Natal, uma época do ano que muitas pessoas consideram sua época preferida, para se comemorar em família, com uma mesa farta, várias pessoas de sua família reunidas em uma casa só, enquanto os adultos conversam tomando um vinho, as crianças estão em volta da árvore ansiosas para que o relógio de meia noite para que finalmente possam abrirem os presentes. Já para mim, é mais um feriado normal em que eu fico em casa assistindo a uma série na Netflix.
Sim, eu não tenho uma família, quer dizer, ter até tenho, mas nunca a conheci, nos meus vinte e oito anos, dezoito deles eu morei em um orfanato.
Estaciono meu carro no estacionamento do shopping, solto um longo suspiro quando vejo que terminaram de enfeitar a cidade para o Natal, em minha cidade se pode perceber isso quando você a vista um enorme laço vermelho e verde na entrada do Shopping.
Adentro o shopping procurando pelas lojas americanas, preciso comprar alguns doces para quando chegar o dia vinte e quatro e vinte e cinco de Dezembro, já que hoje foi meu último dia de trabalho nessa semana e eu não tenho nada para fazer, além de limpar a casa e ficar deitada com meu notebook no colo assistindo Netflix.
Quando saiu das lojas americanas com minhas duas sacolas de pura bobageiras, avisto um pet shop onde na vitrine possuia umas roupas de Natal para cães de porte pequeno, de primeira me lembro da minha bolinha de pelos, Lupi, não resisto e entro para comprar algo para ele.
Saiu do pet shop com uma pequena sacola, começo a ouvir uma musiquinha bizarra de Natal, está certo que é época e em toda loja que você entrar vai ter alguma música de Natal, mas essa... Essa é uma música totalmente bizarra!Ignoro a música e começo a andar em direção a escada rolante para descer no estacionamento, mas a cada andar que eu descia, a música ficava mais alta indicando que o estabelecimento que estava tocando a música estava mais perto. Quando chego no último andar, vejo uma barraca bem no meio do Shopping, era bem chamativa, ainda mais pelo homem vestido de rena que dançava a bendita música entregando um folheto da loja.
-Venham, Venham, Venham! Se você é alguém que está sem compainha nesse Natal, encomende aqui uma compainha natalina para você!
O homem fantasiado de rena gritava no microfone.
Tento passar despercebida por ele, mas não funcionou muito bem.
-Olá moça bonita! Quer encomendar uma compainha natalina para você? Se bem que uma moça tão bonita assim, ja deve ter uma compainha!
Tento me esquivar mais uma vez, mas não funciona.
-Eu estou meio com pressa....
-Oh! Vai encontrar algum namorado?
Sinto minhas bochechas esquentaram com tal pergunta.
-N... Na- Não!
-Como uma moça tão bonita não tem namorado?
-Eu não tenho... Apenas isso... Agora se me der licença, eu estou com pressa... -O homem de Rena continua insistindo, nunca vi uma pessoa tão insistente assim! -Okay! Eu faço o contrato!
Afinal, não vai ser tão ruim assim ter uma compainha para o Natal, certo? A tal compainha tão bem falada assim, deve ser apenas um senhor fantasiado de Papai Noel!
-Que maravilha, que maravilha! Venha aqui e escolha sua encomenda natalina! -O homem rena me guia até a barraca e me entrega um tipo de "cardápio". -Se eu puder dar algum palpite em sua escolha, aconselho nosso mais novo servidor, o Papai Noel Do Sul!
O Homem Rena indica o nome, no "cardápio" não possuia nenhuma foto, apenas o nome de cada "servidor".
Acabo por escolher o Papai Noel do Sul mesmo.-Então..., Eu escolho esse mesmo, quanto que fica?
-Ah, como você é uma moça tão bonita, eu faço por 200!
Arregalo os olhos.
-Duzentos??!!
-Sim, como é a Primeira pessoa que o escolhe, o preço devia ser 600.
Reviro os olhos, tudo por uma noite de Natal com uma compainha.
-Tudo bem, aceitam cartão?
-Aceitamos tudo que seja um pagamento!
Ele diz se esticando para pegar a maquininha do cartão.
Passo meu cartão e digito minha senha.
-Obrigada pela preferência, sua compainha natalina estará em sua casa às sete da noite amanhã!
Preferência? Okay né.
Solto um longo suspiro de derrota ao olhar o papel de comprovante que irei ter que apresentar quando meu tal acompanhante aparecer.
Dia seguinte
**********Ando de um lado para o outro apressada segurando as panelas com purê, maionese e arroz.
Me afundei tanto em uma série que comecei ontem a noite que perdi a hora, quando me dei conta, tinha terminado de assistir a série e nem começado a fazer o jantar para o meu Papai Noel do Sul.
Os latidos entusiasmados de Lupi adentram a cozinha, ele pulava de um lado para o outro latindo e acompanhando meus passos com a roupinha Branca e Vermelha que comprei ontem para ele no shopping.
Sei que Lupi é peludo e não precisaria disso, mas ontem a noite o tempo esfriou, e está marcando um tempo de neve de hoje para amanhã.Um típico dia de neve para o Natal.
-Se acalme Lupi, assim que eu terminar isso aqui eu te dou sua comida.
O pobre Lupi ainda não tinha seu almoço no prato, só estava com seu café da manhã e seus petiscos.
Deixo o purê no fogão e vou dar atenção ao Lupi.
Pego sua ração e despejo uma caneca em seu prato.Lupi abana seu rabo em finalmente receber sua comida.
Sorrio em vê- lo comer, agora só falta eu comer, mas não o posso fazer até que meu Papai Noel do Sul chegue.
Olho a hora e ainda da tempo para mim tomar um merecido banho.Pego uma calça Jens escura, uma blusa rosa clara estampada com algumas flores, e uma blusa de manga cumprida Branca lisa, e claro, não podia faltar um par de meias, Vermelha e verde com várias árvores de natal nela.
Sorrio com minha escolha, "Perfeito!"
Tomo meu banho tranquilamente, e quando saiu a campainha do meu apartamento toca.
-Lupi, nosso Papai Noel Do Sul chegou!
Brinco com Lupi que olhava curiosamente para a porta.
A abro e quase caiu para trás, um homem lindo estava parado em minha porta! Escorado no batente com um sorriso malicioso! Os olhos claros castanhos deixava seu sorriso ainda mais malicioso. Tinha uma fantasia de papai Noel, quer dizer, aquilo não é bem uma fantasia especificamente de papai Noel!
Sua blusa vermelha e Branca estava aberta, podia ver seu peitoral musculoso, o zíper de sua calça vermelha estava aberta deixando a mostra sua cueca Branca, um saco vermelho jogado em suas costas.Gente! Perco o ar assim que acabo de analisa - lo.
-Acabou de analisar? Cliente...
-Oqu...?
Não consigo falar, o homem a minha frente adentra minha casa me agarrando pela cintura de encontro ao seu corpo e ao seus lábios quentes.
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24 De Dezembro
Short StoryAudrey, uma mulher de 28 anos, ela é solitária, viveu praticamente sua infância e adolescência num orfanato. Todas as datas especiais do ano ela passa sozinha junto de seu fiel companheiro Lubi, seu cão. Mas nesse Natal, quem sabe as coisas não mude...