Capítulo 5 (DEGUSTAÇÃO)

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Amanda permaneceu quieta durante todo o percurso até a mansão.

Enquanto Damen dirigia, vez ou outra eu a espiava pelo retrovisor.

Ela estava encolhida no banco de trás, olhava para os lados, como se cada canto da cidade lhe fosse novidade.

Era uma cena bonita de se admirar, para ser extremamente sincero.

Amanda era como um pássaro, antes preso numa gaiola. Agora ela estava livre.

— Amanda, não é? — a voz de meu irmão soa.

Ela assente, quieta, sem nos agraciar com sua voz suave.

— Vamos conversar sobre o contrato e sobre todos os benefícios que você receberá, certo? Fazemos questão de que você esteja ciente de tudo.

— Certo. — ela murmura baixinho. — Muito obrigada! De verdade, eu nem sei como agradecer por tudo que fizeram por mim. Aquele lugar... eu não aguentava mais aquele lugar. Foi Deus que colocou vocês em meu caminho. Não sei como agradecer.

Mas eu sei, penso.

Durante todo o caminho que se seguiu, eu continuei olhando, de forma curiosa e cautelosa, para a mulher que em pouco dias carregaria meu filho em seu ventre.

Minha cabeça estava a mil por hora, digerindo tudo que havia acontecido nas últimas horas. Parecia irreal.

Parecia irreal imaginar que meu filho estava mais próximo de existir do que nunca.

Parecia irreal estar feliz, porque há muito tempo eu não sentia isso. Há muito tempo eu não sentia esse ardor no peito, essa vontade de sorrir, a vontade de espalhar aos quatro cantos da cidade que meu sonho de se tornar pai finalmente estava se tornando realidade.

-*-

— Chegamos.

Damen anunciou no momento em que passamos pelos enormes portões prateados que davam para a minha mansão.

Sim, minha mansão. Eu realmente me orgulhava em dizer que aquele lugar era meu. Aquela casa era fruto do meu trabalho árduo, do meu esforço diário, de muitas noites acordado com a cara nos livros.

Então, não, eu não queria me gabar por ser quem eu era ou pelas coisas que eu tinha, mas eu não me importava de parecer satisfeito com o resultado do meu próprio esforço.

— É aqui que vai ficar pelos próximos meses, Amanda. Esta é a sua nova casa.

Gentilmente, meu irmão abre a porta do carro para Amanda, que desce fascinada com a visão que tem do lugar.

Aquela era a reação de qualquer pessoa que colocasse os pés em meu lar.

— Venha, vamos te apresentar os criados e todo o resto da casa.

— É linda! É... realmente linda. Parece aquelas mansões dos filmes americanos.

Acho graça do modo como ela fala e reage àquele novo ambiente. Provavelmente a garota vinha de uma realidade completamente oposta a esta, infelizmente. Quando abro a porta de entrada, a figura de Sabrina se forma em meus olhos e sua feição não está muito agradável aos olhos.

Ela olhou Amanda dos pés a cabeça, numa análise descabida e desnecessária.

— Quem é a garota, Derek?

— Brin, essa é a Amanda. Amanda, essa é Sabrina, nossa irmã. — Damen diz, coçando a nuca, de modo apreensivo.

Amanda abre um sorriso constrangido, enquanto Sabrina sequer cogita a hipótese de ser simpática.

Nove Meses. (DISPONÍVEL EM ÍNTEGRA NA BUENOVELA)Onde histórias criam vida. Descubra agora