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Chanyeol.

Havia acabado de entrar no carro com Sehun, estávamos indo encontrar um dos nossos maiores compradores. Sehun, claro, estava dopado e eu só tinha que descer lá e fazer uma entrega rápida. O único problema disso tudo era que a policia já estava na nossa cola antes, tentando descobrir quem é que estava vendendo drogas na "nova área".

Acredite, eu tentei parar com isso, mas após minha mãe ter se separado do meu pai, não temos muito dinheiro. Terminei o colégio faz um tempo e minha mãe não está trabalhando por problemas "pessoais", digamos, o cigarro acabou com ela rapidamente.

Sehun já estava trabalhando nisso a bastante tempo, e como tinha que ajudar minha mãe, entrei nessa também. Cada vez que eu entro nesse carro com Sehun, me da um medo e uma vontade louca de sair, dar meia volta e nunca mais voltar, mas o que eu posso fazer? Não vou deixar eu e minha mãe passarmos por essa situação horrível por conta do filho da puta do meu pai.

Sehun correu mais um longo caminho até que estacionou o carro na frende de um hotel.

Parecia bem grande e tinha vários carros estacionados pra todos os lados.

- É aqui? – Perguntei encarando-o.

- Sim, você precisa ir rápido. Eu vou te esperar, mas se a barra ficar ruim, eu meto o pé. – Disse Sehun, me entregando um pequeno saco com as drogas. –

- Certo.

- Sabe o que fazer, não é?

- Sim, eu sei.

Ele assentiu e eu abri a porta do carro, logo descendo e encarando o grande hotel a minha frente. Guardei o saquinho na frente de minhas calças e entrei no local.

O lugar estava frio, e como eu havia previsto, tinham várias pessoas espalhadas em vários lugares.

Tentei encontrar a mesa que havia um número, onde o cara estava a minha espera.

Observei, observei e nada, até que firtei meus olhos na mesa com o número "36", respirei fundo e fui até a mesma. Sentando discretamente na cadeira, deixando minha cabeça baixa.

Logo, um garoto de cabelos vermelhos sentou-se a minha frente e sorriu ladino para mim.

Levantei minha cabeça e o encarei, ele era lindo. Sua pele era branquinha e seu cabelo estava meio bagunçado, mas não o deixava nenhum pouco feio. Seus olhos brilhavam e ele tinha uma expressão que tentava ser duro e sério, mas parecia uma criança.

Ele é uma criança?

- Eu não vendo drogas para crianças. – disse baixo, o encarando firme.

- Ah, garoto. Quem te disse que sou uma criança? Aposto que tenho mais idade que você. – Ele piscou leve para mim. –

O que ele estava fazendo? Flertando comigo?

- Eu não me interesso por caras. – Eu disse, tentando desviar meu olhar do seu. –

- Não se interessa, é? – Ele mordeu os lábios devagar e colocou as mãos sobre a mesa, colando a cabeça apoiada sobre as mesmas. – Tem certeza?

- A-acho que sim. – Disse um pouco confuso entre as palavras. –

- As drogas não são pra mim. – Ele riu. – São para o meu amigo ali. – Ele apontou para a esquerda, onde havia um garoto alto e sério, encostado na parede, de óculos e braços cruzados. –

- Ah sim. Eu entrego a ele? – Perguntei, voltando a encarar o garoto a minha frente. –

- Não, não. Ele está vindo aqui.

You suckOnde histórias criam vida. Descubra agora