53 || Amber

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Estava terminando de me arrumar e a campainha toca.

- JÁ VAI - gritei e deduzi ser Cameron -

Terminei minhas coisas, me olhei no espelho e desci correndo e abri a porta, sorrindo, o mesmo logo foi desfeito quando senti meus olhos marejados.

- Filha? - disse o homem que resolveu enfiar o amiguinho na minha mãe e bum, eu nasci -

- Minha linda - a mulher que me deu à luz disse se aproximando para me dar um abraço, no qual eu recusei -

- O que vocês fazem aqui? - perguntei com a voz embargada e meu rosto já molhado pelas lágrimas -

- Viemos te ver filha, sentimos saudades - disse meu pai e naquele momento eu queria esfregar a cara dele no chão -

- Saudades de que? É capaz de vocês nem saberem o dia do meu aniversário - disse com raiva -

- Filha, a gente se arrependeu, vamos entrar e conversar - ela falou -

- Vocês não passam por essa porta. E se arrependeram? Vocês acham mesmo que eu vou acreditar nisso? Eu passei 16 anos da minha vida sofrendo por causa de vocês, nem no meu aniversário de 17 anos vocês apareceram. Nunca procuraram saber de mim enquanto eu estive junto a vocês e nem na clínica. Agora vocês acham que um simples arrependimento vai apagar tudo o que vocês fizeram? Estão completamente enganados. Eu estou muito melhor longe de vocês e não pretendo e nem quero voltar nunca mais.

- Você não tem que querer nada, você vai e pronto - ele falou pegando no meu braço e arrastando pra fora -

- Me solta - disse tentando me soltar - Qual é o problema de vocês? Só por que eu estou feliz?

- Não tenho que te dar satisfação, você vai e pronto - disse minha mãe se aproximando -

- Vocês não são mais nadas meus, morreram pra mim - disse e senti meu rosto arder e meu corpo cair no chão enquadro as lágrimas inundavam meu rosto -

- Amber? - ouvi a voz do Cam e ele me ajudando a me levantar - O que aconteceu? - ele perguntou preocupado -

- É seu namorado, filha? - perguntou meu pai -

- Não me chama de filha - falei entre os dentes -

- Você vai se arrepender disso, lembre-se que nós sempre conseguimos o que queremos, por bem ou por mal - ela falou e saiu com ele -

Entrei para dentro de casa, sentei no sofá e as lágrimas caíram sem permissão. Tudo de novo não, eu não vou aguentar. Cam se sentou do meu lado e me puxando para um abraço, encostei minha cabeça no seu peito molhando sua camisa. Meus olhos ficaram mais pesados e antes de dormir eu ouvi ele sussurrar " vai ficar tudo bem, eu prometo. Pode dormir ".

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