CINCO PRIMEIROS CAPÍTULOS!

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CAPÍTULO 1

Bem, deixa eu me apresentar...

Chamo-me Bianca, Bia para os mais íntimos e tenho 17 anos. Moro com minha mãe, quer dizer, acho que moro se ela não me deserdar e me enfiar em algum internato no fim do mundo dessa vez. Minha mãe se chama Lara e tem 38 anos. Ela é deslumbrante, aquele tipo de mulher que tem uma beleza exótica, sabe? Todos sempre fazem questão de dizer o quanto somos parecidas, mas a única coisa que temos em comum além do cabelo ruivo e dos olhos verdes, é a mania que temos de nos envolver em confusões.

Lara e o meu pai se divorciaram quando eu tinha cinco anos, por sorte ela nunca precisou trabalhar na vida, sempre foi a filhinha do papai, depois a esposa perfeita, e agora a ex-esposa ardilosa que recebe uma gorda pensão. Não que precisasse, minha mãe como filha única herdou toda a fortuna do meu avô, que é digamos, bem maior que a do meu pai.

Enfim, meu pai nos 'abandonou' e foi viver em Nova York. Eu o via no máximo umas três vezes por ano, e sinceramente isso nunca me incomodou. John sempre foi frio como uma pedra de gelo e vivia ocupado demais para se lembrar que eu existia. Fora que ele tinha a péssima mania de me comparar a minha mãe, dizendo o quão egoísta e mimada eu era. Mas pensando aqui, se ele realmente se preocupasse, teria ficado com a gente e não fugido para viver em outro estado como ele fez.

Hoje, meu pai que é engenheiro, trabalha em sua própria construtora em Manhattan e é casado com a cadela da Sara, sua esposa há três anos.

Enquanto minha mãe passa dias em viagens com seus namorados, sim porque ela tem vários, e meu queridíssimo pai vive seu sonho americano com sua esposinha. Eu passo a maior parte do tempo em uma mansão enorme, cheia de empregados e sem muitas regras. Porque não sei se cheguei a falar, mas a Lara não tem juízo algum, acho até que ela se esquece que eu existo às vezes.

Então que mal tinha se eu quisesse me divertir um pouco, não é? E foi isso que eu fiz.

No terceiro ano do High School, eu estudava em uma das melhores escolas da Flórida, e apesar de conhecer muitos alunos e ser bem popular, só havia uma pessoa que eu considerava como melhor amiga, a Ana.

Crescemos e estudamos juntas desde pequenas e eu passava grande parte do tempo em sua casa, com os pais dela e seus irmãos. Então se você me perguntar por que acabei me envolvendo com o namorado dela, eu tenho certeza que você vai entender que era uma coisa inevitável de se acontecer. No fundo, eu sempre tive inveja da família estruturada da Ana, das suas boas notas e do seu jeito doce que conquistava todo mundo. Minha família era louca, minhas notas eram péssimas e eu sempre fui difícil de lidar. Apesar disso, eu nunca me importei verdadeiramente com todas as nossas diferenças, pelo menos não até conhecer o Victor.

O Victor era novato em nossa escola e logo se tornou popular entre as garotas. Ele foi nomeado o capitão do time de futebol americano e como Ana era uma líder de torcida eles acabaram se conhecendo nos ensaios. Os dois já estavam namorando há cinco meses, Ana estava em uma de suas viagens com sua família e eu estava me sentindo sozinha. Eu e o Victor meio que nos esbarrávamos a todo o momento nas festas e reuniões com o pessoal da escola. Ele sempre dava um jeito de me levar para casa e eu ia feliz. Em uma noite, depois de uma festa nós acabamos dando uns amassos no carro. Depois desse dia ficávamos todas as noites juntos até que a Ana voltou e nós demos um jeito de nos encontrar depois da escola em sua casa, já que os pais da Ana eram meio rigorosos. O meu caso com o Victor estava ficando meio louco, eu não podia sair com ninguém e nem conversar com ninguém na escola que ele ficava irritado comigo. Ficava puta com isso, porque bem, era ele quem tinha uma namorada, teoricamente eu era livre certo?

Quase no fim do ano estávamos em uma festa de um pessoal da escola e acabei ficando com o Felipe, nesse dia eu estava irritada com o Victor por causa da Ana e queria esfregar na cara dele que não ficaria sozinha enquanto ele me enrolava. Eu só não esperava me ligar tanto assim no Felipe e o que era para ser uma provocação acabou se tornando um namoro.

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