Estava chovendo muito e a única coisa que se podia fazer era ficar em casa. Sentiu o frio causado pela chuva e ficou deitada por mais algum tempo. Quando o sono passou completamente levantou e foi tomar banho, quando terminou foi se arrumar e em seguida foi até uma padaria que ficava perto de sua casa tomar café da manhã. Ouviu algumas pessoas falando sobre a situação do país (coisa que acontecia com frequência devido a situação em que ele estava) terminou de tomar seu café e ficou sentada por mais alguns minutos mexendo em seu celular. Saiu da padaria e seguiu em direção a parada de ônibus esperou por um bom tempo, mas conseguiu pegar o ônibus e chegar ao trabalho.
- bom dia.
- bom dia. - Respondeu.
- você tem cabo P10 P10 de 10 metros?
- sim.- respondeu e mostrou os cabos para o cliente.
- eu vou levar esse.- Falou apontando para um cabo de cor azul.
Pegou o dinheiro e entregou a sacola com o cabo.
Quando terminou o expediente foi até o vestiário tirou o uniforme e vestiu sua blusa.
-tchau pessoal, até amanhã.
-tchau. - Falaram em um só do coro.
Caminhou até a parada e esperou. Fez sinal para o ônibus e subiu quando ele parou, pagou sua passagem e sentou. Ficou mexendo em seu celular a maior parte do tempo. Desceu e começou a caminhar, chegou na esquina de sua rua e ouviu um som ensurdecedor que ela conhecia bem, ficou parada e um carro passou por ela depois de alguns segundos.
- socorro. - alguém gritou.
Dobrou a esquina e encontrou um rapaz atirado na rua com o corpo coberto de sangue da cintura pra cima e uma mulher discando e colocando o celular no ouvido. Logo a rua encheu-se de curiosos e um círculo de pessoas se formou, olhou para o corpo com mais atenção e viu um buraco em sua cabeça que a deixou com vontade de vomitar, a cena do corpo com a cabeça estourada era forte de mais para ela. Saiu passando pelas pessoas que estavam vendo a cena e foi para sua casa. Subiu as escadas e pegou uma toalha, entrou no banheiro ligou e entrou de baixo do chuveiro. Terminou o banho e saiu enrolada na toalha, se vestiu e desceu as escadas.
Ligou a televisão e ficou assistindo filme enquanto jantava.
A campainha tocou e ela foi até a porta, olhou pelo olho magico e lá esteva uma policial. Abriu a porta e ela entrou. Ouviu a porta se fechar enquanto voltava pro sofá
- você deveria está trabalhando.
- meu expediente acabou, e como aconteceu essa morte aqui perto, eu pedir uma carona.
- o que vai acontecer?- perguntou.
- provavelmente nada, e isso vai ser rotulado como acerto de conta.- falou dando de ombros.
Sentou-se no sofá e continuou assistindo televisão.
- vou tomar um banho e pegar uma roupa sua emprestada.
Continuou assistindo filme e quando ele acabou foi até a cozinha. Abriu a geladeira e pegou a jarra, pegou um copo no armário e despejou a água da jarra nele. Bebeu a água e sua irmã entrou na cozinha, puxou uma cadeira e sentou-se, ela puxou uma cadeira e fez o mesmo.
- você está acabada
- vai te foder Ariane. Tu acha que ser policial é fácil?
Ela não respondeu.
- ainda mais na situação em que o país está?
- certo, não está mais aqui quem falou.
Voltou pra sala e foi até a janela. A rua já estava normal, foi para seu quarto e logo adormeceu.
Acordou e foi para o trabalho. O dia foi tranquilo atendeu alguns clientes e fez algumas vendas.
Seu celular começou a tocar e ela atendeu:
- alô.
- Ariane?
- sim é ela.
- eu sou Ricardo trabalho com a sua irmã, ela foi baleada em uma troca de tiros.
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O Poder Perdido
RandomO poder é nosso, o poder está nas mãos deles. A liberdade sempre foi difícil de conseguir, mas se fosse fácil não iria ser tão valiosa. Vivemos em uma época onde todos tem medo de falar quando é preciso, mas o que pode acontecer se alguém resolver f...