Capitulo 1

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-Diana Sofia despacha-te!– gritava Joana do andar de baixo. A serio, aquela rapariga andava sempre com os nervos. Nunca se acalmava.

-Tem calma mulher. Tens que perceber que ficar maravilhosa como eu estou leva tempo. - disse descendo as escadas.

-Nada convencida tu – resmungou pegando na sua mala e casaco.

-Realista, minha querida, realista. - peguei tambem na minha mala e casaco e saímos.

Hoje eram os anos de Joana e iamos até um bar, só nós as duas. Apanhamos um taxi e passado pouco tempo estavamos la.

Ai, jesus, eu ia-me perder ali, aquilo eram só deuses gregos e cada um melhor que o outro.

A Joana olhou de para a minha cara e o seu olhar gritava “NEM PENSES”.

-Que tem? - perguntei-lhe.

-Tu tens namorado, lembras-te?

-Sim, eu sei – resmunguei. - Tu não me deixas esquecer. - dirigi-me para um sofa vazio e sentei-me. - No entanto, - disse pondo um sorriso de novo na minha casa – isso não quer dizer que não possa apreciar. Bem de perto. - disse esta última parte baixinho e comecei a dirigir-me para a pista de dança. Ela não me seguiu mas ouvia a gritar o meu nome.

Não quis saber, apenas comecei a dançar e ver as vistas. Ás vezes algumas raparigas mandavam-me um olhar de morte e eu apenas sorria, deixando-as ainda mais furiosas. Não estava nem aí.

Estava a dançar alegremente ao som de uma das minhas músicas favoritas quando sinto alguém a aproximar-se e a tocar-me no braço.

-Desculpa – disse ele em Inglês. Só me faltava mais esta, Inglês. Eu não percebo nada de Inglês. - Estás sozinha?

-No – disse-lhe. Isto pelo menos eu sabia dizer. Senti-me tão inteligente naquele momento! Pronto, estou a brincar, eu até percebo Inglês, mas era engraçado fazer de conta que não. - Estou com a minha melhor amiga, ela está sentada. - Olhei melhor para o rapaz enquanto ele me sorria. Aquilo era mais que um deus grego, era uma cidade inteira cheia deles. Eu vou desmaiar, não me aguento muito mais a olhar para aquele sorriso.

-Queres dançar?- perguntou e eu sorri chegando-me mais para a sua beira. Naquele preciso momento, a música mudou para uma mais calma e romântica. Mas tinha que ser mesmo naquele momento?? A qsério?? Não podia ser depois de eu desaparecer??

Ele chegou-se mais e começamos a dançar juntinhos. Não era suposto eu estar a fazer aquilo, nada suposto mesmo e ainda por cima aquilo estava-me a provocar calores, ai minha mãezinha ajuda-me.

-Já agora, - disse ele ao meu ouvido – sou o Harry. - sorri.

-Bonito nome – disse eu provocando-lhe também um sorriso.

-O teu também,... Sofia.

-Espera aí um segundo, como é que tu sabes o meu lindo nome?? - perguntei afastando-me.

-O teu colar – disse apontando com a cabeça para o meu pescoço onde o colar se encontrava. Tinha-me esquecido completamente do colar. Tinha sido um presente da minha avó e eu nunca o tirava, era como se já fizesse parte de mim.

-Ah, pois. - consegui finalmente dizer envergonhada. Se não fosse eu já estar vermelha devido ao calor provocado por aquelo homem, de certeza que ele reparava que tinha ficado envergonhada – Estou cansada – disse tentando fugir dele e do que acabara de acontecer. - Acho que me vou sentar.

-Posso ir contigo? - perguntou-me. Isto é assim, senhor deus grego, EU ESTOU A TENTAR FUGIR DE TI PORQUE SENÃO VOU TER QUE TE SALTAR PARA CIMA.

-Claro – respondi sorrindo.

Bad Luck (h.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora