The Inexplicable Feeling

First Chapter (Life Experiences)

      O meu nome é Rory William's, hoje tenho 66 anos e mudei completamente a minha opinião acerca do "Amor".

      Inverno de 1966, tudo começou quando os meus pais se separaram, nessa altura tinha 16 anos, não ligava muito ao amor, para ser sincero sempre pensei que o amor fosse uma ficção inventada pelos adultos para se sentirem superiores, ou simplesmente uma possibilidade de não estarem tão distantes e sozinhos, apenas para preencher os seus vácuos. Mas todo esse conceito piorou quando a minha mãe decidiu deixar o meu pai, a única coisa que ela me dizia era:

- Desculpa, mas eu já não amo o teu pai como amava antes...

Obviamente que sempre achei aquilo uma farsa, uma comédia para ser mais concreto, o amor aparentava ser simples, como a mente de um bebé, enquanto esse individuo tiver interesse em alguma coisa, irá possui-lo ou deseja-lo, mas a partir do momento que encontra algo melhor, deixa o resto para trás, e esse "resto", era eu e o meu pai.

      Em Março de 1967 eu e o meu pai mudamo-nos para Londres, dispúnhamos de um pequeno apartamento no lado oeste da cidade, a minha mãe vivia no outro extremo da cidade, por isso, raramente nos encontrávamos. A minha escola ficava a três quarteirões do nosso apartamento, o que facilitava a minha deslocação.

Eu era um rapaz alto e magro, de olhos azuis e cabelos ruivos, era inteligente e astuto, e de social não tinha nada, as únicas pessoas que falavam comigo eram Walley e Ygritte, e só o faziam porque os dois vieram sentar-se ao pé de mim no primeiro dia de aulas, eu era muito tímido para falar com alguém, então, precisava de um incentivo para começar a comunicar.

A minha vida era muito comum, para além da escola, pertencia a um pequeno clube de artes, não era que não gostasse, apenas não conhecia ninguém, e mesmo que o odiasse, não tinha muitas escolhas pois os meus pais obrigavam-me a ir, diziam que era bom para fazer novas amizades. Até hoje, não me arrependo de por lá os pés, foi lá que a conheci, a pessoa que desorientava os meus pensamentos, Allsey Sttewart, podem até ter passado anos e anos, mas nunca ninguém nem nada conseguiu recriar aquela enorme adrenalina que ela me dava com o seu olhar.