Girls like girls

chapter 3

Acordo mais tarde com meu pai me chamando para o jantar, desço as escadas ainda sonolenta e chego até a cozinha, onde encontro meus pais sentados a mesa, vou até a eles e sento ao lado de meu pai como sempre, minha mãe me olha com um olhar diferente enquanto Olívia põe a minha comida
- Tudo bem querida? - meu pai pergunta a minha mãe quebrando o silêncio.
- Sim meu bem - ela responde com um lindo sorriso em seu rosto.
- E com você Lorena?
- Estou bem papai!
Estava tudo em silêncio na casa, apenas o barulho dos talheres batendo nos pratos, minha mãe levanta e vai correndo até o banheiro, preocupado meu pai vai atrás dela me deixando sozinha a mesa, continuo comendo até que meu pai volta sozinho.
- onde está a mamãe? - pergunto preocupada
- eu levei ela até o quarto, vou levar a comida dela para que ela coma lá.
Ele pega o prato de minha mãe e sai da cozinha com passos apressados me deixando sozinha novamente.
Ao acabar de comer, ponho meu prato na pia, pego minhas bonecas e vou até o quintal brincar com elas.
- ei garotinha
Ouço alguém me chamando do portão.
Vou até lá, olho para o senhor de uniforme que estava me chamando e não o reconheço.
- olá - digo com um sorriso simpático.
- seu papai está?
- está sim, vou chama-lo, com licença.
Subo correndo as escadas até o quarto de meus pais, bato na porta.
- papai? Tem um senhor a sua espera no portão.
Meu pai abre a porta e vai até lá, desço atrás dele.
- sim? - meu pai diz com olhar desconfiado
- senhor Heitor?
- eu mesmo!
- o senhor é irmão de um rapaz chamado Pietro?
- sou sim!
- senhor Heitor, eu tenho uma péssima notícia...
- diga, por favor
- seu irmão sofreu um acidente com a esposa e a filha, a menina está no hospital com alguns ferimentos, nada muito grave, mas os pais infelizmente faleceram...
- mas... Não pode ser, você está fazendo algum tipo de brincadeira comigo? - meu pai diz começando a chorar
- infelizmente não... Nós não achamos nenhum parente próximo da criança, caso queira a menina, poderemos passar a guarda para o senhor e sua esposa, caso não queira teremos que leva-la para um orfanato.
- claro que quero, eu posso ir até o hospital ver como ela está?
- claro, me acompanhe.
Meu pai enxuga as lágrimas de seu rosto, põe seus joelhos ao chão segurando em meus ombros e diz:
- querida avise a mamãe que eu tive que sair, diga que está tudo bem e que eu volto para o jantar.
Ele dá um beijo em minha testa e sai.
Fiquei confusa, eu não sabia que meu pai tinha um irmão, muito menos que eu tinha uma prima...
Vou a caminho do quarto de minha mãe para dizer a ela que meu pai havia saído.
- Lorena? Vi seu pai saindo, sabe onde ele foi? - a empregada pergunta preocupada.
- ele foi até o hospital, houve um acidente com um irmão dele e ele foi até lá, estou indo avisar a mamãe.
- Não! Deixe que eu aviso.
Acenei com a cabeça e fui ao quintal para continuar brincando com minhas bonecas. Fiquei lá por um bom tempo, já estava escurecendo, e todos na casa já estavam preocupados com meu pai, a empregada pois o jantar e nos chamou.
Minha mãe já não conseguia esconder a preocupação, quase não comeu nada.
- não fique tão preocupada, logo ele chegará - Olívia disse confortando minha mãe.
- Eu vou para meu quarto, não estou me sentindo muito bem - minha mãe se levanta e sai da cozinha, e Olívia vai atrás dela, pouco tempo depois ela volta e diz:
- Lorena, me conte o que aconteceu, com detalhes.
- Bom, pelo o que eu entendi, houve um acidente com um irmão de papai, e ele foi até o hospital ver se estavam bem - digo tentando me recordar.
Ela faz uma cara de espanto, e vejo seus olhos encherem de lágrimas, ela põe meu prato na pia, e sai da cozinha com passos apressados sem dizer nada.
Não entendi o motivo dela ficar desse jeito, então curiosa vou devagar atrás dela, ela entra no quarto de hóspedes e deixa a porta entre aberta, se ajoelha a frente de uma pequena estante que ao lado havia um quadro com um lindo desenho de um homem que tinha uma leve semelhança com meu pai, pegou um terço e começou uma oração que eu não consegui entender muito bem, pouco tempo depois ela levanta e diz:
- Espero que você esteja bem Pietro.
Depois ela vai em direção a porta.
Volto para a cozinha é fico à sua espera.
- Quem é aquele homem? - pergunto assim que ela entra a cozinha.
- q-que homem Lorena? - ela diz se aproximando de mim e sentando na cadeira ao meu lado
- aquele do quadro no seu quarto...
- ah, sim... Aquele quadro é de seu tiu, irmão de seu pai.
- E o que o quadro de meu tiu esta fazendo em seu quarto dona Olívia? - digo soltando um pequeno sorriso
- Bom... É que... - ouvimos o portão abrir - deve ser seu pai, vou até lá - ela diz fugindo do assunto - avise a sua mãe que o senhor Heitor já está de volta.
E assim eu faço, corro até o quarto de minha mãe e digo que meu pai havia chegado.
Descemos as escadas eu na frente e minha mãe atrás, quando chegamos até a sala logo vimos uma linda menina, com um vestido roxo que ia até seus pés, com um lindo cabelo de cor escura e encaracolado em uma cadeira de rodas, ela tinha um olhar triste, parecia estar preocupada com algo. Desci as escadas um pouco mais depressa, dei um forte abraço em me pai e ele retribuiu.
- porque demorou tanto papai?
- eu tive alguns problemas a resolver minha querida, mas já está tudo bem... Filha, está é Emilly sua prima, ela é apenas um ano mais velha que você, e vai morar conosco agora.
Abro um grande sorriso.
- olá Emilly!! Meu nome é Lorena, é um prazer te conhecer - ergo minha mão para cumprimenta-la, ela me olha muito triste e diz com voz baixa
- é um prazer te conhecer também Lorena
- bom... Já está na hora de irmos dormir - meu pai pega Emilly no colo para que pudesse leva-la até o quarto - querida, tem problema se a Emilly dormir com você?
- nenhum papai, minha cama é grande, irá caber nós duas sem nenhum problema.
Então meu pai leva ela até meu quarto e arruma ela na cama.
- Lorena, venha aqui por favor, vamos conversar um pouco - meu pai se senta no sofá - bom filha, a Emilly está naquela cadeira de rodas, porque ela sofreu um acidente com o papai e a mamãe dela, mas logo ela poderá andar novamente.
- e o papai e a mamãe dela estão aonde?
- filha, infelizmente o papai e a mamãe de Emilly viraram estrelas, e eles estão com o papai do céu agora - os olhos de meu pai se enchem de lágrimas - o papai de Emilly era meu irmão, ele não teve oportunidade de vir te conhecer, mas nós falávamos de você sempre - vejo uma lágrima escorrendo nas bochechas de meu pai - meu bem, eu vou pedir que você não toque no assunto com Emilly, trate ela normalmente, posso contar com você?
Claro papai - dou um abraço forte em meu pai - papai, não fique triste, seu irmão está bem agora, ele é sua esposa estão com o papai do céu, e eles não iriam querer ver o senhor chorar...
Meu pai da um beijo em minha testa
- vamos dormir agora - ele me pega no colo, e me põe ao lado de Emilly.
Após alguns minutos ouço meus pais conversando com um tom de voz mais alto que o normal, olho para Emilly e ela está dormindo, então vou até a porta do quarto de meus pais ver o que estava acontecendo.
Chegando lá percebo que a conversa na verdade era uma discussão.
- você trouxe essa garota para nossa casa como se a Lorena já não fosse o bastante - minha mãe diz furiosa
- querida eu não podia deixar a Emilly em um orfanato qualquer, ela é minha sobrinha, ela já está sofrendo de mais com a morte dos pais, ela é uma criança de apenas seis anos - meu pai responde minha mãe com uma voz calma - meu bem, você está grávida e eu não quero por em risco a vida de nosso pequeno com uma discussão boba.
Volto para meu quarto e deito em minha cama novamente, durmo logo em seguida.
No dia seguinte, meu pai veio nos acordar logo cedo.
Eu levanto Ainda sonolenta e o abraço.
- bom dia papai
- bom dia querida
Meu pai pega Emilly no colo e a leva até a cozinha, lá ele a põe em sua cadeira de rodas da um beijo na bochecha de minha mãe e nós tomamos café da manhã.