Prazer, Escuridão.

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" Sim, está sendo difícil eu me adaptar sem meus país, as vezes parece que todos seguiram em frente e somente eu fiquei para trás. Eu sei que não foi um simples acidente, eu tenho que saber o que realmente aconteceu, não posso simplesmente ignorar. Mas a parte mais complicada disso tudo é deixar a vida que eu tinha à três mêses para atrás, mas agora tenho que ir. A minha nova vida em New York me espera. "

Pensava Angelic ao olhar pela última vez a sua casa. Já no lado de fora, sua avó a aguardava dentro de sua caminhonete azul que tinha desde antes do nascimento de Angel.

- Vamos Angelic, temos uma longa estrada pela frente - Falou sua avó, Rose, com um sorriso triste no rosto.

Na estrada, Angel havia colocado seu fone de ouvido e com a música no volume máximo só pensava em uma coisa: Como seria sua nova escola. Angelic não era o tipo de pessoa que se enturmava rápido, na antiga cidade ela só tinha apenas duas amigas, Carol e Anna, que tinham prometido a ela que iria a visitar assim que possível, ficará feliz quando elas disseram estas palavras. Angelic, sem nada para fazer, ja entediada, acabou adormecendo.
Durante o sono de Angel, sua avó ligará os faróis da caminhonete pois ja se encontrava de noite. Em meio as árvores do lado da pista, Rose avistava pequenos símbolos desenhados nos troncos das árvores, ela tentava desviar o olhar mas era como se aqueles desenhos chamassem a sua atenção.

- Vó, cuidado! - Gritou Angel -

Sua avó freiou o carro bruscamente, ela tinha se esquecido totalmente da pista e quase passado por cima de um castor.

- Ohh! Meu Deus! Você está bem?
Me desculpa Ang!
-Não foi nada vó, só preste atenção na pista - disse rindo -

As horas se passaram, faltavam apenas 150 quilômetros para chegarem na casa de Rose, quando decidiram parar para comer algo. O posto onde pararam não era um dos melhores, ele tinha um aspecto velho, as paredes descascadas davam ar de abandonado.

- O que vai querer - Disse o funcionário atrás do balcão com cara de desprezo -
- Éhh.. Pão com margarina e um copo de leite.
- Pra mim o mesmo - falou a avó -

Ficando apenas as duas sentadas nas cadeiras, Rose para quebrar o silêncio perguntou:
- Como se sente?
- Bem - Disse Angel não dando muita atenção -

Depois de comerem, voltaram a estrada por mais duas horas quando finalmente chegaram em New York.

-Me ajude a tirar a mala da caminhonete - Disse Rose para sua neta.

Angel pegava as malas prestando atenção na vizinhança, eram casas alegres, aparentemente com crianças pois haviam escorregadores em quase todos os quintais. Mais tarde Angelic estava em seu quarto, quarto que ja foi de sua mãe quando ainda morava com sua avó.

- Ei, Angel, não vá dormir tarde. Amanhã quando acordar não estarei em casa, vou até a escola fazer sua matrícula - Exclamou Rose atras da porta.

Aquelas palavras eram um peso para Angel, ela realmente não sabia como seria a nova escola. Ela era estudiosa, inteligente e gostava de estudar mas a incerteza ainda a preocupava. Já se passava das 2:00 da manhã e ela ainda não havia dormido, ficava olhando para cima deitada na cama quando quis escrever. Levantou-se e foi abrir sua mala, pegando seu diário e uma foto de seus pais.

" Mãe, pai, cheguei. Até agora está normal, a vó está me tratando bem, ela tenta ser durona mas eu consigo ver que está sofrendo em silêncio. Eu quero muito descobrir o que aconteceu mas eu estou percebendo que Rose não irá me contar nada, por hoje é isso. Boa noite. "

Angelic fechou seu diário, ficou olhando para a foto e acabou dormindo ali mesmo.

Já de manhã, Angel acordou assustada com as batidas na porta, não sabia quem era, preocupada desceu as escadas, as batidas eram fortes mas felizmente elas cessaram. Ela, com muito cautelo abriu a porta mas achou estranho quando não viu ninguém alí, apenas uma carta. Para Rose. Atrás da carta estava escrito. Fechou a porta, colocou a carta em cima da mesa e foi ligar a televisão. Cerca de meia hora depois Rose chegou.

- Querida, está ai?
- Aqui na sala vó - Falou Angel.
- Tudo pronto, amanhã suas aulas começam - Disse Rose indo em direção a sala e sentando-se no sofá.
- Ah vó, chegou uma carta para a senhora, está em cima da mesa - Lembrou Angel.

Rose encaminhou-se até a mesa, pegou a carta na mão e começou a ler.

Eu sei que a sua neta está na cidade, porque não me disse antes?
Estou tão curioso em conhecê-la.

Nervosa e preocupada, Rose olhou mais para baixo da carta, o que deixou ela ainda mais aflita foi ver o mesmo símbolo que tinha visto mais cedo nas árvores, como remetente da carta.

Boa Noite, Rose

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Boa Noite, Rose.

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