eu não gosto disso!

-Tenho que beber alguma coisa.-digo obviamente para mim mesma uma vez que estava sozinha.

Logo caminho até minhas malas ainda cheias na esperança de que o palerma do meu pai desista dessa ideia maluca e me deixe voltar para casa. Abro as malas com certa urgência e começo a vasculhar entre as peças de roupa a fim de encontra uma guarrafa que havia escondido porque apesar do meu pai ter plena consciência que eu consumo alcool (de forma exagerada e compulsiva) ele não aprova minha atitude e sempre tenta me impedir de ser livre.

-Encontrei-te!- constatei eu outra vez para mim.- Lisboa, vou ter tantas sudades!- afirmo após dar o primeiro gole directamente da garrafa de vodka. Imediatamente dou um clique no botão reproduzir do meu telemovél e praticamente me lanço até a cama.

"Era assim que eu fazia quando queria esquecer de tudo! Esquecer meu passado, minha vida, meus erros, minha familia, me esquecer, enfim... esquecer o mundo!

Mas não estava a dar certo, na verdade eu só conseguia lembrar mais, coisas que eu verdadeiramente não queria lembrar!

E começo chorar compulsivamente. Na verdade estou sempre a chorar, basicamente sou muito compulsiva e emocionalmente instável.

~~~~Flashback~~~~
----4 anos atrás---

Eu estava realmente feliz! Meus país se amavam(e sempre deixavam isso bem claro) ia mudar de escola e faria novos amigos. Na verdade meus primeiros amigos.

Eu nunca me importei em ter amigos, sempre usei todo o meu tempo e dedicação nos meus pais, sempre tentei ser perfeita para eles. " Afinal se eles tinham um casamento perfeito eles também queriam uma filha perfeita, certo?!"

É o mais logico então deve estar certo.

Achava que eles seriam inúteis e so atrapalhariam minha perfeição, mas no tempo que eu passei na minha antiga escola via muitos amigos juntos(seja para chorar ou sorrir) e comecei a sentir que eu precisava daquilo e tentei fazer amigos, mas não deu certo então ao invés de atribuir a culpa ao meu perfeccionismo e obseção por regras eu decide fazer o mais fácil e culpei a escola. Então falei com o ser mais amável que alguma vez conheci: minha mãe.

Doutora Catarina como era conhecida. Eu nunca soube bem a sua especialidade como médica, apenas sabia que trabalhava na zona de emergencia de um hospital qualquer em Lisboa(onde nós moravamos) e por isso era reponsavél por salvar muitas vidas, ela estava sempre lá. E sempre era bem sucedida não me lembro de um só caso em que minha mãe não terminasse aplaudida por ter salvado alguém, feitos que rendiam várias festa e jantares de comemoração ou agradecimento pelos seus feitos. Ela era simplismente incrível.

No mesmo dia em que eu mudei de escola alguns colegas amigaveis falaram comigo e até passaram os intervalos comigo. Eu voltava para casa alegre, eu queria contar tudo para ela. Afinal eu tinha apenas doze anos e estava naquela fase em que eu queria contar todas as minhas "aventuras" para os meus pais.

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⏰ Última atualização: Aug 24, 2018 ⏰

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