Capítulo 1 - Olá! Sou o quase adulto Edietinólio

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Numa tarde cinza, nublada e com cheiro de terra molhada, o garoto Edietinólio de apenas 17 anos, estava tentando estudar para sua pequena prova de 50 questões do seu querido professor de matemática, Bhaskara, que amava seus alunos e fazia de tudo para que eles aprendessem. No caso, Edietinólio forçava seu intelecto a ponto de conseguir fazer o contrário da vontade de seu amável professor.

Edietinólio se distraía com qualquer coisa, até mesmo com aquele barulho de pum que seu cachorro fazia, incluindo nesta tarde, na qual se debatia na agonia, sem conseguir estudar, até que ouve um barulho na sua porta:

Edietinólio - Que barulheira da moléstia, que diabos é isso na minha porta de casa?

Então nosso querido protagonista resolve conferir o que acontecera em sua porta.

Saindo na varanda, ele descobre que há um caminhão de mudanças, bem na frente de sua casa e saindo dele, uma garota linda, cabelos longos e escuros, seus olhos expressavam um universo com incontáveis galáxias, com serenidade orbitando cada satélite natural de seu ser (sim, nosso querido protagonista é um nerd de carteirinha). A linda garota levava um antigo toca disco que parecia ser bem pesado e robusto, nosso querido Edietinólio expressava um grande interesse repentino de ajudar essa garota. Foi quando duas vozes começaram a soar em seus ouvidos (não!!! Não é o anjo e demônio que vocês estão acostumados a ver nas histórias clichês), eram seu coração e seu cérebro, entrando em acordo comum;

Cérebro do Edietinólio – Dados postos sobre a mesa, em cada 39 semanas nosso hospedeiro avista e se interessa por uma fêmea, me forçando a gravar imagens e fazendo meu companheiro de quarto pular freneticamente, igual a pipoca do Kanário, ficando de ressaca após o carnaval. CORAÇÃO, não vomite.

Coração do Edietinólio – Que linda, vai fundo campeão !!! (Nem sequer ouviu seu amigo e colega de quarto).

Edietinólio não pensou duas vezes, foi ajudar a doce donzela;

Edietinólio – Olá, percebi que está chegando de mudança e carregara um aparelho um pouco pesado, por favor, deixe-me ajudar.

A garota, sorrindo, aceitou a ajuda do nobre abest.... Cavalheiro, que acabou por ajudar com todo o resto da carga do caminhão.

Após o árduo trabalho, o abençoado resolveu apresentar um discurso; Edietinólio – Bom, terminamos aqui, desculpe a intromissão, é que meus pais me educaram dizendo que sempre devo ajudar a quem aparenta precisar, te vi transportando aquele enorme toca disco e parecia pesado, então, aqui estou eu.

A garota parecia estar agradecida, porém, sem nenhuma vontade de conversar, então dialoga com palavras curtas;

Garota – Era bem pesado mesmo, agradeço sua ajuda, tenho que entrar.

A garota entra na sua nova casa e se tranca. Nosso querido cavalheiro sem cavalo e sem armadura fica meio encabulado e volta para casa pensando na resposta que sua nova paixão lhe deixou.

Edietinólio não conseguiu tirar esse suado momento de sua mente, nem mesmo com um banho quente. Ficara pensando em qual era o nome da garota por horas, pensando no que poderia ter feito de diferente para conseguir uma moralzinha de sua amada crush, imaginando se ela estava pensando nele, quando na verdade, ela só estava dormindo.

Anoiteceu, estava frio, porém não chovia e o céu abrira, com suas milhares de estrelas e grande lua, noite perfeita para nosso querido Edietinólio tentar mais uma coisa.

Durante a mudança, Edietinólio notou que a garota possuía um violão, imaginou que no mínimo ela estava aprendendo a tocar. Então, pegou seu violão, sentou em sua varanda e começou a tocar (Sim, ele sabe tocar).

Ele tocou por 2 horas seguidas e ela não abriu nem a janela, no frio e cansado Edietinólio resolve entrar. Passando 30 minutos, ele ouve barulho de violão e uma voz extremamente afinada. Ele não acreditou no que ouvira, parecia aqueles passarinhos que não sei o nome cantando pela manhã.

Ele pegou de volta seu violão e foi para sua varanda novamente. Lá estava ela, tocando seu violão na porta de casa.

Edietinólio não se segurou e foi até a porta da garota com seu violão na mão;

Edietinólio – Boa noite nova vizinha! Não pude deixar de notar, você canta muito bem, não tem nem 30 minutos que eu estava cantando e tocando aqui em frente na minha casa.

A doce garota sorriu e falou;

Garota – É, notei, vim cantar para lhe ensinar, você é muito desafinado, minha gatinha até correu para de baixo da cama, tadinha.

Edietinólio, sem graça, deu um sorriso bobo e disse;

Edietinólio – Pois é, agradeço se você conseguir me ensinar algo.

A garota, gentilmente o convida para tocar, mas o avisando que seu pai era muito conservador e não era muito de aceitar homens conversando com sua filha.

Edietinólio não se importou muito com o aviso, passaram algumas horas tocando e rindo, quando notou que ainda não sabia o nome da garota, então resolveu perguntar;

Edietinólio – Ei, ainda não sei o seu nome, que mal-educado de minha parte, desculpe.

A garota sorri e responde;

Garota – Meu nome é Sofia, não se desculpe, eu quem devo-lhe desculpas, você me ajudou mais cedo e eu não lhe dei atenção, afinal, eu estava muito cansada e fui dormir. Enfim, qual é o seu nome?

Edietinólio abre um sorriso de orelha a orelha e responde;

Edietinólio – Meu nome é Edietinólio ..

Sofia botou a mão na boca e segurou o riso, falando pausadamente;

Sofia – Edi oque?

Edietinólio sem graça repete seu nome.

Sofia explica que nunca tinha ouvido um nome desse tipo e tinha achado engraçado, pedindo desculpas.

Após mais uns minutos de conversa, Sofia afirma que precisa entrar para estudar, desejando boa noite ao seu novo vizinho.

Edietinólio, se sentia nas nuvens, foi para casa pensando naquele momento, lembrando que ela dizia que ia estudar, voador como sempre, nem se lembrou que não havia estudado para sua maravilhosa prova no dia seguinte.  

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