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- Aí vô, eu já entendi, tá? - Falei em direção ao bom velhinho. - Meia-noite, blá-blá-blá, presentes, blá-blá-blá, leite e biscoitos.

Meu vô deu um sorriso e sussurrou um 'Boa Sorte' que só eu consegui ouvir.

Eu sai com uma blusa vermelha e uma mochila da mesma cor e calças brancas como o tom do meu cabelo.

Ficou difícil de entender? Eu Noël Khawn sou neto do papai Noel. Quer que eu desenhe?

Ah, mas você tá em 2016 entregando presentes! É, enquanto as pessoas acreditarem no vovô nós vamos demorar para envelhecer, tenho vinte anos, mas não lembro o ano do meu nascimento, vi várias coisas acontecerem, não tanto quanto meu vô, mas vi.

Meu pai abriu a mão de ser entregador de presentes, então se eu não ocupar o cargo por um bom tempo, podem ir dizendo adeus para os presentes, ou para o carvão.

E tinha que ser assim, eu ia de cidade em cidade entregando presentes, não, eu não tinha um trenó.

Parei de usar o trenó quando bati em uma árvore que apareceu apareceu do nada no meio do caminho.

Agora mudamos tudo, alguns dos ajudantes da fábrica me ajudam a entregar os brinquedos. Fico só com uma cidade até me mostrar responsável - nunca -, mas o pior de tudo não era isso, era achar um jeito de entrar na casa das pessoas!

Se eu fosse pela chaminé ou morria queimado ou ia ficar sujo, ninguém deixa as janelas ou a porta aberta e não é normal um desconhecido bater em sua porta e falar: 'Oi,aqui seu presente, depois de 11 meses pedindo sai de graça! ' Acreditem, eu tentei.

Então era isso, estava condenado a ficar pulando de casa em casa até 4 da manhã, sem ganhar salário, nem férias, nem hora extra, que absurdo.

Eu acredito em você Onde histórias criam vida. Descubra agora