Capítulo 1

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"O amor é como 4 paredes
O espelho-espelho-meu que é preenchido por você
O amor é como 4 paredes
Esse misterioso labirinto, labirinto"

*Chaeyeon*

Eu tinha praticamente apenas 14 anos de idade quando me apaixonei pelo Arthur, ele era meu amigo, meu melhor amigo.

Eu estava no 8° ano no colégio, eu não tinha amigas na minha sala, todas elas estavam em salas diferentes, então eu estava sozinha lá, não era amiga de ninguém da sala, era apenas um "lobo solitário" lá, e era chato isso, por que eu não tinha uma única amiga pra conversar, ficava apenas calada lá no meu canto, sem conversar com ninguém pois eu era tímida demais.

O meu amigo Arthur, que não era amigo ainda, sentava atrás de mim, e logo atrás dele o Leonardo, eu já conhecia ele da minha antiga escola, mas não cheguei a conversar e nem falar com ele uma vez.

Um dia o Leo resolveu se aproximar de mim e puxar assunto comigo, ficava me enchendo o saco toda hora, porque ele, não só ele, mas sim como todos os garotos daquele "grupo", repararam que eu era a única naquela sala que não tinha ninguém pra conversar, e só andava com algumas garotas no intervalo, minhas melhores amigas no caso, a Mina, Doyeon, Somi e Sohye.

Conforme o tempo foi passando, cada dia que se passava que eu conversava com os garotos, mais eu me aproximava deles e perdia um pouco mais a minha timidez, Arthur era o meu amigo daquele grupo que eu mais falava, os outros nem tanto... Eu passei a andar mais com eles no intervalo, mas claro que eu ainda ficava com minhas amigas as vezes.

Todos eram meus amigos, mas apenas o Arthur era o mais próximo, tinha o Leo, o Lusca, o Henrique, o Joseph, o Guilherme, e eu, sim, eu era a única garota do grupo, a única mesmo, então alguns dos meninos até ficavam meio sem graça perto de mim, mas eu nem falava tanto com eles, eu era praticamente a "observadora" do grupo, eu apenas ficava lá, calada, observando, não puxava assunto com ninguém, apenas com o Arthur, mas eu não tinha tantas coisas pra puxar assunto, então ele que puxava assunto comigo sempre.

Até hoje não sei como ficamos amigos tão rápido, mas sei que com o tempo que eu passava com ele, era divertido, ele me fazia rir todos os dias, fazia eu esquecer dos problemas, e com o tempo que fomos ficando juntos, nos aproximamos mais, e as vezes quando eu via ele, meu coração acelerava, eu me perguntava o porque, ficava me questionando com perguntas do tipo "será que eu to gostando dele?".

Eu não deixei de reparar várias vezes que durante a aula às vezes ele olhava pra mim diferente, como se estivesse analisando algo, eu olhava pra ele também, olhava fixo nos olhos, ele me deixava sem graça assim, porque ele não dizia nada, apenas olhava, e só parava de olhar quando eu olhava pra outro lado ou parava de olhar pra ele.

Me lembro de um dia que estávamos indo embora pra casa juntos, não só eu e ele, mas sim o resto do grupo, eu tava mais na frente, não estava do lado dele, estava frio esse dia, então eu estava usando minha blusa de frio preta, era minha favorita, e conforme eu fui andando ela foi caindo um pouco e um lado da blusa foi meio que parar no meu braço, eu não sei explicar direito. Eu não quis arrumar, estava com preguiça, e as vezes eu usava daquele jeito. Do nada o Arthur apareceu do meu lado e arrumou a minha blusa, eu não entendi o porquê, e ai ele disse que ficava legal assim... Eu juro que neste dia, quase agarrei o braço dele, quase mesmo, foi por muito pouco, então apenas encostei mesmo. Eu não sei porque diabos eu iria fazer aquilo, não sei mesmo, foi tipo por impulso, mas não porque eu queria.

Sempre quando chega numa esquina em que ele vira pra ir pra casa dele, ele me dava tchau, mas fazia carinho na minha cabeça, não sei o porquê disso também, mas também nunca perguntei, nós não morávamos perto um do outro, Arthur, Joseph, Henrique e Guilherme moravam perto, eu, Leo e Lusca tínhamos que pagar ônibus para voltar pra casa, morávamos em outro bairro, um bairro não muito lembrado pela prefeitura, então não era um bairro muito arrumado, um bairro lindo, era bem bagunçado, mas eu gostava dali as vezes, porque era tranquilo e não tinha perigo.

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