Third Chapter (The Chance)

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         Junho de 1967, nessa altura tinha 17 anos e experienciei um dos maiores sentimentos que já passaram pelo meu coração. 

Ainda me lembro como se fosse hoje, estávamos na escola, tinha tocado o sino para o intervalo de 20 minutos. Lá estava ela, Allsey Sttewart, linda como sempre, com aquela cara de anjinha fofa. A minha mente não me deixava em paz, eu nem conseguia controlar o que passava pela minha cabeça naquele momento, foi então que por alguma força insólita, decidi agir, simplesmente comecei a andar na sua direção com um único pensamento:

-Tu consegues!

Estava a 1 metro dela, de momento tinha muita vergonha de dizer alguma coisa, pois havia muita gente em sua volta, então pensei em agarrar nela. Suavemente toquei na sua mão e a agarrei, levei-a para um canto para, ironicamente, podermos falar melhor. Foi nesse exato momento que a minha mente possuiu o meu corpo, não disse nada, só agi.

Comecei por olha-la nos olhos, passei a minha mão pelo seu pescoço ate ao seu abdómen, conseguia notar que o seu coração estava acelerado. Desviei o meu olhar dos seus olhos, lentamente ergui a minha outra mão e toquei no cimo do seu braço, fui descendo até chegar nas suas veias, senti o seu sangue a escorrer rapidamente, como se fosse uma cascata sem fim, podia até jurar que o conseguia ouvir. Inclinando cada vez mais as minhas mãos, cheguei nas suas, dedo por dedo fui conectando-as vagarosamente, sentia o suor escorrendo pelos nossos dedos, o que ajudava na ligação. À medida que fechava o ultimo dedo, notava que uma união tinha sido feita, como se fossemos um só, no mesmo instante voltei a olhar nos seus olhos, desci o meu olhar e vi os seus dentes trincando levemente os seus lábios, como se estivessem a chamar por mim, com aquela tentação enorme, beijei os seus lábios molhados, com as nossas bocas juntas sentia a sua língua tocar na minha, sentia a nossa saliva fluir pelas nossas bocas, não consigo explicar muito bem aquela sensação, só sei que estes dois corpos tinham acabado de se interligar, dois corações a bater por um só ser, dois sistemas unidos a funcionar mutuamente, sem dúvida, uma das melhores sensações que já senti até hoje.

O beijo durou bastante tempo, depois de acabar olhamos um para o outro com aquele olhar de benevolência, simultaneamente com o sino de entrada, por fim, deixamo-nos com um simples adeus, seguindo cada um o seu caminho para a sala de aula.

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⏰ Última atualização: Dec 21, 2016 ⏰

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