17 de Novembro

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Está uma bela manhã, céu azul, nada de nuvens, sensação térmica de uns 45 graus. Dia perfeito pra uma festa na piscina. Não... Não é perfeito pra isso, mas tenho que ir pra essa linda festa. Eu simplesmente odeio piscina, na verdade, eu odeio muitas coisas, por exemplo, hambúrgueres, Açaí, coca-cola, o Crivella ter vencido a eleição, etc. Apesar, de está bem exposto na minha cara, que, eu não quero ir, minha mãe disse que a família inteira deve ir pra fazer uma média.

É aniversário do meu primo Roberto, a gente não se dá muito bem. Ele é daquele garotos que se sentem, pelo fato de serem bonitos, ricos e terem carros.

Na infância, nos brincávamos juntos, ele ia lá pra casa nas férias, e saiamos pra rua pra brincar. Um dia, em uma dessas aventuras, nos colocamos explosivos na porta da Sra. Olívia, a vizinha mais antiga do meu bairro (acho que ela está ali, muito antes do bairro), Ela ficou muito irritada quando descobriu que fomos nós, chamou até a polícia, porém, não deu em nada por que ela não podia provar. Isso aconteceu na ultima vez em que Roberto e eu fizemos algo juntos. Depois disso, nos crescemos e fomos nos distanciando. Ele virou um garoto alto, forte, bonito e popular, e eu, virei um garoto nem forte, nem bonito e, muito menos popular.

A família está toda reunida, tenho tantos primos, que eu nem sei ao certo. Mas, os únicos que tem, mais ou menos, a minha idade é a Brenda, a Júlia e o Roberto. Júlia é filha da minha tia Verônica e do meu falecido tio Jorge. Roberto é filho dos tios David, e Mag. A Brenda é filha da esposa do meu tio William, quando a mãe dela se casou com ele, ela tinha oito anos de idade, mas nós nunca fomos próximos. Uma vez, até tentei conversar com ela, mas ela era muito fechada, na dela, então, como eu não sou muito social, não deu em "amizade".

15:45 da tarde, e todo mundo da festa ta de se divertindo. Minha mãe ta com minhas tinhas, onde só tem mulheres, meu ta com o pai do Roberto, e uns outros tios meus na churrasqueira. E eu, sentado em uma cadeira de madeira que fica na varando da casa dos meus tios. Brenda, vem se aproximando, ela senta na cadeira ao lado, e me olha com um sorriso tão lindo

Oi, Gabriel, não é ? - Ela pergunta. Faço que sim com a cabeça - Então, porque você ta aqui ?

Não sou muito de festas, então, to aqui na minha. - Eu respondo. Ela sorri.

Eu também, e nem por isso, estou sentado em um canto sozinha. - Ela se levanta, e estende a mão pra mim - Vamos ? A Júlia e o Roberto, estão sentados lá atrás.

Eu pego na mão dela, e levanto. Nós vamos para a parte de trás da casa, onde tem uma mesa redonda, e quatro cadeiras, e Júlia e Roberto estão lá sentados. Quando a gente senta, Roberto me olha.

Lembrou que tem primo ? - Ele ri.

Nunca esqueci - eu rio. - Você que esqueceu, nunca mais foi lá em casa.

Eu nunca fui na sua casa- Diz Brenda, que solta uma risada, que contagia todos.

Eu já fui várias vez. Minha mãe e a Tia Cíntia são muito amigas. - Júlia afirma. A Júlia e eu não somos muito próximos, porém, toda vez que ela vai lá pra casa com minha tia, nos conversamos. A Júlia tem uma carinha de boneca, apesar de ser meio bruta as vezes, com seus cabelos que a cada semana está com uma cor diferente. Nós ficamos conversando um tempo naquela mesa, nós quatro nos demos muito bem. Roberto chamou a gente pra ir em uma festa chamada "PORRA SAPATÃO".

-Eu não sei se vou pra uma festa que tem "Sapatão" no nome - Brenda diz, enquanto ri.

- É muito maneiro. Não vão só pessoas da comunidade LGBT, também vão heteros. Vamos ? - Roberto pergunta de novo.

- Por mim, adoro festas. - Júlia afirma.

-Já que a Júlia vai, eu vou. - Brenda diz, com um sorrisinho.

- E você Gabriel ? Vai ou não ? - Roberto me olha. Não sei se devo ir, afinal, nunca vou em festas. Mas, pode ser uma ótima chance de fazer amizade com meus primos. Então...

- Ta bom, eu vou com vocês.

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⏰ Última atualização: Nov 17, 2016 ⏰

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