Second Part

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Não foi possível dizer como Robin conseguiu descer as escadas da arquibancada e correr em meio a multidão de pessoas que se aglomeravam em volta da piscina, para então se jogar na água e pegar o corpo desmaiado de seu filho, em menos de um minuto. Quando ele trouxe Roland até a borda, Regina ajudou-o a coloca-lo no chão, e ela se pôs a ver se o filho respirava. Sentiu o pulso fraco, assim como seu coração naquele momento. Ela tentou controlar seu próprio nervosismo, retirando a toca e os óculos, para então se intercalar entre respiração boca-a-boca e massagem cardíaca. Lizzie, cheia de culpa, já chorava abraçada ao irmão mais velho. Hood permanecia parado ao lado da mulher, ensopado e com a respiração falha.

Segundos depois, Roland tossiu forte, jorrando a água que havia ingerido para fora de seus pulmões. Seu rosto virou para o lado e ele começou a vomitar, abraçando o estômago com todas as forças.

- Roland! – Ele ouviu sua mãe o chamar, mas a dor era intensa demais para que ele conseguisse responder. – Roland, fale comigo querido, o que você está sentindo?

- Minha barriga... dói. – Ele choramingou, encolhendo o pequenino corpo no chão.

- Vai ficar tudo bem, meu amor! – Regina sussurrou, e isso foi a última coisa que o menino ouviu antes de se ver envolto por uma fumaça roxa e então desmaiar outra vez.

x.x

- Apendicite aguda? – A voz do arqueiro soou alta dentre as demais na sala de espera.

- Ele provavelmente entrou em choque pela dor e acabou desmaiando na piscina. Tivemos que operá-lo às pressas. Houve uma ruptura do apêndice e não houve formação de um abscesso. A infecção se espalhou e o quadro evoluiu para peritonite. – Whale suspirou. – A situação do seu filho é grave, mas o Dr. Wirnald é o nosso melhor cirurgião e está lá dentro agora fazendo o melhor que pode.

- Porque não me deixou curá-lo com magia? Como pode fazer uma cirurgia no meu filho sem falar comigo antes, Whale? – A mulher gritava, dividida entre o desespero e a raiva.

- Regina, você sabe melhor do que ninguém que toda magia vem com um preço, e pelo estado de saúde do seu filho, dessa vez, o preço seria alto. – Whale respondeu, mantendo a voz calma. – Por favor, deixe Wirnald trabalhar, eu garanto a você que ele fará o que puder por Roland. – A morena fechou os olhos por um instante, tentando conter as lágrimas.

- Foi minha culpa... – Henry falou, cobrindo o rosto com as mãos. – Ele estava com dor na barriga antes da competição. Me disse que era câimbra, mas eu deveria ter contado para vocês, eu sinto muito mãe. – Abrindo os olhos para fita-lo, Regina se aproximou do filho e o tomou nos braços em um aperto forte.

- Tudo bem, meu amor. A dor visceral é muito difusa, ele deve ter se enganado na hora de descrevê-la e quis te tranquilizar.

- Não é sua culpa, Henry. – Lizzie, que estava quieta até o momento, sentada em uma cadeira no canto, falou ao levantar o rosto para encarar os pais e o irmão. – Eu sabia que ele estava mentindo semana passada quando reclamou de dor abdominal e disse que havia recebido uma bolada no futebol. Eu vi ontem quando mamãe levou um chá pra ele, porque ele estava com náuseas. E eu o ouvi gemer de dor no ombro de madrugada...

- Dor referida – O médico interrompeu. – A infecção atinge os órgãos peritoniais e as fibras do nervo frênico o fazem interpretar como dor no ombro. – Lizzie começou a chorar, ainda mais apavorada pelo que ele havia dito.

- Ele me disse que era dor muscular, mas eu sabia que havia algo de errado, mas ele queria tanto ganhar a prova...

- Porque você não nos contou, Lizzie? – Regina explodiu, gritando alto com a criança. O medo de perder o filho fazendo-a perder o controle.

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⏰ Última atualização: Dec 07, 2016 ⏰

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