Capítulo 21

36 3 4
                                    

-Ih tá apaixonada mesmo, amiga!-A Lu praticamente gritou quando eu contei sobre o Lucas.
No dia seguinte ao "encontro" no parque, eu estava mais uma vez na casa dela. Já tinha se tornado uma segunda casa para mim!
-Não, apaixonada também não! Eu gosto dele, é isso...
-Ele sente o mesmo? Ele gosta de você?
Pensei sobre aquilo por um tempo e ela logo emendou:
-Pensou demais! Sinal vermelho.
-Não é isso, é que é muito recente. A gente ainda não disse um pro outro que se gosta. Quer dizer, eu gosto dele, já ele eu não sei. Ele canta músicas lindas pra mim, me chama toda hora, mas eu não sei...
-Não preocupa com isso! Você é de Sagitário , não deveria estar preocupada com relacionamento!
Sagitário era meu signo mesmo. Meu aniversário era em 20 de Dezembro.
-Pior sou eu amiga, que sou de Peixes! Me importo demais com isso de romance. Infelizmente.
-Você sabe que eu não acredito nisso!-eu disse, enquanto jogava uma almofada nela.
-Mas ainda vai acreditar. Vamos parar de falar nisso, temos que voltar pra sua casa. Lembra que a gente ia almoçar lá?
Fomos à pé, e quando estávamos entrando em casa, uma mulher me parou. Eu conhecia ela, era a mãe do Lucas.
-Então é você a garota.
-Eu? Eu o que?-disse, sem entender nada.
-A garota que arrasta meu filho pra fora de casa sempre. Já não bastava ele viver saindo com os amigos, quando ele fica quieto aparece você, agora ele não para mais em casa.
-Mas...a gente só saiu umas duas vezes, no máximo.
-Não importa. Olha só, se quiser ficar se encontrando com meu filho assuma um compromisso, menina. Ele não é homem para mulheres fáceis.
Ouvir aquilo me fez ficar muito indignada. Ela estava me chamando de fácil sem ao menos me conhecer?!
-Eu e seu filho estamos saindo há alguns dias apenas, por isso não temos nenhum compromisso! Meu Deus, será que dois adolescentes não podem se conhecer melhor sem cobranças? E outra, eu não sou fácil. E mesmo que fosse, é melhor ser fácil do que julgar as pessoas sem conhecê-las.
Puxei a Lu (que estava de boca aberta) para dentro, e fechei a porta com força.
-Mel! Que barraco foi esse? Quem essa mulher pensa que é?
-Deixa. Vamos almoçar que eu estou com fome, e quero mais é esquecer esses desaforos. Não vai fazer diferença na minha vida.
Passei o dia pensando que se aquele mulher viesse a se tornar a minha sogra, eu teria que ter muita paciência...

Nossa MúsicaOnde histórias criam vida. Descubra agora