Luce acorda as 7:35am e não consegue mais dormir. Ela não estava pronta para dizer adeus. Adeus para sua terra de nascença, adeus para suas amizades que nunca teve, adeus para suas esperanças de, um dia, alguém te fazer feliz. Seus sentimentos estavam confusos e vazios. Tudo estava indo embora hoje. Tudo.
Coloca seu casaco de pele e desce para comer alguma coisa, mas não consegue: estava sem fome. Olha ao redor para se lembrar do máximo de detalhes possível. A campainha toca e seu coração gela. Por alguns segundos ela fica ali, parada, pensando no que poderia acontecer caso ela não atendesse. Poderia voltar com sua vida "normal" de uma jovem de 19 anos, mudar-se de cidade e terminar sua faculdade. Mas ela sabia que não era certo, e foi por isso que quando a campainha quebrou novamente o silêncio da casa, seus pés a levaram até a porta.
- Bom dia, senhorita Greytton. - comprimentou um senhor de idade com aproximadamente 60 anos de idade. Seus cabelos eram cinzas com algumas falhas ao longo da cabeça, assim como o de seu avô falecido 7 meses atrás. Vestia um jaleco branco impecável com mangas longas e uma calça preta, acompanhado de uma mulher e um homem, estes com os mesmos trajes do velho.
- Bom dia. - Respondeu.
- Meu nome é Amber Wilson, - apresentou-se a mulher - este é Joseph Blissamy - disse apontando ao mais velho - e este é Matthew Jones. Somos do Instituto Blisammy de Boston, acredito que já deve saber de nossa visita. Viemos para leva-lá.
- Mas e minhas roupas?! - Luce falou, sem conter sua expressão de tensão. - Por favor, espere alguns minutos só para eu...
- Não, não, não Srta. Não se preoculpe. - Amber se apressou em falar - a equipe do Instituto tem roupas especiais para os pacientes. Por favor, somente nos acompanhe.
Luce, contrariada e com lágrimas correndo desfarçadamente em seu rosto, trancou a porta da frente de sua casa e seguiu-os até um carro preto, deixando tudo para trás.
***
O Hospital era imenso e tinha uma aparencia velha e aterrorizante, com vinhas e musgos em todos as paredes do lugar. Situava-se em uma região afastada de Boston, com uma floresta ao redor. Foram um pouco mais de 1h30m para chegar até o manicômio, e sua aparência não foi nada convidativa. "Então... é aqui que vou passar todo o resto de minha vida sendo tratada como louca... Ótimo!"
Desceram do carro, e caminharam até a porta de entrada, onde estava escrito em uma enorme placa:
•INSTITUTO BLISAMMY•
HOSPITAL PSIQUIÁTRICO
-FUNDADO EM 1963-Uma moça jovem estava esperando-os na recepção, cujo era antiga e um pouco assustadora, que dava à Luce a sensação de estar em um filme de 1930 que sua avó assistia.
- Bem vinda ao Instituto Blisammy, Srta. Greytton. Eu sou Emily Davis, recepcionista e enfermeira do hospital. Esperamos o teu melhor, srta. - ela apertou a mão de Luce e prosseguiu - Venha, vou lhe mostrar o nescessário, pois o instituto é bem grande.
Luce seguiu-a e as duas foram caminhando pelo 1° andar. Quadros de pessoas (provavelmente) importantes estavam pinduradas em um corredor enorme.
- Integrantes da família Blisammy -disse, ao notar a expressão indagadora de Luce.
Emily guiou-a até uma sala com uma enorme escadaria. Subiram até o segundo andar e continuaram a caminhar.
- O segundo andar é onde residem os pacientes - Luce andava e ficava cada vez mais aterrorizada com tudo o que estava vendo pelas pequenas janelas nas portas: um idoso que mais parecia um zumbi andando no quarto 127; uma mulher grávida arranhando a própria barriga no quarto 130; uma criança correndo em torno do quarto 135, batendo a cabeça na parede...
- Ah minha nossa! - Luce soltou um grito ao ver a cabeça da criança escorrendo sangue.
Emily pegou um aparelho rapidamente, cujo lembrava Luce um celular, aproximou-o da boca e apenas disse:
- Dr. Joshua para o quarto 135. Joshua para o 135 - e guardou o aparelho no bolso. - Acredite em mim, isso não chegou nem perto de ser o pior caso que eu já vi... - disse dando um sorrisinho.
Poucos minutos depois chegou três homens vindos do terceiro andar correndo e um destrancou a porta do quarto 135. Os outros dois entraram rapidamente no quarto e pegaram a menina pelos dois braços, que se debatia para soltar-se. Eles a levaram para a escadaria e subiram novamente ao terceiro e ultimo andar, fugindo da visão de Luce.
- Podemos continuar? - A Srta. Davis havia dito, após notar que Luce Greytton tinha parado para ver o que os homens iriam fazer com a menina. Acordando de seu estado de choque, Luce apenas assentiu e as duas voltaram a andar.
Chegaram no quarto com a numeração 17, quase no final do segundo andar, e Emily começou abrir a porta.
- Esse será seu quarto, Srta. Greytton. - ele era até bem limpo em comparação com os outros quartos. Tinha uma cama aparentemente confortável e uma comoda encostada na parede, o que era o padrão de todos os quartos que Luce tinha visto. - Não se preoculpe, todos os quartos são totalmente esterilizados depois da partida de um paciente - disse dando um sorriso para Luce. - Agora pedirei que troque de roupa e me dê esta que está usando. Não se preoculpe, ela ficará bem guardada até sua partida do Instituto.
Luce entrou no quarto, fechou a porta e pegou uma roupa dentro da gaveta. Foi até um canto do quarto para fugir do campo de visão de Emily e tirou sua roupa, o frio do inverno queimando sua pele. Colocou rapidamente o vestido de manga longa e abriu a porta novamente, deixando a chave em cima da comoda.
- Muito obrigada! Ás 13:00 traremos o almoço. Alguma dúvida?
- Posso usar o banheiro?
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Eu não sou louca [PAUSADO]
Mystery / ThrillerSerá que você realmente pode confiar em alguém? Luce Greytton pode lhe garantir: apartir do momento em que você confia para alguém seus segredos, você está nas mãos dessa pessoa para sempre, se tornando o fantoche dela favorito a ponto de mudar o r...