James Wammbach Zumach
Sabe quando o dia começa com o pé esquerdo no dialeto popular, pois é, meu dia começou exatamente assim, extremamente tenso. Achei que dormindo com uma puta qualquer que não faço questão nem de saber o nome fosse ao menos melhorar dez por cento, mas estava completamente enganado. Após chegar em minha casa de madrugada mais uma vez, só que agora devido ao exagero da bebida que compartilhei com a mulher, estou impossibilitado de extravasar a minhas raiva ao ver meu Bugatti com a dianteira arranhada e para melhorar ainda mais estou com uma ressaca horrorosa
— Quer merda! — Tiro meu fone de ouvido onde toca uma música eletrônica.
Todos os dias corro em meu condomínio, tento manter essa prática pois me ajuda a me controlar quando minha vontade é sair gritando e quebrando tudo que eu vejo em minha frente. Além de correr todos os dias no primeiro horário da manhã o que acho perfeito, pois acabo acompanhando o nascer do sol, comecei a treinar artes maciais, muay thai, krav maga recorrente, e também tento manter minha rotina de academia aqui mesmo na mansão, mesmo tendo uma cadeia de academia a minha disposição
Subo a escadaria da entrada da minha mansão e assim que entro sou presenteado com o aroma do bolo de laranja de Valentina, carinhosamente apelidada de Tina por mim e minhas filhas, aquela senhora é muito especial em minha vida, não me vejo sem ela, sem sua ajuda, a única que não consigo ser ou tratar com indiferença algo que faço com todos. Vou para o segundo andar em direção ao meu quarto passando direto para a suíte no objetivo de fazer minhas higienes, após quinze minutos no banho, saio do banheiro com a toalha enrolada na cintura caminhando calmamente para o meu closet vejo minha coleção de terno e retiro um conjunto de três peças na cor preta, abro a gaveta observando a vasta coleção de gravatas e retiro uma do tão azul e meus novos sapatos italianos.
Já devidamente pronto para finalizar passo meu perfume Ralph Lauren, só então pego minha pasta de couro, saio do meu quarto batendo a porta indo em direção a sala de jantar local que deveria ser barulhenta pois aqui mora duas crianças na idade que tudo é novidade, e na verdade é um completo silêncio. Minhas filhas desde pequenas foram educadas por Valentina e ela me conhece e sabe que não suporto barulho, gritaria, e elas levam isso bem á sério e não ficam gritando pela casa, então assim que chego na sala de jantar como de costume elas já estão sentadas comportadas, olho em meu Rolex e vejo que são seis e cinquenta da manhã, ambas estão atrasadas e confirmo com a cara de culpada e medo delas, sei que aprontaram alguma coisa
— Bom dia, o que ainda estão fazendo aqui? — Pergunto enquanto beijo a cabeça das duas e vou sentando em meu habitual lugar, na ponta da mesa
— Bom dia papai — Falam juntas, minhas meninas continuam de cabeça baixa enquanto comem. E continuam sem me responder
— Acho que perguntei o que vocês ainda estão aqui, e tenho quase a absoluta certeza de que não obtive a resposta — Instigo as duas que se entre olham
— Desculpa papai, eu tive dor na minha barriga e não queria a Alice junto comigo no banheiro porque ela ficou rindo de mim — Fala Clarisse olhando em meus olhos e vejo seus olhinhos brilhando de lágrimas e as bochechas assumindo uma tonalidade rosada por ter que me relatar seu momento constrangedor
— Alice — A chamo e ela curva os ombros em uma posição de defesa e sua franja esconde seus olhos me impossibilitando de constatar se ela está chorando ou não — Sei que sua irmã está falando a verdade, mas quero a confirmação da sua boca
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De Babá para Mamãe
ChickLitO tempo é muito lento para os que esperam Muito rápido para os que têm medo Muito longo para os que lamentam Muito curto para os que festejam Mas, para os que amam, o tempo é eterno. Henry Van Dyke Embarque nessa história linda de...