[CHANBAEK | OS | AU | FLUFFY] Baekhyun queria saber como era a sensação de beijar na chuva.
Chanyeol estava mais do que disposto a ajudá-lo a descobrir.
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O dia de sábado amanhecera com aquele clima indeciso, com nuvens acinzentadas dividindo espaço com o calor suportável do fim de março. O tipo de dia perfeito, na opinião do jovem Byun Baekhyun, que se dera ao trabalho de sair de casa naquela manhã apenas para aproveitar o tempo na cafeteria, sorvendo pacientemente o seu chocolate quente e escrevendo em seu sagrado diário.
O rapaz gostava de usar diários, era um hábito adquirido há muito. Começara aos oito anos, quando, depois de uma queda, ele sofrera de amnésia anterógrada - que o fazia se esquecer de parte dos acontecimentos de seus dias - e fora orientado pelo médico a registrar em diários tudo o que conseguia se lembrar daqueles momentos.
Com o tempo, as memórias foram voltando e os apagões cessaram, mas o garoto havia tomado gosto pela escrita, então sempre carregava consigo um daqueles cadernos. Não registrava mais, ali, apenas as suas lembranças. Agora, como um jovem calouro do curso de literatura, suas páginas transbordavam também de pensamentos, sentimentos e emoções, dúvidas e anseios secretos, coisas que ele não ousava dividir com mais ninguém.
Guiava a colher metálica em voltas, revolvendo o líquido fumegante em sua xícara, quando a sonoplastia tipicamente romântica da programação local chamou a sua atenção para a TV.
Na telenovela transmitida, um jovem casal se reencontrava, após um longo tempo separados, enquanto tentavam fugir da rua chuvosa. Na correria, os jovens acabaram esbarrando um no outro e, ao se reconhecerem, cederam à saudade e ao sentimento jamais esquecido, entregando-se em um beijo molhado pela chuva.
Tão romântico! Baekhyun suspirou com o pensamento desejoso e voltou a sua atenção para o diário aberto sobre a mesa, tornando a escrever.
Queria tanto saber como é a sensação de beijar um cara bonito na chuva! Deve ser algo realmente incrível!
Baekhyun não tinha namorado, nem tinha alguém que pudesse realizar aquele desejo recém descoberto. O garoto suspirou mais uma vez e lançou um novo olhar para a tela onde a cena se desenrolava, sem notar que, desde o momento em que chegara, alguém o observava do outro lado do salão.
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O rapaz de cabelos negros, olhos e orelhas grandes também estava ali apenas curtindo o seu tempo de folga, que não tardaria a se encerrar. Na verdade, agora que olhava em seu relógio de pulso, percebia que faltavam apenas quinze minutos para o início do seu expediente na loja de ferragens da rua de trás, onde trabalhava.
Passara tempo demais observando aquele garoto bonito, que escrevia avidamente em seu caderno, suspirando e bebericando sua bebida ocasionalmente. Gostaria mesmo de saber o que tanto ele escrevia naqueles papéis, mas aquilo não era da sua conta e, de qualquer forma, já estava na hora de voltar.
