Esta é a história de 4 amigos, o Gil, o Martim, a Sofia e a Inês.
Moravam numa terra junto ao mar chamada Tyspot e perto havia a misteriosa ilha Trimot. Os 4 amigos cresceram a ouvir historias sobre essa ilha e sobre o que lá acontecia.
O Gil lembra-se da historia do seu bisavô ter morrido lá e que nunca chegaram a encontrar o corpo.
Numa manhã muito nublada os 4 amigos decidiram investigar essa ilha.
O Martim era quem tinha o barco, Gil o que tinha o mapa e as raparigas levavam a comida.Entretanto nessa noite o mar estava tão agitado que as ondas chegavam até aos 9 metros e o vento era capaz de levar uma casa á frente.
A viagem n foi fácil, estavam todos assustados e preocupados e finalmente lá no fundo já se avistava a ilha até que o barco bate em alguma coisa no mar, fazendo o subir e girar até que caiu estatelado na costa da ilha.
Finalmente acordaram, Gil tinha um enorme arranhão nas costas , Martim torceu o pé, a Sofia e a Ines como vinham as duas juntas ainda estavam desmaiadas na areia da praia devido ao impacto com tanta força na areia e estavam todos com as roupas molhadas e rasgadas.
Os rapazes muito preocupados pegaram nelas e levaram nas para um pequeno sitio onde estavam três arvores juntas a fazer um tipo de abrigo e aconchegaram-nas aí.
Martin como mais velho voltou á praia para pegar o que restava da comida que estava espalhada ao longo da praia e enquanto isso o Gil como era escuteiro ficou a tomar conta delas passando lhes agua do mar pela testa e cobrindo-as com os seus casacos.
Passaram se horas e elas acordaram, muito atordoadas e cheias de dores de cabeça viram os rapazes sem t-shirts encostados um ao outro a dormir. Perceberam logo que eles tinham cuidado delas e o tal sitio onde estavam, ja tinha uma parede feita com tábuas e folhas para impedir que entrasse o mínimo de chuva.
Deviam ser umas 22 horas e ja estavam todos acordados sentados a comer sem lareira sem nada até que Sofia pergunta:
-E quando acabar a comida ? E será que nos veem buscar?Eles n sabem onde estamos malta..
Ficaram todos com caras de preocupas como obvio até que o Martim responde:
-Temos de manter a calma, o nosso objectivo é tentar sobreviver ate nos virem buscar. Procuremos comida de manha e mais materiais pra reforçar a cabana. Continuaram a comer e depois disso foram dormir.
Na manhã seguinte dividiram se, o Martin e a Inês iriam procurar comida e o Gil e a Sofia materiais para reforçar a cabana.
Ambos ficaram estupefactos pela beleza interior da ilha, arvores com folhas verdes claras, pequenos ribeiros e uma enorme diversidade da fauna.
Martim e Inês prosseguiam o seu caminho pegando bananas, cocos e mangas até que encontraram uma cascata com a agua mais limpa e clara que o próprio céu num dia limpo. Ines meteu a comida no chão despiu se e entrou, e quanto Martin com cara de parvo ficava ali a ver, por grande inteligência dele, depois do seu bloqueio cerebral a olhar pra ela, lá se despiu e entrou. Resultado final, nadaram nas calmas os dois, trocava olhares até que se beijaram.
No outro lado da ilha Gil e Sofia pegavam em galhos para fazer uma fogueira e pequenas tábuas para reforçar a cabana. Gil já gostava da Sofia á uns anos mas nunca foi capaz de lhe dizer então fazia sempre figura de parvo quando estavam os dois sozinhos.
A Sofia estava á procura de mais materiais até que caiu num buraco e foi parar a uma gruta, o Gil ouviu os seus gritos, largou tudo e foi a correr ter com ela. Quando lá chegou viu a Sofia chorando de medo e com o braço a escorrer sangue, estavam muito longe para ir pedir ajuda aos outros então procurou uma liana tirou as calças e a blusa envolveu-as na liana para n escorregar e jogou á Sofia.
Com muita dificuldade lá consegui tirara-la de lá mas tinha um enorme corte no braço.
Ele mais uma vez colou á pratica o que aprendeu como escuteiro e pegou numa grande folha passou agua dos ribeiro e enrolou no braço dela.
Seguiram o caminho de volta com o Gil cheio de madeira porque Sofia n conseguia levar nada com o braço naquele estado. Quando lá chegaram estava o Martim e a inês abraçados e com um monte de comida e o Gil ja sabia que aquilo iria dar em algo porque ja vinha de algum tempo atrás a atração um pelo outro.
Novamente mais ou menos ás horas de jantar reuniram se todos, agora juntos á lareira, e falaram do que se tinha passado o dia todo. Já tinham comida, já tinham abrigo mas o que mais queriam era sair dali.
O Sol nascia e decidiram os 4 ir em busca de uma maneira de pedirem socorro ou sairem dali, a Sofia via lá no fundo uma colina que seria o sítio perfeito para fazer sinais de fumo.
Seguiram caminho pela floresta a dentro, Martim e Inês iam agarradinhos á frente enquanto o Gil e a Sofia iam mais a trás num silencio muito constrangedor. Pequenas frases saiam da boca de Gil mas nada sobre o que sentia por ela.
Quando chegarem á colina tinham de passar por uma ponte velha de madeira. Martim foi á frente para testar, passo a passo lá chegou, de seguida foi a Inês e por fim Gil insistiu que a Sofia fosse primeiro que ele então passo a passo ela passava a ponte até que se parte.
De um lado estava o Martim e a Inês preocupados a tentarem lhe ajudar mas tudo sem êxito e do outro, Gil ainda mais preocupado. Sofia apenas agarrada a duas cordas chorava e gritava de medo. Os outros do lado de la não poderiam fazer muito e de cá o Gil tentou fazer o mesmo que fez quando ela caiu na gruta, pegou na liana mas n chegava lá até que prendeu dois ferros pontiagudos aos pés, prendeu a liana a uma árvore e desceu rente á parede chegando a Sofia.
Gil já a tinha na mão e só dizia:
-Estou aqui, como sempre estive não te preocupes e sempre te amei e irei te proteger pra ...
Até que as mãos escorregaram e ela caiu..
Gil gritou, chorou, ficou destroçado e no outro lado de joelhos Martim e Inês choravam.
Dois de um lado a fazer sinais de fumo e no outro Gil encostado a uma árvore a chorar com o colar que a Sofia lhe deu depois de a salvar da gruta.
Era de noite e no céu uma grande luz se via vinda com um enorme barulho,era um helicóptero.
Foram salvos, passaram se anos e todos os anos naquele mês naquele dia ele lançava um colar de flores vermelhas ao mar em memória da rapariga de que tanto amou.Francisco Teixeira , 19 Novembro 2016