Capítulo quatro

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E infelizmente eu não me enganei, Henry é só um típico mulherengo que não valoriza nada, menos ainda o esforço das pessoas ao seu redor. Mas, eu estou acostumada a lidar com desafios, e o colocarei na linha em pouco tempo.

- Ele é um peso morto sim - Chloe disse enquanto seguiamos para a empresa, ela falava do Henry - Não foi uma má impressão.

- Realmente.

- Ele sabe que trabalha hoje cedo e ainda assim se embriagou ontem, é inaceitável.

- Mal sabe ele o que o aguarda - Ela sorriu - Vou mostrar pra ele o que é trabalho duro.

- Devo sentir pena ? - Perguntou debochada.

- Não mesmo - Chegamos a Thompson's, subi para minha sala. Assim que me acomodei ouvi batidas na porta.

- Entra.

- Bom dia Margô - Richard disse adentrando a sala, ele é o filho mais velho do Sr. Thompson, trabalha um andar abaixo.

- Bom dia - Sorri - A que devo a honra da sua presença ?

- Sempre tão doce - Sentou-se a minha frente - Trouxe essa papelada pra você assinar.

- Papéis e mais papéis, deveriam inventar algo para diminuir isso né ? - Disse enquanto dava as assinaturas e lhe devolvia em seguida.

- Deveriam sim, mas por hora temos que passar por isso - Sorriu e foi em direção a porta - Ah, minha mãe pediu pra convidar você para um jantar hoje a noite.

- Hoje ?

- É, e ela disse que não aceita um não como resposta.

- Tudo bem, diga a ela que estarei lá.

- É melhor que esteja - Sorriu - Vou indo, até mais.

- Até mais, pede a Chloe pra entar por favor - Ele assentiu e saiu, Chloe entrou logo em seguida com um sorriso abobado nos lábios.

- Que Deus grego - Se jogou na cadeira.

- Um Deus grego casado, e muito bem casado.

- É uma pena, eu poderia mostrar minhas publicidades e propagandas pra ele - Gargalhei.

- Péssimo Chloe, simplesmente péssimo - Ela deu de ombros rindo - O Henry já chegou ?

- Ainda não apareceu, ressaca minha cara, já ouviu falar ?

- Vagamente, me consiga o número dele. Ele irá conhecer a chefe que eu ainda não fui.

- Agora mesmo - Ela saiu e minutos depois voltou com o número - Aqui está, divirta-se.

- Ah, isso com certeza - Disquei o número que chamou diversas vezes,  para que ele enfim atendesse.

- Henry - Disse, e ouvi o que parecia o farfalhar de cobertores.

- Alô, ai droga. Quem é ?

- Margô, preciso de você aqui na minha sala em 20 minutos.

- 20 minu.. O que ? Eu ainda não consegui me levantar, não consigo nem lembrar o que fiz na noite passada, que horas são ?

- 8:00 horas de uma linda manhã. Ao que me parece ouvi você dizer ao Sr. Otávio que sairia ontem à noite, mas estaria aqui bem cedo para da conta de todo trabalho que o espera, portanto na minha sala em 20 minutos - Ele tentou argumentar mas eu desliguei o telefone.

Esse rapaz ainda não compreendeu o tanto que eu posso ser malvada, ele vai aprender a se portar por bem ou por mal.

- Aqui estou - Henry invadiu a minha sala por volta de 8:30, levantei os olhos e o encarei com cautela, sua expressão não era nada agradável, voltei os olhos ao computador.

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