A tempestade

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Capitulo betado pela Nadila (ForeverAloneLeonil)

A loira observava a janela
enquanto apreciava uma taça de vinho tinto; o céu estava cinza demais para o seu gosto. Ela sabia que não deveria ter aceitado essa viagem.

Sem contar que fora obrigada a permanecer na mesma casa que Leon Martins, um homem com as piores características possíveis, contudo secretamente ela nutria uma paixão desde que se conheceram, agora corria o risco de ficar junto a ele durante a tempestade.

Rezava para que seus amigos voltassem rapidamente, antes que a tempestade lhe provocasse uma loucura.

A jovem mesmo sabendo da irracionalidade de seus medos, temia relâmpagos e trovões, simplesmente não conseguia controlar.

Suas pernas já estavam começando a enfraquecer.

Seguiu até a cozinha para lavar a taça de e guardou-a em seu devido lugar.

Pensou em conversar com alguém, todavia apenas Leon se encontrava na casa e de pronto descartou essa ideia.

Decidiu ir para seu quarto ler um pouco para distrair sua mente e esquecer o barulho ensurdecedor.

A tempestade estava ficando mais fortes o vento soprava com força, ameaçando derrubar as árvores ou mesmo levar o telhado.

Foi quando nesse meio tempo entre a leitura e a reflexão Nilce ouviu um intenso relâmpago, seu coração batia em uma velocidade nunca sentida, a eletricidade acabou, e seu medo tornou-se desesperador.

Ela não conseguia mais controlar seu corpo, sem pensar em mais nada dirigiu-se para o lugar que nunca pensou habitar, o quarto de Leon Martins.

Entretanto nesse momento não existia raiva muito menos orgulho que a impedisse.

Ela estava morrendo de medo, e se Leon fosse sua única companhia por perto, aceitaria de bom grado.

Bateu na porta, um pouco temerosa ainda, estava claro que se arrependeria no dia seguinte, porém naquele momento não raciocinava mais nada, apenas temia a furiosa tempestade.

- Nilce?

- Leon... será que eu poderia...-Sua voz quase não saía devido às emoções do momento. Seu corpo estava tremendo. – ...ficar aqui com você até a tempestade passar?

O moreno, estava estranhando toda a situação, sabia que para Nilce, ele seria a última pessoa a lhe fazer companhia.

Os dois sempre disseram que apenas havia ódio entre eles, mas como diziam, ódio e amor andam lado a lado, e ele também guardava secretamente sentimentos pela moça. Não se lembravam o porquê terem começado com essa bobagem de ódio, mas continuaram, afinal nenhum dava o braço a torcer.

Os amigos sempre insistiram em aproxima-los, incluindo essa viagem.

- Entra, desculpa a bagunça. – Ele ficou tentado a provoca-la, mas sabia que o assunto era sério demais para ela lhe pedir ajuda.

A mulher sentou-se na cama, ele ficou sem ação apenas a olhava. - Estava nervoso com aquela linda presença.

Nilce relembrou o dia do acidente que matou sua irmã. Era uma noite chuvosa como aquela, fora uma sorte ter sobrevivido, contudo nunca superou a perda de sua irmã mais nova.

Lágrimas começaram a cair de seus olhos.

Em um impulso, ele rumou até sua cama e a abraçou.

Queria protege-la, e mesmo que ela o odiasse, iria fazer isso.

- Me desculpe novamente, sei que você me odeia, mas não posso ver uma mulher chorando.

- Eu sei, todavia saiba que não irei cair nos seus joguinhos de conquistador barato. – Mesmo aquele abraço a acalmando, ela não queria que fosse uma aproximação para uma relação entre os dois.

Nilce sabia como começar uma briga com ele, e foi exatamente o que aconteceu.

Os dois começaram a trocar acusações, as mesmas que sempre utilizavam quando se encontravam.

Mas havia algo novo, eles estavam praticamente colados um ao outro, acabando com a distância que de certa forma, aumentava a tensão no ambiente.

Ele então, cansado de toda essa situação conflitante, deu o primeiro passo.

colocou a mão em seu pescoço, a puxando mais para perto de si, colando seus lábios aos dela.

Ela se debatia em seus braços, usando uma força que nem chegava a ser sentida por ele, mas então seu corpo, rendido a ele, se entregou de corpo e alma.

Continuaram a se beijar até o ar ser necessário, e ele então a levou até a cabeceira da cama, passando as mão pelo belo corpo da mulher e quando chegou em seus ombros retirou o casaco creme que ela usava.

Sua tremedeira havia passado, na verdade havia se esquecido da tempestade, que parecia querer se estender durante toda a noite, sua mente estava mais preocupada em gravar todos os momentos daquela noite do que se lembrar de seu medo.

O corpo dos dois, apesar do frio, parecia estar em combustão.

Fizeram amor por um bom tempo, e mesmo parecendo algo somente carnal, o sexo representa o amor de duas pessoas ou até mesmo a liberdade em poder decidir o que cada um quer da vida.

Os dois curtiram aqueles momentos de uma forma deliciosamente mágica, descobriram que tudo não passava de um medo de sofrer de ambas as partes.

Depois daqueles momentos compartilhados na cama, onde seus corpos tornaram-se uma alma, decidiram que talvez seria bom tentar ver até aonde aquela relação iria, afinal, eles iriam tentar, o que era muito mais divertido e justo do que ficar no sonho.

Under lock and keyOnde histórias criam vida. Descubra agora