1º Conto: O infinito particular...

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- "O Q vemos ou ouvimos na maioria das vezes não faz sentindo com o Q realmente sentimos"

Era uma vez, Fausto um menino de 15 anos, de olhos verdes, cabelos brancos e lisos da pele morena e com 1,80 de altura, com porte de atleta que vive numa pequena e humilde cidade da França lá pelos anos 60. Nascido em uma família meio que contemporânea da época, porém órfão de mãe tinha um pai que mal lhe dava atenção, um homem muito poderoso e ocupado com os negócios da família, Negócios esses que são obscuros, pois se tratava de ser seu pai o chefe de uma quadrilha muito popular da região onde o próprio era quem comandava grande parte da milícia local da época.

Fausto sempre foi um adolescente incomum, pois era muito calado e quase não se manifestava no dia a dia, apenas frequentava a escola e tinha dificuldade de se socializar. Um dia, começou a ouvir vozes alteradas por toda parte, de pessoas como se estivessem gritando com ele e perturbando-se com aquilo acabou agredindo um colega de classe no meio da aula sem motivo algum, lhe golpeando bem no meio do nariz, os demais alunos e professor da classe vendo o menino caído no chão com o rosto já ensanguentado tentaram agarra-lo com a intenção de tira-lo da sala, mas Fausto assustado com a situação ao qual se deparara voltando a realidade e ao ambiente da sala de aula tendo que nesse período de alucinação e delírio que tivera o deixou fora da realidade, sem saber o que fazer correu para longe ficando afastado de todos por algumas horas, mas ao anoitecer regressara para casa e a essa hora seu pai já tinha recebido a notícia do incidente no colégio. O incidente em sala de aula havia apenas sido a gota d'água, pois os professores ao notificarem ao pai sobre o ocorrido na sala fizeram questão de então mencionar as atitudes de Fausto e a falta de atenção e comunicação em sala e com toda a cordialidade sugeriram procurar um médico especializado. Como se pode imaginar, claro que seu pai não aceitaria tal sugestão de forma cordial, logo aquele homem poderoso, que chefiava uma milícia, ele encarou aquela situação e acompanhada da sugestão, algo inadmissível e entendendo como um surto psicótico decidiu leva-lo ao médico, mas não para uma simples consulta, mas com a finalidade de interná-lo e assim mantê-lo longe de críticas da sociedade.

Ao chegar em sua casa, Fausto se deparou com uma situação toda armada por seu pai e o pior de seus delírios haviam se concretizado, haviam homens vestidos de branco uns 3 ou 4 talvez e um deles com uma espécie de camisa branca, sem entender, perguntou o que era toda aquela gente, seu pai que não se deu ao trabalho de se virar para encara-lo, mas continuou virado para a parede fumando seu charuto, apenas fez um gesto com a mão esquerda para os enfermeiros e disse: senhores este é Fausto, meu filho, podem levá-lo, o jovem deveras assustado, tentou fugir e se debateu, mas foi tudo em vão, encaminha-lo a uma unidade de saúde onde foram feitos alguns exames para respaldo de sua internação e mesmo não acusando nada em seus exames, fora diagnosticado esquizofrenia, pelos seus sintomas descritos pelo pai diretamente ao médico, isso já foi o suficiente para ser acionado a unidade de tratamento intensivo que naquela época era um tratamento muito rigoroso, pois sendo as doenças cerebrais ainda um campo desconhecido para a medicina o paciente recebia terapia feito a choque após aplicação dos líquidos de contraste e era internado e mantido em quartos acolchoados, para evitar assim sua auto depredação.O jovem Fausto já estava num estado muito avançado da doença mental além de ouvir vozes também tinha delírios e achava que alguém o estava perseguindo e sentia-se maltratado e desprezado, muita das vezes achava que tinha alguém querendo agredi-lo. Ele se sentia oprimido e decaia cada vez mais até que numa certa noite fria e sombria, Fausto sentiu um perfume suave que lhe fez ver pássaros ao seu redor, ouvindo no fundo uma linda e velha canção que mais parecia com um som vindo de uma vitrola antiga, mas que o acalmou enquanto a escutava, mesmo depois de gritado a noite inteira de pânico e nervosismo, foi quando o perfume foi ficando mais forte, mas ainda assim suave e o número de pássaros iam aumentando cada vez mais que o perfume ficava mais forte parecendo que alguma coisa ou alguém estava a se aproximar e ao chegar perto de sua cela que era para onde os médicos mandavam os enfermeiros colocar os enfermos mentais agressivos quando não os conseguiam controlar com as drogas fortes que lhes davam, pois mesmo estando entorpecidos os pacientes atacavam os enfermeiros sujas e molhadas e lá davam pequenos choques neles para acalma-los quando começavam a berrar até que Fausto a ver uma fofa, enfermeira de corpo bem robusto e pele branca de olhos claros da cor das cinza de 1,65 de altura, com o cabelo curto até as orelhas lisas com mechas claras nas pontas com uma vós suave e tranquila dizendo para lhe acalmar. Fausto ao ver a figura se envergonha pois estava nu, meio barbudo e todo sujo de seus próprios excrementos. A enfermeira então entra em sua cela e o abraça. Fausto caído ao chão q só tinha forças para abraçá-la de tanta tortura q já havia sofrido na cela e a enfermeira começava a cantarolar uma linda canção de ninar essa q era a mesma q ele sempre ouvia de longe e os pássaros ao seu redor começavam a se multiplicar, eram vários tipos de pássaros dês dos mais sombrios até os mais bonitos e depois de tantas madrugadas de sofrimento, Fausto pede socorro a enfermeira lhe pedindo para lhe tirar da li e ela ao vê-lo daquele jeito sempre ela acaba sentindo dó dele e depois de muita dó ela passa a cuidar especialmente só dele até q ela acaba se aproximando cada vez mais de Fausto até q acaba sentindo algo por ele profundamente e cria uma pequena fuga deixando sem querer para traz rastros, assim todos do sanatório descobriram q uma enfermeira fugiu com um paciente em estado grave em tratamento e como ainda seu pai era um poderoso homem de negócios obscuros todos só pensavam em uma única coisa a não ser trazê-lo de volta para a clinica e prender a enfermeira que lhe deu guarita de fuga. Seu pai ao descobrir muito furioso só pensava em dar fim nesse caso e para agilizar as coisas mais rápidas de modo discreto e reservado sem chamar atenção da região lhe manda seus melhores agentes ir atrás da enfermeira e de seu filho.

Numa casa abandonada no meio do mato é lá q a enfermeira se escondia com Fausto q estava sempre bem ao seu lado em volta ouvindo a cantoria leve de pássaros e sentindo o doce e suave perfume da enfermeira. Até q alguns dos agentes de seu pai descobrem sobre a casa e vão até lá pois vizinhos da redondeza afirmam terem visto uma mulher vestida de branco passar por ali com um jovem com mais ou menos aparência de um adolescente e ao cercarem a casa velha e abandonada os agentes lhes mandam sair e a enfermeira então ao ouvir os agentes lhe pede para q Fausto fique quieto e muito nervoso e com medo, Fausto se desespera e começa a gritar e a enfermeira tenta lhe fazer fica calmo e como tinham q ficar em silencio para q ninguém pudessem ouvi-los q estariam ali era impossível a enfermeira conseguir acalmá-lo com alguma musica de ninar assim ela tapou a sua boca e o abraçou forte e mesmo assim acabaram ouvindo seu som desesperador e ao entrarem na casa e verem a cena, mais do q de pressa os agentes tiraram Fausto de seus braços e a levaram para fora.

Fausto desolado e deixado para traz se levanta e vai até a janela para ver o q esta acontecendo e avista de longe seu pai mandando a enfermeira se virar de costas e ao se vira ele aponta uma arma para sua cabeça e ao olhar para Fausto ela diz baixinho q ela sempre estará em seus sonhos, pois ela nunca o abandonará e nisso seu pai lhe fala antes de atirar; - "Tem razão, pois você nunca mais irá vê-lo em realidade." e nisso atira bem no meio de sua cabeça espalhando miolos por toda a parte e ao cair seus olhos claros & cinzentos não conseguem se fechar, pois eles paravam olhando para Fausto com um sombrio sorriso no rosto deixado.

Fausto sai da casa e ao chegar perto do corpo da enfermeira caído se deita ao chão com ela fechando seus olhos e o abraçando cantando sussurrando sua canção favorita q a enfermeira sempre costumava cantar para ele se acalmar.

Após alguns anos Fausto consegue dormir e ao sonhar ele se vê em um lugar estranho com um caminho cheio de mato, pedras e meio q em ruínas com algumas árvores secas q mais parecia imagens de pessoas tristes estampadas nas árvores o chão era coberto de terra úmida e vermelhada o lugar era meio em estado crepúsculo e se via bastante neblina no ar e nuvens negras cobrindo alguma parte do céu e bem no fundo querendo o sol amanhecer parecendo 6 e pouca da manhã sentindo uma brisa em seu rosto e a visando em toda parte pássaros em volta até q se ouvia de longe uma suave canção q ao seguir percebe q ela vem de uma casa q fica alojada em cima de uma gigantesca árvore e ao se aproximar mais da árvore o som vai ficando mais alto e os pássaros vão aumentando em números. Fausto então curiosamente escala a árvore e entra na casa e ao entrar ele a vê, a enfermeira fofinha, baixinha de corpo robusto sentada em uma velha cadeira de balanço ouvindo em uma vitrola antiga sua canção favorita e Fausto encosta-se a seu colo e a enfermeira q já não esta mais vestida de branco e sim um preto meio q azulado, Fausto curiosamente lhe pergunta que lugar é aquele e a enfermeira lhe responde q é um lugar onde ele mesmo o criou e q sempre quando Fausto fosse dormir principalmente com a mente triste e conturbada com alguma coisa ele retornaria a esse lugar seguindo sempre um leve som de uma canção de ninar da qual ele sempre gostaria de ouvir. E enquanto Fausto gostar desta canção ele sempre poderá regressar a esse fantástico mundo q a enfermeira logo após curiosamente o pergunta q nome ele gostaria de dar a esse infinito universo particular e Fausto o batiza de "Guardeinawl". A enfermeira acha lindo porem um pouco medonho o nome e lhe repara também dizendo q Fausto cresceu e esta mais maduro. Fausto diz q o tratamento esta indo muito bem e mais avançado e acredita q com o tempo ele estará bem melhor e talvez até fique em alta, já q a doença mental não havia cura e sim um tratamento estável onde com um tempo algumas pessoas recuperadas poderiam até ter alta a assim com um tempo também Fausto iria visitá-la menos e com tudo isso preste a acontecer futuramente.

Fausto então lhe pede a enfermeira para q ela sempre cuida- se de seu infinito particular. E quando Fausto esta preste a se despedir ouve mais uma vez sua canção favorita e em volta pássaros bonitos de tudo quanto é espécie os observam. Uma cena triste e ao mesmo tempo encantadora & comovente. Entre tanto tranquilamente bem Fausto sussurra fechando seus olhos e a chama a enfermeira de minha pequena enfermeira com perfume de pássaros e a enfermeira diz a Fausto q lhe chama-se apenas de "Sra. Pássaros".

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Contos da Sra. Pássaros "Lullaby"Where stories live. Discover now