Capítulo 5

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— Nenhuma melhora? — Gem perguntou ao irmão que demonstrava estar exausto.

Harry passara a noite em claro tentando consolar Louis. Mas nada adiantava. O moreno só havia conseguido dormir agora, e Harry estava extremamente cansado. As pálpebras estavam pesadas, bolsas se formavam de baixo dos seus olhos. E ele mal conseguia ficar de pé, devido ao sono.

— Partiremos antes do anoitecer. — Harry dissera derrotado.

O cacheado andou até a cafeteira e colocou uma xícara, esperando a mesma ser preenchida. Ele compreedia a dor de Louis, mas também havia o lado dele que implorava para passar mais um tempo com a irmã.

— Eu sinto muito. — Gem suspirou pesadamente, abaixando o olhar e encarando o balcão de mármore. — Éramos para ter as férias perfeitas. Estávamos todos felizes e ansiosos.

— Eu sei. É como se esse lugar atraisse todas as coisas ruins.

A cafeteira fizera um barulho indicando que a xícara estava cheia. O cacheado pegou-a com cuidado para não se queimar e sentou-se ao lado de sua irmã.

— Eu irei sentir sua falta.

Gem queria respondé-lo, mas ela sabia que qualquer coisa que ela dissesse nesse momento a faria chorar e ela precisava ser forte pelo irmão. Ela precisava ajudá-lo de alguma forma a saber lidar com a situação, e não seria chorando.

A casa estava extremamente silenciosa. Nenhum dos garotos se arriscavam a dizer algo ou a tentar conversar com Louis. O moreno havia se fechado para todos, e as únicas pessoas que ele deixava entrar no quarto era Harry e a filha.

— Papa? — Darcy agarrou a barra da camiseta do pai puxando-a para ter sua atenção.

Louis virou-se despertando-se. Os olhos inocentes de Darcy lhe olhavam como se apenas isso bastasse para que o seu dia melhorasse, para que ele pudesse esquecer a morte da mãe.

— O que aconteceu com vovó?

A voz de Darcy era tão meiga e tranquila que ele não sabia como contá-la. Ele apenas queria limitá-la a sentir qualquer dor que fosse nessa vida.

— Você sabe as estrelas que você ama admirar no terraço com o papai Harry? — A pequena assentiu fechando os olhinhos e deixando os cachos invadirem seu rosto. Louis deu um sorriso triste sem mostrar os dentes e em seguida passou uma das mãos pelo cacho da filha e colocando-o atrás de sua orelhinha, deixando-a exposta. — Agora vovó será uma estrelinha também.

— E como vou saber qual ela é? — A pequena indagou preocupada.

— Ela estará no topo do céu. Brilhará mais do que qualquer outra.

— A gente pode ver ela lá fora hoje?

— Podemos vê-la todos os dias. — Louis deu um bejinho na pálpebra da filha.

A pequena se ajeitou no peito do pai e sentiu a respiração pesada dele. Louis queria pensar igual a filha e acreditar nas palavras que havia lhe dito. Quem sabe assim as coisas não seriam mais suportáveis.

•••

As malas já estavam prontas, mas a pior parte seria convercer a Darcy ir embora.

A pequena estava tão ansiosa de passar esse tempo com os tios e a tia, que agora ela teria que dizer adeus a tudo isso. Ela nunca iria surfar no razo com o papa Louis e nunca iria fazer castelos de areia com o papai Harry. As coisas que eram importantes para a pequena também haviam sido tiradas dela. Assim como as coisas importantes para Louis havia sido tirado dele.

Merman 2 - l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora