Minha Tragédia Romântica

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M. Nascimento

"Viver é um rasgar-se e remendar-se."

Guimarães Rosa.

Sabe, eu nunca fui boa de contar histórias para as pessoas ainda mais se fosse uma história sobre mim. Mas quero compartilhar com vocês uma história que aconteceu comigo, ou como eu gosto de chamá-la de "Minha Tragédia Romântica". Hoje eu apenas dou risada de tudo que me aconteceu, e isso é algo bom porque isso é sinal de que eu superei essa minha tragédia. Ah! Meu nome? Bom... Não tem grande importância, gosto e quero que se interessem pelo que eu escrevo, pela minha história. Então podem me chamar apenas de Emi.

Todos nós vamos algum dia passar ou ter alguma tragédia nas nossas vidas, isso vai nos abalar de tal forma que nos veremos sem chão, vamos cair, e ficar sem forças pra levantar, alguns chegam ao ponto de desistir de tudo e de si. Mas se é uma coisa que essas tragédias nos ensinam é que não da pra cair, permanecer no chão e ficar se lamentando, porque ninguém te disse que a vida seria fácil, e você tem que aprender a se levantar, a não desistir, achar de alguma forma ou tirar de algum lugar força pra se reergue, porque vão vim mais tragédias pela frente e se você não se levantar agora, quando vim à próxima... Bom... Será bem pior. E assim a gente vai vivendo. Cair, levar, continuar a andar, tropeçar, cair, levantar, continuar... Porque viver é isso, é continuar... É não desistir. E cada vez que a gente cai e se levanta de alguma forma nós adquirimos uma força que quando acontece outra tragédia conseguimos suportá-la de uma maneira talvez mais fácil ou menos dolorosa. O que quero dizer com tudo isso é que desistir não é uma atitude de fraco, mas de quem não quer viver.

Umas das coisas que mais provam a nossa força, nossa capacidade de não desistir é o amor, e o amor é algo muito bom, algo incrível, mas tudo que é realmente bom não é fácil de conseguir, é como uma maçã, as melhores estão no topo da árvore, e quase ninguém quer subir até o topo, porque exige coragem, força de vontade... Fé. E o amor exige isso de nós. Amar é algo muito bom, a melhor coisa que "inventaram" se chama amor. É engraçado como até a palavra "amor" é gostosa de falar. Mas o que é bom pode ficar ruim. É como uma flor, você tem que cuidar se não ela vai perdendo sua cor, sua vitalidade até morrer e não restar mais nada. E o amor exige cuidado, mais não só de uma pessoa ou de um coração, mas sim de dois. E é assim que eu começo a contar a "Minha Tragédia Romântica", porque foi justamente isso que aconteceu. Foi por isso que sucedeu a tragédia.

Quando você começa a amar alguém, você é tomado por um brilho invejável, tudo em você muda; seu sorriso, seu olhar, sua maneira de pensar e seus sonhos mudam. É como ir para um mundo paralelo onde tudo é incrivelmente colorido e ficamos bobos. E quando o amor é selado, quando firmamos um compromisso com a pessoa que amamos, tudo fica ainda mais maravilhoso, porque você sabe certamente que tem agora alguém pra contar sempre que precisar e espera que seja pra vida toda. Você confia nela e a deixa morar em você... A faz pertencer e ser parte de você, porque você acredita que é verdadeiro e que ela nunca irá embora, porque caso ela vá, ela levará agora uma parte sua. Mas você não fica com medo disso, por enquanto, porque acredita que ela nunca irá embora, nunca irá pensar em querer te deixar. Porque você acredita no amor dela e em vocês dois. E eu? Bem... Eu acreditei em tudo isso, que fosse pra sempre, que era verdadeiro, que era amor. Mas no começo foi sim amor, foi real. Mas como havia dito antes, o amor exige de você muitas coisas; exige força, exige coragem, exige paciência, exige cuidado, além de muitas outras coisas e todas elas exigem isso de dois... Duas pessoas, dois corações, na mesma intensidade... Dois corações que batem em um mesmo ritmo e em uma mesma sintonia. E no meu caso, ou na "Minha Tragédia Romântica" as coisas começaram a dá errado no momento em que saímos dessa harmonia.

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