Capítulo 47

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Eu não sabia para onde eu e Amélia estávamos indo,muito menos aonde nós estávamos,mas eu já estava tão longe,era muito tarde para querer voltar a trás.

Eles não devem estar muito longe,afinal só fazia 1 dia que eles tinham saído.Provavelmente,já devemos estar perto deles e isso me deixa feliz.
Estou morrendo de saudades do meu pai e do meu irmão,só queria poder abraça-los e dizer o quanto eu os amo.

-Você acha que vai demorar muito até encontrarmos eles?-Amélia perguntou enquanto andava pela estrada.

-Não,só faz um dia que eles saíram,eles não devem ter ido muito longe-eu respondi.

Mais a frente nós podíamos ver um tipo de cidade,não estava muito longe,mas também não estava tão perto.
Amélia me olhou e começou a correr,decidi acompanhá-la e comecei a correr ao lado dela.

[...]

Já fazia uns 30 minutos que tínhamos chegado na "cidade",não estávamos mais correndo.
Eu me joguei no chão de uma calçada de uma coisa que aparentava ser uma cafeteria antigamente.

Olhei ao meu arredor e vi ruas sujas com marcas de pneus,terra,poeira e folhas das árvores mortas que tinham ali.
Lojas abandonas,vidros quebrados,marcas de sangue em quase todas as paredes.
Nada que eu já não tenha visto.

Amélia estava sentada à minha frente,cansada assim como eu.
Graças a Deus,hoje não estava calor,estava frio.O outono estava quase no fim,eu podia sentir isso.
Tinha sol,mas parecia que ele estava lá só de enfeite,pois não estávamos nem suando.

-Que estranho,ainda não encontramos nenhum zumbi-Amélia falou.

Era verdade,nem quando começamos a correr,não vimos nem sequer um zumbi.

-É verdade,aonde será que os carnes podres estão?-eu perguntei olhando para todos os cantos.

-Não sei,mas precisamos voltar a procurar o seu pai e o seu irmão antes que um monte deles apareçam-Amélia se levantou.

Amélia estendeu a mão para mim,eu a segurei e me levantei.
Meu pai e o meu irmão tinham que estar aqui,nós já estávamos bem longe de Alexandria e nós teríamos que voltar para lá ainda hoje.

Começamos a andar e olhar para todas as lojas,qualquer movimento dentro delas,a gente já entrava.
Eu olhava para o chão também,eu poderia encontrar algum objeto que me levasse aos meus meninos.

Passamos por uma lixeira e vi que tinha algo no chão que dava reflexo no sol.
Cheguei perto da lixeira e me abaixei.
Era um óculos,mas não era qualquer óculos,era os óculos do meu pai.
Eu soube disso pois os óculos do meu pai tinham as iniciais do nome dele na armadura.

-Achou alguma coisa?-Amélia perguntou.

Eu olhei para ela.

-Os óculos do meu pai-eu respondi e a Amélia sorriu.

-Eles estão aqui,vamos acha-los-Amélia falou e eu me levantei.

Eu sorri e voltamos a andar,meu olhar estava completamente grudado nas vitrines de cada loja,banco e casa que eu via ali.Eu não desgrudava o meu olhar daquele lugar nunca.

End of the day || Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora