Está é a história de uma rapariga... não... não é apenas uma rapariga qualquer. Uma menina possuidora de uma qualidade que nem ela, até a um certo momento, sonhava ter.
Passava noites sem fim, como se cada hora fosse uma nova vida, mas não para m...
Bem, era exatamente 1:30h da manhã... Aquele hospital estava completamete escuro, apenas se ouvia o suspirar profundo da minha mãe e o temporal lá fora. Estava uma noite estranha, como nunca houve... mas esperem, como posso eu estar a escrever o que se passou naquela noite se eu era recém nascida? Bem, então vou vos contar: eu tinha algo, talvez uma marca, ou talvez não fosse apenas uma simples marca...
O meu primeiro suspiro não foi completamente igual ao da minha mãe, foi profundo, tal como o dela... mas, da maneira que eu dei sinal de vida, ela deu sinal de morte, uma morte lenta, um respirar profundo e incómodo, as últimas lagrimas escorriam-lhe naquele momento pelo rosto, e a única coisa que se manteu viva foi a marca dela, igual à que eu tinha quando nasci! As lagrimas dela eram lentas, enquanto que as minhas escorriam em modo acelerado... mas tenho a certeza que as que cairam não foram pelo facto normal de um bebé chorar quando nasce, chorei porque a minha mãe se tinha ido embora para outro sítio qualquer que não o sitio onde estávamos, sentia falta dela, mesmo mal a conhecendo eu sentia a falta dela... mas porquê?
Os medicos, mal a avistaram naquele estado, tiraram-na daquela sala e levaram-na para outra. Tentaram fazer com que ela voltasse à vida... e depois de tentativas e tentativas sem fim, ela por mais estranho que fosse acordou e eram exatamente 2:00h da manhã! Estranho porque foi nesse preciso momento que tentaram ver o que era aquela marca apalpando-a. A minha mãe parecia um furacão a levantar-se da maca! Um sorriso enorme surgiu tanto da minha parte como da dela!
No decorrer de uma semana no hospital, tudo permacera igual: escuro e silencioso... apenas suspiros, mas desta vez eram leves... tudo como o "normal".
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