1-Conversa com Alfred Raiden

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ア 雷
ル 電
フ と
レ の
ッ 会
ド 話


Nicolas já estava quase a levantar de sua cama quando ouviu sua mãe gritar:

-Nick levanta que já está atrasado para à escola!

Nick com muita preguiça empurrou a coberta com os pés, jogou estes para baixo de sua cama e procurou suas sandálias, andando até o banheiro entrou e tomou seu banho demorado de sempre. Ao se trocar, arrumando suas coisas tornou a ouvir sua mãe gritar:

- Nicolas vai perder o primeiro dia de aula!

Nick acabara de se mudar para uma cidade nova, ou seja, fazer novos amigos seria difícil agora que estava na metade do oitavo ano, é bem provável que os alunos já teriam todos seus próprios amigos e não aceitariam um aluno novo em seus grupos ainda mais como ele. A mãe de Nicolas estava pronta a gritar novamente quando ouviu os passos apressados de seu filho descer as escadas para chegar à cozinha.

Nicolas apareceu ao pé da escada usando o uniforme novo com a mochila por cima de um dos ombros e o cabelo levemente bagunçado.

- Vá arrumar este cabelo garoto. --- disse a mãe junto com algumas risadinhas.

- Já tentei, eu arrumo, mas volta a ficar bagunçado.

- Não se esqueça de passar na Contron e mandar arrumar o notebook.

- Não esquecerei.

O filho que crescera a ficar maior do que a mãe nas férias abraçou-a e lhe deu um beijo na bochecha. Pegou o notebook e uma maçã da cesta de frutas em cima da mesa, beijou novamente o rosto da mãe e saiu para a porta que levava ao lado de fora da casa, olhou novamente para a ela como se dissesse adeus, fechou a porta e saiu rumo à escola.

Nicolas e a mãe se mudaram para a cidade a pouco mais de uma semana e ainda não tinham nem mesmo terminado de desempacotar os pertences das caixas, um dos motivos por não conhecer nada neste novo lugar. Com a mudança repentina de cidade e o início próximo das aulas, a mãe de Nick teve que acelerar o processo de admissão do filho em uma nova escola e quase que não consegue uma vaga.

A mulher pelo qual Nicolas chama de "mãe" não é sua mãe biológica, ela o adotara em algum orfanato de uma cidade esquecida do mapa que nem mesmo se sabe o nome. Assim que o processo de adoção terminou eles saíram de lá rapidamente. O motivo pelo qual o menino ama a mulher e a chama de mãe não é somente porque foi a pessoa que cuidou dele, mas pela mulher ser alertada da estranheza do garoto e mesmo assim querer ficar com ele e amá-lo.

As ruas da cidade tinham um aspecto diferente das outras, eram tortuosas, escuras e sombrias mesmo em pleno dia e difíceis de achar o caminho correto quando se está perdido como ele. Nick não sabia onde ficava exatamente a tal loja de informática que a mãe lhe informara nem mesmo a localidade da escola em que estava matriculado, a única informação que sua mãe lhe dera no dia anterior fora que para chegar a escola ele teria que passar pela ponte Proelium.

O garoto com os pensamentos a voar nem percebera que a rua em que caminhava passava no meio de um bosque. Sem perceber e para a surpresa de Nick um ônibus velho e enferrujado de cor prateada e em sua lateral se via a palavra ESCOLAR em letras pretas, parara ao seu lado com as portas abertas. Nicolas não se lembrava de ter dado a mão para nenhum ônibus parar.

O motorista que vestia uma camiseta branca com um casaco prata e uma boina de mesma cor abriu a boca, que era quase tampada pelos espessos bigodes, para falar, mas rapidamente a fechou, ao invés disso fez um movimento convidativo para o garoto entrar no ônibus com a mão gorda e bronzeada.

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