Segundo Dia

610 25 12
                                    

    Segundo dia, após testar a  primeira lei: lei dos ficantes.

     "Você não deve estar entendendo muita coisa, e posso te contar um segredo? nem eu.

      Bom, eu estou agora sentada na minha cama escrevendo sobre minha primeira experiência. Eu fiquei.

    Ouvir isso era quase utópico. Bom, vocês devem estar me achando doida e sem graça. Provavelmente você deve estar bocejando e decidindo qual seria uma história melhor para ler.

     Mas não me culpem, este é meu primeiro livro."

     Mordi a caneta imaginando o que mais eu poderia escrever.  Eu queria ser escritora, e estava escrevendo um livro sobre o mundo adolescente. Mas como eu poderia escrever um livro sobre adolescentes se eu nunca tive nenhuma experiência para com essa fase?

    E adivinha a resposta? Eu tinha que ir atrás delas. A primeira coisa que eu fiz foi fugir de casa à noite, após dar Boa Noite Cinderela para os meus pais, junto com a minha irmã.

   Peguei meu tablet e coloquei nas notas, em seguida eu digitei uma lista de coisas que eu fiz:

    1• Eu enganei meus pais.

    2• Eu sai escondido.

    3• Fui para uma balada.

    4• Paquerei um rapaz.

    5• Menti sobre minha identidade.

    6• Bejei um estranho e deixei que ele tocasse em minha bunda. (P.S ele tinha uma pegada deliciosa. ;) )

    7• Cheguei em casa tarde.

    8• E agora eu vou continuar mantendo a mentira.

    Eu sentia que ainda faltava alguma coisa... Fui no quarto da minha irmã, que estava deitada vendo tv e mostrei minha lista.

   — Ai, mana, eu anotei tudo o quê eu fiz. Mas não sei por que, eu ainda sinto que falta alguma coisa...

   Ela olhou, leu, e por fim sorriu.

  — Claro que está. Você não experimentou nenhuma bebida que tivesse álcool. Todo adolescente que vai a uma festa bebe, pelo menos, meio copo de alguma bebida alcoólica.

   Olhei-a, agradeci e voltei para o meu quarto. Peguei e escrevi no meu celular.

   Próximo passo: beber algo com álcool.

     Eu estava terminando de botar meu maiô preto, quando minha irmã entrou no meu quarto e falou:

   — Seu próximo passo seria você se vestir adequadamente. Quem usa maiô hoje em dia? Nem velha faz mais isso. Calma ai, eu vou te emprestar um biquíni meu.

    Ela voltou com um conjutinho de calcinha e sutiã com bojo, a parte de baixo e de cima do biquíni. Ele era listrado, com listras roxas e brancas.

  — Isso que você chama de biquíni??? Isso esta mais para fio dental!!!! — reclamei.

  — Ah, então tá! Continua usando aquelas roupas ridículas e seu livro vai ser sempre algo em sua cabeça!!

  — Aff!! Isso é jogo sujo! Me dá logo isso, que eu vou vestir.

  Ela riu, como uma criança que acaba de ganhar um doce. Fomos à praia, que por sinal estava mais ou menos. Sentamos ao lado de uma garota de que parecia ter 20 anos e, à muito custo, tirei minha roupa, enrusbecendo de vergonha.

     — Você tem um corpo maravilhoso, para de graça. — minha irmã brigou.

   Dei de ombros e fui para a água, nadar. No caminho de ida, encontro o mesmo garoto da boate.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 16, 2014 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

PegaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora