Chapitre 2 - Em coma.

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Adrien olhava para o corpo de Marinette em seu colo, lágrimas salgadas caíam de seu rosto, para cair no rosto ensanguentado da azulada,o motorista do carro e foi correndo em direção aos dois, a mulher ligou pra ambulância,que não demorou muito a chegar,assim que o socorro chegou, Adrien fez questão de ir com ela, ao chegarem no hospital, ele se sentou e pensou sobre o...

Beijo

Por que ela o beijou ?

Como assim, ela o amava ?

Por que ele não fez nada ?

Essas perguntas rodiavam sua mente, dois adultos adentraram no local,os pais de Marinette, os olhos ônix de Sabine, estavam encharcados, os olhos de Tom - também em lágrimas - procuravam por um médico, Sabine viu o loiro chorando em um banco e foi em direção a ele, com um olhar de dúvida:
- Eu...ela...Nós...
- Calma, Adrien...respira...isso...-Ele admirava o modo com que ela - Mesmo estando sofrendo - se preocupava com os outros, Marinette compartilhava dessa característica - O que aconteceu ?
- Estávamos na sorveteria...ela se declarou pra mim e...
- E...?
- E me...me...beijou...
- E depois ?
- Eu fiquei sem reação...Acho que ela pensou que eu não gostei...e d-depois...
- Continue!
- Ela saiu correndo, não olhou pros lados e um carro a atropelou!...é tudo minha culpa...eu estava lá...devia ter ajudado...
- Adrien, calma! Não é sua culpa,a minha Mari é insegura, deve ter ficado com medo,ela é assim mesmo, de fugir...
- O que eu faço?
- Se acalma, vai pra casa,se recebermos alguma noticia lhe manteremos informado. - Não, eu vou ficar com ela! Não vou me descuidar dessa vez!
- Acho linda a sua atitude, mas...
- Mas...?
- Entenda que quando ela acordar, não vai querer te ver...

O coração de Adrien pareceu se quebrar naquele momento, ele precisou sair, sair daquele lugar, sua cabeça não parava de girar,ele ligou para Nathalie, que apareceu em um instante.

Em casa, ele chorava ainda mais,aquela frase se repetia em sua mente incessantemente:

Não vai querer te ver...

Não vai querer te ver...

Não vai querer te ver...

Não vai...

Querer...

Te ver...

Ele precisava vê-la, precisava falar com ela, toca-lá, beija-lá, abraça-lá, ele precisava ficar junto dela, o telefone toca, ele deixa tocar uma vez...

Duas vezes...

Três vezes...

Na quarta vez ele atende:
- Casa dos Agreste, não quero falar com ninguém,o amor da minha vida não me quer, ligue mais tarde.
Ele desliga o telefone.

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Ele pega o aparelho, com um pouco de raiva, e vê quem o incomoda:

Alya - Adrien, vem pro hospital,temos notícias da Mari!!!

Ele guarda o celular no bolso e saí correndo, ao chegar no hospital, procura por Alya,mas encontra seu amigo Nino:
- E aí, cara? Já soubemos de tudo...
- Cadê a Mari, ela já acordou?
- Ainda não...vem comigo.
Ele começou a andar,e o loiro seguiu o moreno, ele entrou em uma sala de hospital e se juntou a Alya, que tinha os olhos vermelhos, iguais aos dos progenitores da azulada, assim que o loiro entrou, o médico-um homem velho- respirou fundo e olhou para uma prancheta e depois começou a falar:

- Msr. e Mma. Dupain Cheng,meninos...A paciente sofreu um coagulamento no cérebro,não muito grave,e entrou em coma, é possível que não dure mais de um ou dois meses.
-E quanto vai custar, doutor?
- Não se preocupe, Msr. Dupain Cheng, o seu plano de saúde cobre o tratamento.
-Nós poderemos visitar a Marinette? - Alya perguntou com olhos cheios d'água.
- Sim Ml. Cesáire...Receio, que amanhã deveremos começar os exames . Então deixarei que fiquem com ela por uma hora.

O doutor saiu e Sabine sinalizou para que Adrien viesse, ele se lembrou do que a chinesa havia dito a ele mais cedo, ela sai da sala e ele faz mesmo,o loiro direciona o olhar na mestiça, que dormia como um anjo, alguns curativos faziam parte de do corpo da mesma,Sabine começou a falar:
- Sabe, eu acho na que não expliquei direito o que disse a você, o jeito mais cedo...
- Está tudo bem.
- Não...não minta pra mim, sei que devo ter te magoado...
- Isso não importa...não agora.
- O que eu quis dizer...foi que, bem...
- Mma. Dupain Cheng...não precisa explicar...isso não me importa, sem querer ser rude...eu só quero que ela seja feliz.
- É muito lindo esse pensamento.

Ele volta para o quarto e se aproxima de Marinette.
- Salut, Marinette...saiba que eu vou ficar com você pro que der der e vier...pro almoço e pro jantar... eu prometo vir aqui, em todo o meu tempo livre...eu vou ficar do seu dessa vez...não vou deixar que fuja novamente de mim...meu amor...
Um homem de branco entra no quarto de hospital a procura de Adrien, era seu pai,ele era a última pessoa que o loiro queria ver, ele abaixou a cabeça e acariciou o rosto de Marinette, Gabriel se aproxima do filho e como sempre, é curto e grosso:
- Vamos pra casa.
Então se vira e vai em direção a porta, se fosse um dia qualquer, ele iria sem nada a dizer, mas...aquele não era um dia qualquer.
- Não.
Gabriel parou.
- Adrien, vamos agora.
- Você não me ouviu? Eu disse não.
-Pare de brincadeira, venha aqui.
-Isso não é brincadeira, eu vou ficar com a Marinette!
- Não aumente o tom de voz comigo!
- Faço o que eu quiser! Você nunca me deu motivo pra te servir!
- Me...servir? Você está louco, passaremos no psiquiatra a caminho de casa.
- Não, não vamos ao psiquiatra, porque eu não vou pra casa!
- Cale-se! - Gabriel dá um tapa tão forte, que ele desaba no chão, lágrimas saíam,uma a uma, deixando um rastro molhado pelo rosto do menino, o homem ficou perplexo com a ação cometida, mas, logo se recompôs e a expressão firme voltou a seu rosto. - Agora, vamos.
- Eu...Vou...ficar...AQUI!!! Eu não vou voltar para aquela casa! Eu não vou mais ficar perto de você !
- Você vem comigo, sim...- Um sorriso maldoso surgiu na cara de Gabriel - você não pode se sustentar.
- Como assim?
- Você não tem formação... - Ele começou a contar nos dedos. - Não tem trabalho, e é menor de idade!
- Não!
- Por esses três motivos, você vem comigo! - Ele pegou a mão de Adrien e o puxou pro carro, o loiro não parava de chorar, ele ignorava o discurso do pai, ele não queria mais vê-lo, nunca a mais, ele o odiava.

Na cama, ele chorava, até adormecer, ele começou a sonhar, um lugar lindo, uma estrada com duas trilhas, uma escura e sombria, em chamas e outra linda, verde e florida,dessa trilha, uma silhueta feminina, com olhos verdes e cabelos dourados começou a aparecer, Adrien a reconheceu, era Emma Agreste, sua mãe, ela parecia mais jovem e saudável, Adrien correu e a abraçou, sua pele era fria como a de um cadáver:
- Adrien,meu querido, como vai?
- Mamãe...é você? Você de verdade?
- Sim, em car...digo,em alma.
- Você voltou?
- Não, mas vim te visitar!
- Você volta?
- Eu não sei,querido...Talvez!
- Eu...sinto saudades.
- Eu sinto mais, apesar de te ver todos os dias.
- Não me deixe, já estou perdendo uma pessoa amada, não posso perder outra!
- Não...não posso...eu não posso mais voltar...
- Por que?
- Porque meu tempo na terra acabou! Eu tenho que ir, adeus pequeno - a imagem da mulher foi desaparecendo. - Te amo, Adrien, não se esqueça disso!
- Eu também - a mulher desapareceu - te amo.
Ele desabou no chão, ele nunca mais veria sua mãe,ele olhava pro chão, quando uma mão macia tocou seu ombro.
- Oi, Adrien!- Era Marinette, ela sorria feliz, como sempre, Adrien se no evento e beijou a azulada, que retribuiu o beijo.
- Você...está morta?
- Não...ainda não...tenho muita coisa pra viver...viver com você!

E então ele acordou, ele olhou para os lados,não havia ninguém além dele no quarto, ele abaixou a cabeça e sussurrou poucas palavras:
- Eu te amo pra sempre, Marinette...

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Música do capítulo:
Dead to me - Melanie Martinez

Te amo pra sempre, Marinette...Onde histórias criam vida. Descubra agora