Logo ao sair do colégio, vejo que minha "motorista particular" se esqueceu de mim, minha irmã é muito popular para se lembrar de mim.
Mas isto é vantajoso, vou até a praça para estudar, mantendo-me afastada de minha casa. Apesar de ser uma grande casa, a maior da cidade, a considero minúscula diante de falsas presenças."A solidão de uma casa vazia, é menor que a solidão dessa casa cheia de falsas presenças"
-Autor desconhecidoNa praça encontro oque chamo de "perseguidores", esses atletas não se cansam.
Há algum prazer em danificar as emoções das pessoas? Guarde seus pensamentos para depois Kim, sua irmã te encontrou.-Kim, a onde estava você?! Te procurei por toda parte.
-Ambar, já ouviu falar em escola?
-Desculpe-me pequenina, estava ocupada.
-Tenho dezessete anos, não sou ingênua assim.- Levanto-me e saio, tentando não chorar.
Minha casa não me parece o melhor lugar, mas não tenho para onde ir.
Ao chegar, vejo líderes de torcida entregando pequenos bilhetes a minha mãe. Me surpreendi por ela estar em casa.-Kimberlyn, filha-diz ela enquanto subo as escadas. Nunca compreendi porque ela é a única que me chama de Kimberlyn, além de nossas "ajudantes"-Você soube sobre o baile?
-Sim!-Digo com os dedos cruzados para que ela não me faça ir, afinal, não tenho um par.
-Aqui,pegue o dinheiro, você precisa de um vestido.
-Não se preocupe, eu não vou.
Minha mãe da de ombros, deixando o dinheiro sobre a mesa de vidro ao lado da escada.
Estou jogada na minha cama, não paro de pensar sobre o baile, ele será daqui a dois dias... E assim eu adormeço.
-Kim,Kim, tem alguém lá embaixo querendo falar com você- diz umas das "ajudantes" da casa, acho que não tem um alarme de celular que soe tão alto quanto sua voz neste momento.
-Você deve estar engada, chame a Ambar, deve ser para ela.- Digo me arrumando rapidamente.
-Não Kimberlyn, é para você. Um lindo rapaz, olhos castanhos, cabelo preto, um jogador de futebol americano.- Diz com entusiasmo.
Será que é um sonho? Lia descreveu o garoto que tenho uma certa admiração? Nunca desci escadas tão rapidamente.
-Oi-Digo com a voz o mais casual possível. Tentando esconder o quanto eu estava eufórica.
-Olá, meu nome é Lucas, gostaria de me desculpar por ontem meus amigos não sabem o limite de certas brincadeiras.
-Tudo bem, eu não me importo.- digo, mesmo me importando.
-Entao é isso.Tenho que ir a escola.-Lucas diz, acenando.
Acho que também devo ir, estava nas nuvens, nem pude ouvir minha irmã me chamando.
O que aconteceu com meus 17 anos de invisibilidade? Esta tudo diferente.
"Com o tempo as coisas mudam, os amores crescem, eu me apaixono pela vida"
-Geovana Mendes
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Invisível, eu?
Teen FictionSabe aquela fase, em que queremos ter qualquer desculpa para chorar,finalmente,conheceremos o oposto disto tudo... Kim, ou Kimberlyn, uma garota esforçada, inteligente e linda, mas acima de tudo invisível, isso mesmo, invisível, até mesmo aos olhos...