ɪ'ᴍ ᴅᴏɴ'ᴛ ᴛʜᴇ ᴀɴɢᴇʟ EM REVISÃO

3 - São Só Sonhos, Marina 💐

Era quarta feira.

Eu havia decidido não falar com Harry hoje, nem olhar. Iria ignorar qualquer coisa dita por aquela tal de Ashley e me concentrar nas aulas.

Me arrumei junto a Amber e fomos para a escola, eu havia esquecido de tomar café e Amber preveu que eu ficaria ranzinza. Chegamos na escola e fomos direto para a nossa sala, mas não antes que três garotas que eu poderia conhecer de longe parassem em nossa frente. Eu já tinha previsto isso.

- Florzinha, vai tentar puxar assunto com ele hoje? - Ashley zomba. Revirei os olhos e a olhei desinteressada.

- Sério? Agora você vai me perseguir? Bem quinta série isso, não acha?  - Entro no deboche também, mas eu estava pistola.

- Quer mesmo entrar nessa disputa, docinho? - Me desafia mais uma vez.

- Olha o que você está dizendo, garota. Vai estudar e começar a fazer os trabalhos sozinha, acho que é pra isso que você está aqui, né, docinho? -Devolvo a alfinetada e ela semicerra os olhos para Amber.

- Está mesmo fazendo a sonsa? - Ela pergunta sorrindo e eu sorrio também. - Então espero que você tenha mais sorte com ele hoje. - Elas riem.

- Se mete com isso de novo para você ver se eu não entrego os trabalhos feitos por mim para a professora. Vamos. - Amber interrompe a discussão me puxando para dentro da sala.

Eu estava o auge do estresse. Não sentia nada pelo Harry, talvez atração, ou o modo dele me intimidar. Por que eu ainda estava tentando me dar explicações?

A manhã até que passou rápido, já estávamos na última aula, Harry não havia nem olhado para mim, então decidi nem perguntar para ele sobre o nosso trabalho. A aula acabou e fomos para casa, Amber passou o caminho todo falando de um garoto da nossa sala que ela estava interessada e isso era ótimo, ela parecia ter superado o Steve.

Fiz os deveres de casa e dormi de tarde, quando acordei, vi que tinha vizinhos novos logo em frente da minha casa, fiquei curiosa mas voltei a mexer no celular, que haviam duas novas mensagens.

- Oi, é o Harry. '-'
Eu estou de mudança então podemos terminar o trabalho na sua casa? A minha nova está uma bagunça.

Eu estava totalmente surpresa.

Como ele tinha o meu número?

Olhei novamente na janela, quando vejo Harry e a garota do refeitório do outro lado da rua, entrando dentro da casa. Fiquei me perguntando, eles moram juntos. Eles são realmente meus vizinhos? Que merda, agora vou ficar muito mais muito constrangida. Amber entra no meu quarto.

- Marina, você viu quem é o nosso novo vizinho? - Ela pergunta e eu balanço positivamente a cabeça, arrrgalando os olhos.

- Eu não acredito, ele está me perseguindo ou eu estou perseguindo ele? - Pergunto ainda incrédula. - E agora pouco ele me mandou uma mensagem pra vir aqui amanhã fazer o trabalho.

- Como ele tem seu número?? Iiiii, você tem uma queda por ele e aparentemente ele por você. - Ela afirma e eu nego com a cabeça. - Ah, sério? Não tem? - Pergunta sarcástica. Ignoro ela de decido descer para jantar.

Fui até a varanda pegar ar fresco e passei a me sentir observada. Aquela sensação que se tem quando alguém está te olhando. Olhei para a minha frente em um ponto fixo, a casa dele. E lá estava o Harry, me fitando. Olhei para ele e fiquei o encarando, ele fazia o mesmo. Algo me fazia não desviar o olhar. Ele sorri fraco, abaixa a cabeça e entra em seu quarto. Ele havia sorrido, se eu não estivesse apaixonada agora, estaria em breve. Mas, ele aparenta mudar sempre de forma e figura, um dia uma máscara, no outro a outra.

Quem é o Harry?

Ele me trazia intriga.

- Ele olha para você de um jeito diferente. - As palavras de Amber me vieram e eu fiquei sem reação. Estava confusa, logo entrei para dentro novamente e fui me deitar.

Eu tenho horríveis problemas com insônia, mas por algum motivo dessa vez adormeci rápido.

O céu da noite estava com um azul marinho intenso e deslumbrado, estava calmo, não haviam nuvens, apenas algumas estrelas. Onde eu estava? Logo atrás havia uma casa muito bela, estava em seu jardim cheio de rosas. A única certeza que eu tinha é que amava rosas. O sentimento que sentia naquele momento era felicidade. Por que estaria eu feliz?

- Oi, princesa. - Uma voz se mostra familiar. Era Harry. Por que estaria eu familiarizada com tudo aquilo?

Eu sorrio.

Ele se deita no jardim junto à mim. Fica por cima e me beija. Aquilo tudo estava intenso, ele passa a acariciar meu pescoço com os lábios e eu sorria fraco. Eu o desejava. Passou a soltar mordiscadas leves e eu acabava por gemer baixo. Eu estava excitada e queria ele dentro de mim. Aquilo era tudo o que eu desejava, ele. O que estava eu sentindo?

Com a mão direita, Harry vira o meu rosto para o lado direito e começa a acariciar meu pescoço com os lábios novamente. Então, instantaneamente ele me morde na carótida e eu passei a tentar gritar mas minha voz falha.

Tento tira-lo de cima de mim com minhas mãos, o que foi em vão. Estava desesperada. Ele ainda continuava a pressionar meu rosto para o outro lado afim de que eu não o atrapalhasse no que estava fazendo. Para o que estava fazendo e então olha sorrindo para mim. Seus lábios tinham o meu sangue.

- É melhor você parar de gritar, ninguém vai te ouvir, estamos afastados o suficiente das pessoas, e... só vai me fazer ficar irritado novamente com você. Você quer que eu fique irritado, princesa? - Pergunta acariciando meu cabelo com os dedos. Secou uma de minhas lágrimas que saiam freneticamente.

- N-não. - Respondo. Eu estava aterrorizada. Ele sempre fazia questão que eu o olhasse dentro de seus olhos castanho escuros. Ele tinha poder sobre mim e nada era mais desesperador naquele momento.

Harry sorri como resposta e continua o que estava fazendo. Me morde novamente, dessa vez acima do meu seio esquerdo, mas apenas solto gemidos de dor, tentando firmar meus braços na grama.

- Está indo bem. - Fala sorrindo. - Espero que seus sonhos de hoje possam se tornar reais amanhã.

{...}

Quinta Feira.

Acordo atordoada com o sonho que tive, eu deveria estar pensando demais em Harry. Droga. Eu estava indignada, atordoada, atrasada, e excitada com o sono. O despertador tinha tocado três vezes. Aquele sonho foi tão real, tirando a parte dele ser um vampiro, que era totalmente sem escrúpulos.

Harry iria vir aqui hoje e meu estômago estava embrulhando de ansiedade.

Foi só um sonho. Repito comigo mesma. Me arrumei, tomei um banho rápido e desci.

- Vamos. Precisamos chegar lá em dez minutos. - Amber fala apressada.

Fomos depressa. Eu estava inquieta e pensativa. Amber perguntava o que eu tinha mas não tivemos tempo tempo de falar sobre.

Foi só um sonho, Marina. - Repito para mim mesma novamente.

Entramos na escola.

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