Adeus, chance da minha vida!

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Nossa história começa em San Francisco, Califórnia. Em um dia de clima ameno, onde a final do campeonato mundial de Black Up estava sendo realizada. O local estava lotado de pessoas, do mundo inteiro, esperando para ver a partida final das duas maiores equipes de todo o campeonato – LGG* e BSK*.

Sophie Reiff havia competido com sua equipe durante todo o ano – haviam levado a taça nacional pela primeira vez. Agora, ali estavam eles prestes a competir e concorrer à taça mundial. A torcida era grande por dois motivos: Em primeiro lugar, nenhum time brasileiro chegara tão próximo de vencer o campeonato. Em segundo, vencer os times orientais foi difícil durante toda a história dos campeonatos gamers, agora a responsabilidade estava nas mãos dos LGG.

O campeonato estava ocorrendo ao lado de uma das maiores feiras nerds do mundo. A equipe LGG para se distrair resolveu passar horas antes no evento, o problema foi que eles se separaram e é que aqui que chegamos ao ponto principal, pois é onde Sophie Reiff, a jogadora que liderava a equipe, se perdeu e resolveu pegar um atalho.

Seus pés tocavam o chão tão rápido que, por alguns segundos, chegou a pensar que pudesse estar voando. Um atrás do outro cada vez mais de pressa. Ela sabia que precisava atravessar aquele jardim, antes de ser pega por algum segurança ou perderia o campeonato.

Estava na ultima fase e não seria agora que perderia tal oportunidade – não poderia fazer isso consigo e nem com o resto do time. As penalidades eram assustadoras demais, além da ideia de ver seus sonhos desabarem. Seriam suspensos, eles não poderiam competir no próximo campeonato, além de ter um grande número de pessoas os odiando.

Ela passou por alguns seguranças parados em um canto, mas fingiu não ver e continuou correndo, mesmo com alguns gritos distantes. Podia enxergar a porta por onde teria que passar. metros a sua direita. Só precisava continuar na mesma rua.

Na direção oposta para qual ela corria, vinha um carro que começava estacionar no meio da rua vazia. Seguranças desceram e então avistaram a garota ruiva correndo na direção deles. Cerca de cinco pessoas estavam em volta do veículo. Sophie os avistou, assim como a pose de defensiva deles.

Um deles falou algo no aparelho em sua mão. Ela corria tão rápido que não conseguia pensar em uma maneira de parar, então apenas continuou.

- Saiam da frente! – Gritou ela, em um inglês claro o suficiente.

Eles não pensaram em recuar, afinal deveriam proteger o chefe. Então, tudo aconteceu rápido demais. Um deles tentou segurá-la, mas tropeçou e eles caíram para trás. Quando Sophie notou estava deitada sobre o enorme tórax de um cara grande. Ele usava camisa preta, era careca e retomava a consciência.


A garota logo começou a se levantar decidida. Sophie, realmente, conseguiria chegar a tempo. Conseguiria jogar e vencer junto a sua equipe. Levariam a taça para toda uma legião de fãs. Tudo se os segundos depois tivessem sido diferentes. Assim que, ela começou a se levantar a porta foi aberta rápido demais e acertou sua testa a nocauteando. Então ela apagou.

Abriu os olhos e um paramédico estava ao seu lado, enquanto o veículo balançava. Ela estava em uma ambulância, tentou levantar, mas ele a segurou. O homem fez algumas perguntas, mas ela só conseguia pensar em seu jogo, então se recusou a responder, apenas desejava ir para sua partida.

- Preciso fazer uma ligação! – Ela tentava falar.

Mas, o homem apenas a examinava e fazia perguntas que ela não queria responder, tentou pegar o telefone, mas não estava em seu bolso.

Ponto de PartidaOnde histórias criam vida. Descubra agora