2° capítulo

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O som de meus tênis a tocar levemente no chão, e o cantar das andorinhas, são os únicos sons a serem ouvidos por mim neste momento. Marcam agora exatos 06:01 AM no relógio da cidade. Cheiro o ar puro vindo junto com o vento, que levanta meus cabelos delicadamente conforme caminho pelas calçadas de San Francisco, sim, eu moro na California, EUA.
     Inalo fortemente o cheiro que vem das ruas, o cheiro da areia e da calçada molhada por conta da chuva, o cheiro das pães quentinhos à recém saídos do forno da padaria da senhora Mark's, e pra arrematar o cheiro mais bem vindo por meu olfato, o café da senhora Anne, o Ann' Coffers. Ela é dona do estabelecimento e de um dos cafés mais bem sucedidos desse bairro, não é a toa, seu café é dos deuses. Conheci esse café assim que aprendi a pegar ônibus sozinha, lembro bem, na época deveria ter uns 12 quase 13 anos, estava deslumbrada com a mínima liberdade que havia conquistado, tão deslumbrada que me perdi. Estava caminhando até que encontrei este café, estava com fome, e foda-se fiquei muito feliz por ter me perdido neste dia. Além de conhecer o café, a Anne, ainda voltei satisfeita para casa, muito por sinal.
    Meu estômago ronca, automaticamente ponho a mão sobre a barriga, ponho a mão dentro dos bolsos do meu casaco e da calça a procura de algum dinheiro.
    "Foda-se não tem nada." Murmuro para mim mesma assim que me vejo sem grana alguma. Respiro fundo, minha fome irá ter que esperar. Ugh.
   Continuo meu caminho, ponho minha mão para dentro dos bolsos de meu casaco, suspiro novamente e olho em frente. Já posso avistar as casas da minha rua, e como essa sensação é boa. Estou cansada, minhas pernas estão doloridas, e meu corpo está cansado e estou perdida de fome.
    Pingos caem sobre meus cabelos negros, logo inicia uma garoa fina, começo uma corrida leve, chego no Jardim de minha casa, finalmente piso na varanda da minha casa, pego a chave por debaixo do tapete, foda-se meus tênis estão sujos e molhados, reviro os olhos instantaneamente, vou ter que lavá-los.
    Tiro meus tênis para não sujar o piso, se pegam este sujo de barro, vou ter de explicar onde fui, e não iria correr bem.
    Seguro meus tênis com a mão esquerda, e giro a chave com a mão direita, abro a porta e fecho lentamente, e com um cuidado como se a minha vida dependesse disso, okay, devo admitir, quase isso. Giro a chave trancando a porta e caminho para o centro da sala em seguida subo as escadas.
     Subo três degraus e-
Um clarear de garganta interrompe meus pensamentos, estremeço, sinto meu corpo parar instantaneamente e giro meu corpo vendo ele a minha frente. No meio da sala, seus óculos postos, sua postura brava, e seu corpo firme, tio Michael.
[...]

    Salve gente, aqui está mais um, não esqueçam de comentar e deixar suas opiniões, isto é realmente importante pra mim. Até a próxima.

All the my love, Maya.
Xx

Amber [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora