Pesadelo

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Estou caminhando pelas ruas desertas de Fernandópolis, minha cidade natal.
Era noite.
O céu estava estrelado e a lua enorme.
Tinha acabado de sair da casa de Cassandra, minha melhor amiga, que mora à dois quarteirões da minha. Estávamos assistindo um filme, não me lembro o nome, mas era sobre anjos e demônios. Eu adorava esses tipos de filmes.
Cheguei em casa. Abri o portão e entrei.
Acendo a luz da sala. Cassandra sempre dizia​ que, minha casa era enorme e parecia aquelas casas de filme de terror, sempre achei que ela estava exagerando, mas agora me bateu um medo.
Meus pais sempre gostaram desse de estilo de casa.
A casa estava vazia, meus pais tinham viajado, só iriam voltar daqui a duas semanas.

Saco! vou ter que me virar sozinha nesta casa enorme.

Subo até o andar de cima, que dá acesso aos dormitórios. Vou para o meu quarto.
Olho no relógio e vejo as horas são 21:55.

Meu celular toca.

Uma mensagem.

Era de Cassandra.

"Chegou bem Louise?"

Respondo que sim.

Vou até o meu guarda roupa pego um meu pijama e vou direto para o banheiro.
A água quente escorre pelo o meu corpo. Me perco em meus pensamentos.
Minutos depois desligo o chuveiro e volto para o meu quarto.
Meu quarto é uma suíte. Eu me lembro até hoje, quando meus pais compraram essa casa. Eles quase tiveram dois ataques do coração.

•Quando viram que o meu quarto não estava pintado da cor roxa.

•Não era uma suíte.

Me enxugo.
Visto o meu pijama.
Antes de deitar na cama, dou um beijo na foto de meus pais que fica no criado-mudo do lado da minha cama, me deito e durmo.

                        ****

Eu acordo.

De um pesadelo.

Eu estava sendo puxada pelos pés, pelo corredor de casa.
Eu gritava.

Estava com muito medo.

  Olho em volta, um homem estava me puxando, ele era alto, usava capa de couro até os joelhos, tinha cabelos castanhos claros até os​ ombros​ e seus olhos eram azuis.
Estava sendo sequestrada.
Eu começo a gritar novamente, ele parece estar irritado comigo, então ele me olha nos olhos e me dá um soco no rosto.

Eu desmaio.

                        ****
Meu pesadelo parecia verdade, acordo com o meu rosto doendo. Tento me levantar mais não consigo, estou amarrada.
Olho ao redor, eu não estou em casa!

Meus Deus onde eu estou?

O quarto parecia estar abandonado as paredes todas mofadas e com rachaduras.
Eu tento me soltar das amarras mais não consigo meus pés e minha mãos estão amarradas.

Estou desesperada.

Estou com medo

-Socorro! Me tirem daqui.- Silencio. Estou desesperada e com sede.

Depois de alguns minutos ouço passos e vozes vindo do lado de fora da sala. A porta é aberta. Apareceram na minha frente um homem  e uma mulher, o homem aparenta ser mais velho do que a mulher.
A mulher tem a pele bem clara que dava para ver suas veias, seus cabelos eram até a cintura da cor vermelho, seus olhos são  totalmente pretos.  Eu forcei um pouco a visão porque eu estava sem meus óculos, e vi que o homem, tinha os mesmos olhos do outro que me trouxe até aqui. Mais esse estava diferente, ele estava com os cabelos presos, debaixo da toca e uma máscara cirúrgica. Então o sonho não era apenas um sonho.

Aconteceu.

Eles estavam trazendo uma mesinha de rodinhas, cheias de equipamentos cirúrgicos. Incluindo seringas.

Eu odeio seringas.

-Quem são vocês? O que eu estou fazendo aqui? - Falo com a voz trêmula.

-Ora, ora. Que garota curiosa!- responde a mulher. Ela chega mais parto, me olhando com aqueles olhos pretos. Sinto  medo bastante medo.

Mais que bicho era aquele?

O homem me pega pela garganta e me aperta.
Eu estou sem ar. Eu tento me defender, mais meu esforço é em vão.
Ele está me olhando, com os olhos famintos.
Eu estou  quase perdendo os sentidos.

Ele solta minha garganta. Eu estou com muita sede, eu quero água.
Ele vai até a mesinha de equipamentos, e pega uma seringa, dentro dela contém um líquido verde. A mulher está olhando para mim. Seu olhar não dizia nada. Ela era medonha.
O homem vira para mim mostrando a seringa diz.
- Vamos começar com essa. -ele diz, sua voz soa abafada debaixo da máscara. Ele me espeta no pescoço com a agulha. Eu posso sentir o líquido verde entrando em minha veia, se alastrando.
Ele está queimando. Estou me sentindo tonta minha visão fica turva, mais não desmaio. Eu fico consciente, atenta em tudo o que está acontecendo. O homem me olha com cara de espanto. Ele pede para a mulher ver se estou quente. Ela põe a mão em minha testa. Ela procura um lugar que esteja quente mais do que o normal. E faz com a cabeça  um sinal de negativo para o homem.

-Não pode ser. Isso tendo que dar certo. Já está na hora. - não pode ser o que?
Ele se vira e pega mais duas seringas e as preenche,  agora com um líquido preto. Ele dá uma seringa pra a mulher. Ela pega e olhando para mim  diz :
-Só vai doer um pouquinho. - os dois me espetam com as agulhas ao mesmo tempo.
Depois os dois se olham e dão risada, a mais macabra que eu já ouvi. Eu estou com vontade de vomitar e com muita sede.

-Eu estou com muita sede, por favor me dêem água. - eu suplico a eles.

-Não, Você não precisa de água.- o homem diz.

-Eu estou sede! - a mulher me olha e pergunta.

-Você com sede? Só isso?

-Sim. - ela olha para o homen.

-Não era para isso estar acontecendo! Era para ela ter entrado em algum coma ou sei lá o que... fizemos tudo certo, como o combinado.

- Sim, também não sei o que está acontecendo... Vá buscar água para a garota. - ele fala me analisando.
A mulher sai do quarto.
Ele pega um caderno que parece ser de anotações e começa a notar alguma coisa.
Minha boca está muito seca. Parecia que eu não bebia água a anos me sinto fraca.
Minutos depois a mulher chega com uma garrafa de 2 litros de alguma coisa que parecia... Sangue.

Que porra é essa?

Quando eu vi a garrafa, comecei a salivar muito. A mulher percebendo que eu estava salivando, foi logo se apressando para me dar um copo.

-Que isso? Eu não vou beber isso, eu quero água!

-Você não quer água, agora faz o quer eu estou mandando. Beba! - Eu bebi o copo todinho.

-Quer mais?-a mulher perguntou. Eu acenti com a cabeça. Ela encheu mais 4 vezes o copo de sangue. Eu tinha acabado com metade da garrafa. E ainda me sentia fraca. Minha visão começou a rodar e perdi os sentidos.
                        

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     Eai turma, estou de volta com a minha auto-estima nas alturas. Essa história é mais uma que eu quero compartilhar com vcs. A outra ela está estacionada por enquanto.
Tomara que vcs gostem dessa. Curtem ou comentem se vocês querem ler o outro capítulo, porque, esse foi só uma degustação!
Bjs.
Ass: Dieny
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