Flynn

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O alarme soou no fundo de um sonho que eu mal posso me lembrar qual era.

Me remexi na cama, sentindo o corpo pesado, mas não tão pesado quanto minha cabeça estava. Não parecia que eu tinha tomado 5 doses de tequila na noite passada, parecia mais com um tiro na mente.

Alguém passou a mão no meu cabelo, o acariciando, e eu já sabia quem era – Afinal, meu pai não poderia ser - O Professor Chris Engerhoff, só me acordava aos berros, e mesmo que me acordasse com uma caricia nos cabelos, seria eu quem iria gritar.

Me virei de lado na cama, e dei um beijo de bom dia em Chelsea. Estávamos acostumados, àquela situação, ou eu pelo menos estava. Nós nos encontrávamos na quinta-feira na boate Highline, e depois íamos para meu apartamento.

Ontem, de fato, eu não queria que aquilo acontecesse.

Há tempos, que eu frequentava àquela boate – que não achava grande coisa, para encontrar com a DJ, Ekatherina, mal falava minha língua, mas eu faria ela aprender.

- Bom dia, lindinho – Disse Chelsea ronronando. Eu odiava quando ela fazia aquilo.

- Bom dia, gata.

Dei um beijo maldado, e a apertei no seio. Me levantei, para começar a me trocar, tentando dar a atender que a noite para ela havia terminado. Eu não queria que ela criasse expectativas comigo. Estávamos nessa já fazia 4 meses.

Ela rolou na cama, e foi de bruços, mostrando sua calcinha fio-dental. Sabia como me provocar.

- Não pode ficar mais um pouquinho?

Se você não tivesse essa mania chata de ronronar eu ficaria -Pensei

- Chell, tenho que ajudar meu pai a corrigir as provas do semestre. Ele me pediu. – Dei uma piscada para ela.

Ela se desvirou na cama cruzando os braços, e fazendo bico.

Chelsea, era uma boa garota. Bonita, e gostosa. Mas não para mim. Não queria me envolver, não com ela – E para falar a verdade, com ninguém. Tinha muita coisa para ser vivida ainda, antes de me amarrar a alguém.

- Não fique assim – Me agachei na cama para dar um selinho nela, mas ela virou, emburrada – Ok então.

De frente para ela, comecei a me vestir.

-Você é ridículo, Flynn! – Ela murmurou, chateada.

- Sei que sou – Respondi em um sorriso

Coloquei a cueca, e comecei a vestir a calça rapidamente. Depois de sair da cama, comecei a perceber o frio que estava aquela manhã. Peguei a jaqueta ao lado de Chelsea, e ela se desvencilhou, como se não quisesse que eu a tocasse, e eu mal me importei.

- Vou indo. – Joguei as chaves do meu apartamento na cama, ao lado dela.

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Estava no elevador quando meu celular tocou, meu pai me ligando – o que era raro. O professor de física da universidade de Columbia já havia desistido de seu filho, já fazia tempo – Apenas fazia o favor de sustenta-lo. Atendi, mas com sinal fraco no elevador não tive resposta.

Esperei descer e retornei.

- Alo? – Ouvi ele atender com sua voz amarga.

- Pode falar.

- Preciso de um favor seu, Flynn.

- Não diga.

- Pode abrir a empresa Badareck, as 20:00? – Perguntou como quem já estivesse me ordenando.

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⏰ Última atualização: Nov 22, 2016 ⏰

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