Capitulo 1

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Meu nome é Belinda Barnes, estou com quase 18 anos e ainda não sei o que fazer da vida. Quando eu era pequena, sempre que imaginava o meu futuro, eu me via apaixonada por um homem bom, carinhoso e romântico. Mas, as coisas agora não estavam como pensei que fossem ser. Eu amava um rapaz que me chamava de vadia, que era drogado e nem ao menos sabe o que significa romantismo ou carinho. Ele segue suas próprias regras e possui um coração frio. Se for preciso ele mata, ele rouba e faz de tudo para conseguir o que quer. Ele é um estupido, ele é mau. Ele é o meu rapaz mau.

Isso é um pouco estranho. A maioria das raparigas ficam aí, á espera do príncipe encantado. Elas gostam dos rapazes perfeitos e fofos, aqueles que dariam a vida por elas... Mas, parece que eu estou apaixonada por um vilão. Eu gosto do rapaz totalmente imperfeito. Mas, tudo bem... Aliás, eu nunca fui igual às raparigas da minha idade mesmo.

Fiquei fitando a janela, vendo as pessoas lá fora. Estava sol. Era primavera e estava sol. Era um dia bonito e eu estava aqui, no meu quarto.

Ficava imaginando que Niall era o meu anjo negro. Tudo bem, que ele só me maltratava, mas, ele também tinha seus momentos. Eu não sei porque eu o amava e as pessoas até começavam a dizer de nós dois, mas, eu não ligo pro que elas dizem. Eu tenho que admitir que o amo. Eu queria tanto que ficássemos juntos, sabem... De verdade. Apesar de tudo eu ainda continuo á espera e todos os dias me pergunto sempre o mesmo... Até quando vou esperar? Não seria mais fácil eu desistir? Até quando?

Isto tudo era tão idiota.

A minha mãe me disse tantas vezes que não valia à pena. Que ele era um rebelde de coração estragado e que deveria me afastar dele. Mas, acho que o meu coração é burro e não sabe escolher alguém bom pra amar. Nós não mandamos nele.

Escutei um murmúrio e virei meu rosto pro lado, encarando Niall sério, molhado e com uma toalha em volta da sua cintura. Suspirei com um meio sorriso.

– Bom dia meu amor... Espero que tenhas dormido bem. Como estás esta manhã, princesa? – eu sorri. E não... Ele não disse isso. Essa era a sua voz na minha imaginação. Era o jeito como eu gostaria que ele me tratasse; o jeito oposto de como me tratava.

– Porra. Tás me ouvindo, vadia? Belinda! – segurou meu braço com força.

Eu pisquei os olhos tentando voltar pra realidade. Fitei seus olhos furiosos e suas sobrancelhas juntas, aquela sua expressão me dava medo.

– S-sim? D-Desculpa... – gaguejei.

– Porque estás tão desligada assim? Presta atenção quando eu falar contigo, caralho. – soltou meu braço, me fazendo cambalear pra trás.

Meu braço estava vermelho, com as marcas da sua mão, aquilo com certeza iria ficar roxo. Ele deu alguns passos pra trás, me olhando ainda de um jeito serio e medonho. Respirei fundo. Por que motivo mesmo eu o amava?

– O que estava dizendo, Horan? – perguntei calma, cruzando os braços.

– Viste as minhas roupas? – perguntou, com seu meio sorriso sarcástico e deu de ombros. Eu adorava aquele sorriso.

– Estão ali. – bufei, apontando pro lado esquerdo da cama. Ele caminhou até lá.

Fiquei o fitando se trocar por um tempo. Sorri em meio disso, o observando. Ele me ignorava, mas, ok.

Seu jeito mandão e sério era engraçado e até mesmo sexy. Mesmo que eu o achasse sério demais às vezes. As pessoas diziam que ele era um estranho drogado; e eu era apaixonada por ele. Merda.

Ainda é cedo e eu preciso de amor. Só um pouquinho de amor... Quero que ele veja o quanto mudei por causa dele, na esperança de que seu riso congelado saia do automático e eu ganhe um único sorriso verdadeiro.

– Não comentes com ninguém, ouviste? – ele disse rápido, algo que ele sempre dizia quando passávamos uma noite juntos e logo caminhou até a porta.

– Espera. – eu disse um pouco alto, até demais eu acho, porque ele me olhou com raiva. – Um pouco de carinho não faz mal às vezes, sabias? – mordi os lábios, eu havia mesmo dito aquilo?

Ele riu e deu alguns passos até mim. Ás vezes eu realmente não o entendia.

– Carinho? – falou rindo alto. – Tás achando o que, vadia? – me empurrou pelos ombros.

– Eu só... Só acho que... – suspirei. – Tu vens até aqui, fazes o que queres e depois... –

– Queres mesmo conversar sobre isso? – riu, mais uma vez.

– Eu só... –

– Cala boca. – ele disse sério e deu as costas logo deixando-me sozinha no quarto.

Eu queria dizer tudo. Dizer o quanto eu me sentia um lixo por ser usada e depois o ver sair do meu quarto como se nada houvesse acontecido... Mas, eu não conseguia. E odiava-me por isso. Por permitir tudo isso, simplesmente por que eu o amava. E ele me tratava assim... Como um nada.

E eu fiquei lá sozinha por mais um tempo, com as lembranças. Fiquei lembrando da noite passada, os toques seu jeito bruto e prazeroso. Ele beijava meu corpo inteiramente, dava-me chupões, apertava-me e deixava-me louca. Ele sabia como satisfazer uma rapariga. Sabia bem como deixá-las loucas. E por mais bruto, arrogante e canalha que ele fosse, tudo isso era uma combinação perfeita que me fazia amá-lo.

Que ódio.

– Alô? – atendi o meu telemóvel que já tocava a algum tempo.

– Bel? 

– Sim, quem é? – perguntei enquanto me jogava para a cama.

– Estás a dormir ainda, só pode! Esqueceste-te da gostosa da tua amiga? – ela riu do outro lado.

– Ah, claro... Jazmyn. – eu ri junto.

– Então, a noite foi boa minha sexy lady? – podia vê-la a sorrir maliciosamente do outro lado.

– Queres que eu conte em detalhes ou resumidamente? – gargalhei.

– NOJO. Não quero saber o que tu fazes com meu irmão. – bufou. – Vamos á praia para nos distrairmos um pouco, ok? Passo aí daqui a 20 minutos. 

– Praia? Ás nove e meia da manha? – olhei no relógio ao lado pra confirmar. – Tás a falar a sério? – ri fraco.

– Despacha-te... Sexy Lady. – riu, ressaltando o nosso belo apelido carinhoso entre amigas. Logo desligou, deixando-me a falar sozinha.

Por um minuto, eu queria que a minha vida fosse um pouco diferente, sabem? Mas, não era.

Era apenas... Escuridão.

{ atenção, esta história não é minha, estou apenas a traduzi-la e divulga-la }

Love Is SuicideOnde histórias criam vida. Descubra agora