Olá eu sou a Kate, vou contar a minha história desde o princípio. Nem sempre vivi nesses caos, vivia no mundo humano junto com meus pais, um dia como qualquer outro, quando tinha 16 anos, no último ano da escola, acordei para tomar café e ir fazer uma prova que ia decidir meu futuro, mas tinha algo estranho, não tinha café pronto, não tinha movimentação na casa, nem mesmo meu irmão estava, fui ao quarto dos meus pais saber o que houve, foi a pior escolha da minha vida, minha mãe estava logo na frente da porta, caída no chão com muitas marcas de violência, mas não parava por ai, em cima da cama, em lençóis que eram perfeitamente brancos, estava meu pai morto, que deixou todo o lençol ensanguentado, Sam Moritz e Bethan Moritz, meus pais, o casal perfeito, minha meta, minha vida, estava na minha frente ambos mortos de maneira cruel, eu não tive reação a não ser gritar o nome deles e me culpar por não ter dito o quanto amava eles, precisava achar meu irmão que tinha a mesma idade que eu, somos gêmeos, mas não precisei procurar, lá estava ele no canto do quarto, mas ele não parecia triste.
---Dylan? - tentei falar com ele.
--- O QUE VOCÊ QUER EU VOU ACABAR COM VOCÊ ASSIM COMO FIZ AQUI!- respondeu ele
---O que você está dizendo? Você fez isso? Eles eram nossos pais! Eles nos amavam- grito entre rios de lágrimas.
Depois de falar isso ele se irritou, mas mesmo assim me jogou um sorriso irônico, quando ele se virou por completo, pude ver que seu corpo estava todo coberto de sangue, seus olhos estavam assustadoramente em tom vermelho escuro, ele pulou em mim e por pouco não me matou, mas me prometeu que ele iria fazer isso, mas queria que eu fosse morrendo aos poucos, depois disso desmaiei, quando acordei não estava mais em casa, estava no meio de uma floresta, não parecia nada que eu tivesse visto antes, ao tentar levantar eu estava totalmente dolorida e muito enjoada.
Comecei a andar aparentemente em círculos, sempre voltava onde para onde acordei, depois de rodar várias vezes, parei e observei:
---To cansada, estou perdida e não se estou viva, nessa altura nem sei mais quem sou- falei para mim mesma
---COMO VOCÊ NÃO CONHECE A SI PRÓPRIA?- uma voz longe perguntou
---Eu to doida, tem alguém ai? Por favor me ajude!
Sem resposta corri para onde achei que a voz vinha, inútil da minha parte, até que simplesmente me bateram forte na cabeça e outra vez desmaiei, acordei imóvel e de novo sem fazer ideia de onde me encontrava, estava amarrada, tinha algumas pessoas bem estranhas a minha volta, elas vestiam roupas pretas e tinham um símbolo em ses rostos que era semelhante a uma rosa vermelha com muitos desenhos que eu não compreendia,
e falavam um idioma que nunca ouvirá antes, tentei falar que me tirassem dali, mas sem sucesso, então apareceu um homem que aparentemente era um chefe ou superior, pois todos prestaram atenção nele, ele chegou até mim, e por sinal sabia muito bem falar português, pedi diversas vezes para me soltar.---Por favor me solta! Eu não sei onde estou, e não estou aqui para fazer mal a ninguém nem a nada!- falei com tom de apelo
---Não vai ser possível, e acredite isso vai te ajudar!- falou em tom irônico, e se retirou.
Assim que ele saiu entrou três pessoas mascaradas, com objetos que me davam arrepios, o da esquerda tinha uma espada pequena mas parecida com uma faca, o da direita com um chicote, e o do meio com uma maça (arma usada para batalha ou tortura), todos que estavam ao redor foram saindo conforme eles se aproximavam, fechei os olhos e senti o primeiro corte com a espécie de faca, depois o segundo, e terceiro, até percorrerem todo meu corpo, eu só conseguia chorar, nem ao menos um grito percorria minha garganta, eles poderiam ter me apagado mas tiveram o cuidado de me manter acordada para sentir toda a dor, o que mais doeu e me fez gritar fortemente foi o golpe direto na barriga da maça, meu corpo estava totalmente ensanguentado, quando vira que eu estava simplesmente começando a desistir pararam, não conseguia aguentar a dor, estava insuportável, me tiraram das cordas e me levaram para uma cabana, onde me botaram dentro de uma espécie de banheira, onde eu não esperava nada bom.
Quando me jogaram dentro da água meus ferimentos ardiam e sentia elas borbulharem, a água estava cheia de sal e vinagre, me deixaram lá apenas alguns minutos, mas foi o suficiente para me fazer gritar e chorar de dor, quando me tiraram só conseguia pensar em matar todos que ali estavam, me jogaram no meio da densa floresta outra vez e fiquei por conta própria, gritando de dor, levante e cai mitas vezes, até ter forças para se apoiar em uma árvore que machucou ainda mais meus ferimentos, andei floresta a dentro até encontrar algo como um vilarejo, chegando perto não aguentei e cai, logo uma mulher veio me ajudar, me levando a um hospital improvisado, nada parecido com as tecnologias de onde eu morava, mas pareciam saber o que faziam, a cada corte que passavam álcool era mais um grito e uma visão na minha cabeça que minha morte estava perto, terminaram uma ou duas horas depois, e alguns ali falavam português e me mandaram descansar, não foi difícil, pois logo dormi. Acordei apenas no outro dia, estava até menos dolorido, mas ainda era uma dor incomum, forcei a me levantar e me deparei com algumas pessoas conversando.
---Olá Kate! estávamos te esperando!- falou uma mulher alta e com aparência mais velha.
---Quem são vocês e onde estou?- perguntei confusa e sem saber como me conheciam.
---Sabíamos que você viria a nós uma hora ou outra.- falou um homem com aparência jovem e mal humorado.
---Como assim?- ainda confusa perguntei
---Não importa Kate, não temos tempo, você precisa se preparar.- a mesma mulher alta falou em tom sério.
---Eu não entendo, eu não faço parte disso, nem ao menos sei porque fizeram isso comigo- disse apontando para meus ferimentos.
---Você saberá Kate, espera a hora certa...- a mesma voz que falou comigo na floresta.
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Pequenos Impactos
Science FictionMeu mundo? Um mundo totalmente tedioso, na verdade, é um mundo mágico, onde seus sonhos se tornam realidade, mas seus piores pesadelos vivem ao seu lado, eu não sou feliz, um dia eu fui, quando era apenas mais uma empregada, no meu mundo enquanto m...